Há neste dia que se vai às cortinas,
vai aos poucos se fechando
o sol despede-se;
A noite logo se fará presente...
Este foi mais um dia marcado pela perda,
daquelas que dói na alma,
ela voltou, e sem bater à porta,
arrogante como sempre,
sem me dar chances de defesa,
sem pedir licença,
retira mais um pedacinho de mim
e leva contigo para algum lugar...
Agora, algo que me fazia sorrir
Entregava-me o carinho mais puro
Fazia-me companhia, amiga, doce, legal...
Pedia-me tão pouco
vibrava a cada vez que voltava ao meu lar,
entristecia em cada uma de minhas saídas...
Comungava de todos os meus momentos
mesmo naqueles de dor, de solidão
onde só a lagrima poderia oferecer
estava ao meu lado como se falasse
Não chores, estou aqui contigo...!
Chamam estes seres de animais,
mas quantas vezes senti mais calor vindo de você anjo,
(que parte agora para algum lugar)
Deixando-me só lembranças de teus carinhos, de teu acalento...
A minha alma chora!
Não tenho vergonha de chorar, muito menos por você...
Hoje me deixaste...
Foste retirada de mim pela traiçoeira morte,
minhas noites estão mais vazias,
minhas manhãs mais tristes...
Agora não tenho mais você a minha espera,
Pequena, doce, minha filhinha...!
Como eu chamava: "Meu Ossinho!"
Vá Pitucha! Vai, minha filhinha de pêlo!
Espere por mim, o dia que eu chegar quero te ver à porta,
Latindo e feliz por estar me recebendo....
Amo-te minha pequena!
Obrigado por todos os dias que me fizeste feliz
por todas as noites que não me deixaste me sentir tão só...
Queria, por um instante, ser mais forte que a morte e vencê-la...
Mas, fui derrotado...
Teu paizinho humano