Percorri vales,
semeei flores,
escrevi páginas...
Neste caminhar
entre tropeço de dores, enganos, acertos e erros;
transformei-me em um peregrino...
As marcas do tempo
se fazem neste caminhar que parece infinito,
Quanto, mais busco o sol,
mais me parece distante...
Quando penso estar perto das estrelas
Tropeço, e jogado no chão do descaso,
percebo que a realidade
só tem a me oferecer lençóis solitários...
O passado tomou-me a juventude
As forças, que já não mais possuo...
Um amor confuso não vivido em sua plenitude
Enganos, mentiras e dores...
Mais adiante você adentra a minha vida
devolve-me o sorriso e a crença
que poderia ser feliz novamente,
Devolve me forças que já estavam perdidas meio ao caminho...
Repentinamente,
descubro que eras tu a miragem da própria mentira
a essência da farsa...
E agora para onde vou...?
Se, em meio as minhas buscas
deparo-me sempre com meus pensamentos
e neles você se faz presente,
Se, passo pelos caminhos
vejo que minha flores já não mais existem...
Se, busco forças nos oceanos
a brisa me cobra lembranças de momentos que não voltam,
Se, busco o calor do astro rei
nem mesmo ele é capaz de fazer meu coração voltar a pulsar...
Para onde afinal, agora vou...?
O que me aguarda o futuro?
Cubro-me com o manto da solidão,
Recolho-me em meu mundo,
Fecho as janelas, apago a luz ...!
Para onde afinal, eu vou...?
Paulo Nunes Junior