Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Mai 07
 
Eu não sou este nem o outro,
Sou qualquer coisa de premeio –
 
Ponte de passagem entre mim e o outro.
 
Sou todos e sou nenhum, voz de enleio
Que vai de mim para o outro.
 
Falta-me aqui um golpe de asa,
Para ser o homem em sua plenitude.
 
Quase tudo e quase nada, em toda a sua vicissitude.
 
Ah, quem dera, aqui, sumptuosa casa,
A momice de quem por lá passa.
 
Queria ser toda a voz restrita e calada,
Acabar com as religiões e sua farsa.
 
Ser a prostituta que cala na noite,
Quando esta está para aí virada.
 
Ser o escroque, o ladrão, marinheiro de água doce,
Que se retempera como num açoite.
 
Quisera ser o mendigo perdido de si mesmo,
E encontrado a golpe de foice.
 
Eu não sou este nem o outro,
Sou algo que se procura de esmo a esmo –
 
E vai deste para o outro.
 
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 06:11

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