Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

18
Nov 08

"Querida Donna até breve fique em paz!"

 

Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viajeiras, me convidaram para o banquete do dia.

 

Levantei e percebi que não fora um pesadelo... A presença da sua ausência era a mais pura e triste realidade...

 

Não sei dizer ao certo se é a presença da ausência ou a ausência da presença, ou talvez seja, simplesmente, saudade...

 

Lá fora tudo respirava perfume e os braços do vento, carregando o pólen da vida, cantavam nos ramos do arvoredo delicada canção...

 

Saí a correr para fora, tentando fugir da furna escura dos meus padecimentos.

 

A presença invisível do bem-amado fazia-me arder em febre de ansiedade, enquanto os pés ligeiros das horas corriam à frente impondo-me fadiga e desconforto...

 

Embriagado pela saudade, meu ser ansiava pela paz...

 

Em vão tentei exaurir as forças para livrar-me da dor, mas não conseguia libertar-me do punhal da melancolia cravado no coração, e da lembrança da sua ausência...

 

Quando, enfim, a tarde se escondeu ao longe das montanhas altaneiras, outra vez tombei em mim mesmo, extenuado e só...

 

Naquele momento desejei que o Todo Poderoso me dominasse com os fortes recursos da soberana misericórdia, livrando-me de mim mesmo...

 

Parecia que não mais suportaria o espinho da saudade cravado em meu peito, já dorido e exausto...

 

A ausência da sua presença queimava as fibras mais sutis da minha alma. E a presença da sua ausência me feria o coração dilacerado e só...

 

A noite devorou o dia, e, ao escancarar a sua boca negra, mostrou a primeira estrela engastada no manto escuro, vencendo as sombras...

 

Minutos depois, miríades de astros brilhantes compuseram o diadema da vitória total da luz...

 

Só então, solitário e meditativo, compreendi como a minha canção de dor chegara ao ouvidos do Criador, que me respondeu em vibrações fulgurantes de esperança à distância...

 

Só então compreendi que não há escuridão que resista a um simples raio de luz, e decidi acender a chama da esperança em minha alma.

 

E só então, pude ouvir o Sublime Cancioneiro do silêncio e Suas melodias repletas de sons e paz, convidando-me a confiar em Seu infinito poder e entregar-me aos braços suaves da esperança...

 

....................................

 

Se o manto escuro da saudade pesa sobre os seus ombros, ilumine-o com as pérolas da oração sincera em favor do bem-amado que partiu.

 

Preencha a ausência da presença com a lembrança dos momentos compartilhados nas horas alegres, e confie no reencontro feliz.

publicado por SISTER às 10:04

Caminho pelos ventos,

alimentando meu estro,

colhendo em cada canteiro

uma flor com teu nome grafado

pelo orvalho, deixando em cada jardim

a gota alforriando em tua face,

um despertar de esplendor e sedução!

 

Na temperança,

dos dourados campos,

sinto teu adentrar em peles

místicas, colorindo meus olhos,

entregando-me em taças, o verso

da boa morada do teu coração!

 

Ao entrar da noite,

o prata faz-se vida,

construindo em teus poros

um castelo de sublimes embernadas,

d'onde te vejo menina dos favos de mel,

para no cair da madrugada,

senti-la mulher das claves de sol!

 

Que se faça

em cada alvorecer,

um floral de paixão,

aqueles que te chegam

com as brisas, fazendo

de ti o sol em cada abraçar,

deixando para o luar

o amor em cada beijar!

publicado por SISTER às 09:59

              Em minha insanidade, fiz-me presidente do mundo!
              Sim! Mundo este que eu mesmo construí!
              No medo que meu deu por segundos,
              com as notícias tristes que ouvi!

              A morte andava pelas ruas...
              Vestida, às vezes, de terno e gravata!
              Quando não, pela periferia descia,
              no tráfico fazendo bravata...

              Às vezes vinha fardada!
              Quase sempre sem avisar...
              Matava sem dó à luz do dia,
              dizendo-se polícia militar!

              Noutras chegava de velhinho,
              Trazendo docinhos tenros pelas mãos!
              Aproveitando-se dos olhos brilhantes
              de qualquer garotinho...
              Maculava a inocência! Sem coração.

              Neste segundo, fiz-me presidente!
              Num ato talvez desesperado...
              Construí num lugar do poente,
              meu país idealizado!

              As ruas eram calmas
              e as cantigas se ouviam nas casinhas...
              que Mostravam varandas pequenas de
              vermelhão,
              casas pintadas tão branquinhas !

              As galinhas cruzavam os quintais
              num bucólico quadro tão real...
              Os pardais anunciavam tagarelas,
              a chegada do fresco madrigal...

              Um padre bonachão lá na igreja!
              Ensaiava com prazer a molecada...
              Um coral com violas sertanejas,
              para quermesse em breve anunciada!

              Vendas de portas duplas...
              Desbotadas ao tempo do lugar!
              Um turco no balcão que a tudo tinha...
              Caderneta para quem quiser marcar!

              Chafariz na pequenina praça!
              Um coreto onde costumava tocar um sanfoneiro...
              Ao canto um cheiro gostoso dos domingos,
              que anunciava a presença: o pipoqueiro!

              Na delegacia dormia o guarda...
              Com a grande barriga que ao pobre maltrata!
              Nas celas abertas dormia seu cão,
              preguiçoso  e velho vira-lata !

              Procissão e terços
              escutados, em quase mantra, nas vizinhas!
              Velas que iluminavam a noite e o rosto
              corado das mocinhas!

              Cada qual com seu emprego!
              A lavoura pintava aqueles vales...
              A fartura chegava pelas mesas,
              trazida dos muitos pomares!

              Meus filhos chegavam de rostinhos corados...
              Sujos com a doçura dos ingás!
              Em algumas vezes com os corpinhos molhados,
              das chuvas que caíam no lugar !

              Em minha insanidade, fiz-me presidente!
              Num ato talvez desesperado...
              Construí num lugar do poente,
              meu país idealizado!

              Só havia a minha pequenina cidade
              perdida no meio do nada...
              Ali eu fingia!
              Antes não teve qualquer história,
              nada mais existia...

              A partir dali tudo começava e tudo
              terminava...
              Um país feliz, quem diria?
              No meio do nada!

publicado por SISTER às 09:57

      Quero desvendar os mistérios
      que abalam o meu juízo
      desarrumando todo o meu viver
      me embriagando a alma do
      prazer de estar com você.
      Quero descobrir na pureza
      que é a própria natureza
      os segredos do coração
      que embriagam a alma
      com grande emoção.
      Quero descobrir nas entrelinhas da vida o que é sonho,
      o que é viagem astral ou corporal.
      Porque muitas vezes procurei respostas,para certos presságios
      certos momentos que vivenciei
      mas nem sempre consegui
       entende-los.
      Uma luz me conduz
      escuto sua voz no silêncio,
      me deixo levar
      faço viagens mirabolantes
      por lugares aonde nunca estive
      mas que nos sonhos os conheço,
       sinto que lá já vivi várias vezes.
      São paisagens tão conhecidas
      lugares maravilhosos em que
      caminhei, amei, fui feliz.
      Tenho a certeza de que não
      são visões nem miragens.
      Nem tão pouco demencia,
      há de ter uma explicação...
      Eu descubro em tudo uma
      grande fonte de inspiração,
       não quero sair dessa imensidão
      que me proporciona tanta alegria.
      Sei que caminhos foram feitos
      para se trilhar,para serem descobertos, desbravados.
       Vagando por ali,eu me vejo
      amando você, o vejo como era
      quando moço e eu mocinha ainda
      de cabelos cumpridos,sempre
      com minhas tranças douradas.
      E nesse viver, desperto para a vida
      retrocedo ao passado,
      sinto que é o amor que aflora
      e se torna poesia pura,
      no santuário de minhas
      doces recordações.
      Se é sonho ou devaneio
      quero continuar nessa insensatez
      onde você docemente me
      conduz e eu me deixo levar,
      porque é num lugar assim
      que eu quero ficar para sempre
      Desvendando ou não os mistérios,
      é nessa paz que quero terminar
      os meus dias,nessa alegria
      imcomparavél,
      onde vivo uma grande paixão   inexplicável.
      Que não se perde,nem se
      aplaca em meio a multidão..
      Só serve de estudo e explicação
      para os caminhos do meu....
      do nosso, coração.
      Para que o amanhecer
      não mais me flagre de
      alma fanada,e perdida,
      preciso acreditar e ter fé,
      para poder continuar
      lutando pela liberdade de viver.

publicado por SISTER às 09:54

  Tu me fitas como eu te fito
  Ardente, sorridente, demente
  Ah! Fugaz sensação de gozo
  Mil carícias neste jogo
  Fazem ferver corações...

  Se me fitas como eu te fito
  Dengoso, sestroso, carinhoso
  Caem barreiras, invadem fronteiras
  Explodem mil ambições
  Flutuam as tentações...

  Se fosse medir seu calor
  Nosso fitar todo em cor
  Seriam metros e metros de amor
  Intempéries na multidão
  Olhos selados em arrastão...

  Olhos nos olhos, sentindo
  Em voracidade os desejos
  Olhares que são como beijos
  Terminam em muitos lampejos
  Do sufocar, exigindo...

  Olhares, escravos das atrações
  Olhares ricos de mais botões
  Das flores que em seus queixumes
  Exigem porção de odores
  Porque são cheias de amores...

  Olhares, semblantes que dizem tudo
  Na efervescência ficam mudos
  Só falam o linguajar dos poetas
  Acariciando as emoções
  No embalo de suas canções...

  Miradas de arrastão
  Sôfregas de paixão
  Olhares que são convites
  Tontos em seu mirar
  Fazem a gente se entregar...

publicado por SISTER às 09:52

      De teu amor, não sei...
      Onde o ardor
      que tanto me encantava
      sobre o qual derramei tantas lágrimas
      hoje intumescem de rigor as minhas saudades?
      Sem coragem de arrancar velhas manias
      guardei-as nas gavetas...

      Onde a esperança
      sobre a qual arrematei de sonhos
      a paciência da espera
      na tristeza anunciada
      que cobrem meus olhos
      das interrogações desassossegadas?

      Onde está o calor
      sob o qual adormece a tua pele
      nas noites de terra molhada
      e de folhas sussurrantes
      na solidão das minhas madrugadas?

      Onde eu sabia..há muito
      que a estrada havia chegado ao fim...?
      Já faz tempo que a saudade adoeceu...
      na desconfortável sensação
      de uma despedida confirmada
      numa palavra só : adeus!

publicado por SISTER às 09:51

      Todo o meu corpo, anseia pelo teu afago,
      numa mistura de ternura e de entrega,
      própria dos amantes, deixando tudo para
      trás, presente, passado e futuro.



      No conforto de nosso lar, o silêncio faz-se
      de entre olhares, dizendo mais que todas
      as palavras juntas, compreensível apenas,
      a quem se ama e deseja.



      E, caminhando, em direcção, um ao outro,
      co o corpo manifestando todo seu querer,
      em frémitos incontroláveis, abraçamo-nos,
      e, em longo beijo, selamos nosso amor.



      Mais não é preciso, que alto voa a ave no céu,
      no azul seu esplendor. E partindo pela manhã,
      juntando-se a seus pares, retorna a nossas
      mãos, deixando-nos uma última e terna melodia.




    

publicado por SISTER às 09:47

Quando nasce o dia
Renasce a vida com sua infinita beleza,
Uma beleza que não sei descrever
Porque envolve os céus e a terra,
Que, embora tenha contrastes,
Há um predomínio do amor...

É o amor do encanto de viver,
O sabor da beleza e das coisas santas,
Que preenchem a natureza,
Essas coisas sou eu, é você, é o éter, é o firmamento, é o tudo...


 

publicado por SISTER às 09:46

            Se estais cansado é natural que procures o necessário refazimento
            se te encontras doente é compreensível que te cuides sem demora
            se caíste é lógico que antes de seguir caminhando busque levantar

            Todavia assim que consigas compor-te deste ou daquele
             problema que ta elcança
            o que deves esforçar-te para que ocorra o mais rápido possível
            retoma o trabalho que o Senhor te confiou e continua servindo

          

publicado por SISTER às 09:45

      Mentem: o coração
      Por resistir ao teu querer
      A visão
      Por fingir não te ver
      
      Minto eu
      Não assumindo como verdade
      O sopro de uma felicidade
      Que vinda de ti, como brisa me envolveu
      
      Mente a emoção
      Mente o olhar
      Só não mente a razão
      
      Que te quer sempre por perto
      À espera do tempo certo
      Para te assumir e te amar!

publicado por SISTER às 09:42

        Uma flor a exalar cheiro de maçã
        Num cenário onde o clima era de sedução
        De desejos, de ousadia, de tentação...
        Foi assim, naquela saudosa manhã!
        
        Como um simples mortal, fui tentado
        Quedando-me aos teus encantos
        Enternecido por juras e acalantos
        Feliz com tantos agrados
        
        Cedi, como qualquer um cederia
        A carne é fraca, tu sabias
        Ao reacender o amor na minha vida
        Fizeste de mim "chama enfurecida"
        
        Que só o coração consegue acalmar
        Deste motivo à minha ascensão e queda
        Mas agora, os teus caminhos me vedas
        Como é difícil te amar!

publicado por SISTER às 09:40

                  Quisera ter sido forte naquele instante,
                  Não estremecer ao teu sutil contato...
                  E nos teus olhos não ver amor... - Mas
                  Foi tão forte a emoção, o embaraço...

                  Tuas mãos prendendo as minhas...
                  Teu perfume... teu jeito apaixonado...
                  Do nada... Meu coração voou alto, se
                  Deixou ficar qual menino abandonado.

                  Tua voz maviosa... Cantava...
                  Tomava posse de todo meu ser...
                  Eram teus versos... Meu poeta...
                  Ternura impar, insólito amanhecer!

                  Quisera dizer não ao juramento...
                  Negar o fogo que ardia em mim...
                  Fugir das tuas mãos tentadoras,
                  Quis gritar não! - Mas disse sim!

                  E naquele momento, perdi a liberdade,
                  O Orgulho... A vaidade... Minha coragem...
                  Para viver a mais louca e linda aventura,
                  E me perder... Na tua sideral imagem...

                  E tuas mãos me levaram ao espaço,
                  Ao pôr do sol... Ao frescor da lua...
                  Para ali saborear minha pele ardente,
                  Meu corpo molhado... Minha boca tua!

            

publicado por SISTER às 09:39

      Uma cigana valente... Também chora...
      Chora o tempo cruel que debruça sobre ela,
      Chora a falta de sensibilidade que aflora...
      Lamenta não haver mais humildade sincera...
      
      Uma cigana sonhadora sofre, sofre demais...
      Por saber que jamais será compreendida...
      Vendo que o amor se perde em coisas banais,
      Que a sinceridade nada mais vale nesta vida...
      
      Uma cigana também em lágrimas se desmancha,
      Ao sentir que ninguém dá valor ao que vem da alma,
      Cujos valores... A visão não vê... Nem alcança...
      Mas que ao coração fortalece... Aquece e acalma...
      
      Uma cigana amistosa... Uma cigana graciosa,
      Também chora... Chora quando nasce o dia...
      E dele...  Não mais ouve a sinfonia melodiosa,
      Só o tirano desencanto... Faz-lhe companhia!...
      
      Uma cigana... Chora... Lamenta e se fecha...
      Qual uma concha ferida com a sua pérola...
      Dança sorridente, garbosa em todas as festas.
      Mas jamais haverá alegria... Nos olhos dela!..
.
   

publicado por SISTER às 09:37

Novembro 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9

22

28
29



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO