Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

08
Out 08

Jim nunca imaginou que as coisas acontecessem daquela forma. Enquanto trabalhava como salva-vidas, amava o que fazia.

 

Num dia de folga, andando pela praia, ele viu uma mulher em perigo. Jogou-se n´água e a trouxe para a praia.

 

Depois a carregou até o posto salva-vidas, onde uma ambulância a levou para o hospital.

 

Victória ficou muito agradecida e passou a visitá-lo, de vez em quando, no posto.

 

Quando sabia que ele estava trabalhando, mandava-lhe pizza. Jim retribuía com visitas e telefonemas.

 

Os outros rapazes faziam gozação da sua amizade com aquela senhora. Ele não ligava.

 

Durante anos, mantiveram a amizade. Certo dia, retornando de uma viagem, Jim ligou para a casa dela. Quem atendeu foi uma jovem, que se identificou como Bárbara.

 

Era sua sobrinha. Contou-lhe que Victoria havia morrido, vítima de um derrame. A sobrinha viera de outra cidade para resolver alguns negócios da tia.

 

Ela sabia tudo a respeito dele porque sua tia lhe falou. O tempo passou.

 

Uma noite, numa festa na praia, com amigos, Jim percebeu que as coisas estavam saindo do controle.

 

Bebidas e drogas começaram a circular. Ele decidiu ir embora. Logo depois, uma mulher que ele havia conhecido apenas algumas horas antes, também saiu.

 

Quando ela foi dada como desaparecida e seu vestido esfarrapado foi encontrado ao lado da estrada, ele foi acusado de assassinato.

 

Parecia um pesadelo. Ele mal a conhecia. Era uma acusação maluca. Mas a polícia precisava de um suspeito. E ele era um suspeito.

 

Um defensor público foi indicado para cuidar do seu caso, porque ele não tinha dinheiro. Foi preso e a fiança estipulada em um valor elevadíssimo.

 

Jim achou que não teria mais saída. Então, um dia, recebeu um telefonema.

 

Era Bárbara. Formada em direito, ela ouviu o noticiário a respeito da sua prisão e perguntava se ele aceitaria que ela o defendesse gratuitamente.

 

Jim aceitou de pronto. Ela começou a se inteirar dos detalhes do caso.

 

A única testemunha ocular que identificou Jim, como o homem que saiu da festa com a mulher, descreveu o casal como sendo da mesma altura.

 

Alguma coisa estava muito errada. A suposta morta tinha 1,65m. Jim tinha quase 1,80m.

 

Graças a esse detalhe, ela conseguiu que a fiança fosse reduzida e Jim pôde ir para casa. Aquilo foi um presente para ele.

 

Ela contratou um detetive que, depois de algum tempo, descobriu que a suposta vítima vivia num país vizinho.

 

Ela decidira sair de casa e abandonar o marido para começar uma nova vida, com outra pessoa.

 

Depois de muita insistência, meses de trabalho, conseguiram que a mulher retornasse e se mostrasse à polícia, provando que estava viva.

 

Jim estava livre da acusação. Hoje, ele vive com sua mulher e três filhos.

 

Tem uma fazenda e dirige sua própria fábrica.

 

Mas nunca vai esquecer aquela amizade especial com Victoria.

 

Comenta ele: "se aquela doce senhora não falasse de mim para sua sobrinha como o fez, é bem possível que eu estivesse apodrecendo na prisão, pelo resto da minha vida. Devo minha vida àquela mulher."

 

No entanto, Bárbara tem uma versão diferente: "ele merecia minha ajuda. Ele salvou a vida de alguém que nem conhecia, mesmo não estando em serviço naquela hora. Esse tipo de amor pela humanidade não fica sem recompensa."

 


 

Faça o bem, sem nunca aguardar recompensa. Mas guarde a certeza que os benefícios lhe chegarão, de alguma forma, neste mundo ou no outro.

 

Isto porque à toda ação corresponde uma reação. E o bem somente gera bem maior.

 

publicado por SISTER às 08:03

Na doce ternura, de quem repara a chuva
      caindo, acendo um cigarro e vou à janela,
      fechada, para todos os efeitos, e, o vento,
      soprando rumores, indicia tarde chuvosa.

      Tudo parece intensificar sua textura e cor,
      desde as folhas, das árvores, mais verdes,
      do que é costume, até às flores vergando,
      ao peso das águas, que caem, insistentes.

      Ao longe como que zurzido por pedrinhas,
      a chuva ao cair no rio salpica por onde cai,
      deixando sensação de um certo desnorte,
      principalmente para pescadores perdidos.

      Chuva e vento, inundam a terra de cheiros
      e demais fragrâncias, expostas ao relento.
      Nada escapa ao seu fulgor e a intensidade
      é tal, que, nos deixamos absorver, por ela.

      Alheio a tudo isto, meu canário branco pia
      e canta odes graciosas, animando este dia
      cinzento, onde o céu, parece se esconder,
      envergonhado plo mau humor do Outono.

      Particularmente é neste ambiente que me
      sinto mais inspirado pra urdir meus versos.
      Não me perguntem porquê, mas as chuvas
      trazem-me a tranquilidade, que eu anseio.

      E, assim, enquanto vento e chuva, insistem
      no obedecer à natureza, fustigando tudo e
      todos, no sossego de meu quarto deixo-vos
      este poema e alguma nostalgia do passado.


    

publicado por SISTER às 08:02

Sei que vivo escrevendo
e a você sempre dizendo
que você é o meu grande amor,
 que você é a minha vida e dono do meu coração.
Sei que vivo essas palavras repetindo
e que quero ao seu lado estar,
sentindo que sou sua amada,
que sou a sua protegida
e que sou o seu amor.
Escrevo....
Digo ...
Repito
que te amo
e que não sei viver sem o seu amor.
Preciso de você ao meu lado
Preciso sentir que estou viva,
amada e protegida.
De que adianta escrever
se você finge não entender,
finge não saber
que sem você nada sou,
que preciso dos seus beijos
para saciar a minha sede,
do seu amor
para saciar meus desejos,
que preciso do seu carinho...
Do seu olhar...
Da sua ternura
para seguir adiante
e confiante.
Escrever...Dizer...Repetir...
Pra quê??
Se você não lê o que escrevo...
Se você não ouve o que digo...
então, pra que repetir???

 

publicado por SISTER às 08:00
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no quartinho
daquela casa
depois do dia de trabalho
dormia sonhando
com jantares e festas
se mexendo sem parar
cobertor no chão
sonhando dormia
dormia pesadelo abafado
suor crescia
sufocava
noite de pânico e morte
barulho de arrancadas
motores rugindo
abafado pesadelo
pesadelo tiros pipocavam
ouvidos mentiam
rojões
escapamento de motocicleta
estalos secos
gritos desesperados
pipocavam tiros
tiros cuspiam no chão
o asfalto sangrando
óleo e gasolina
no chão cuspiam
cuspiam canções iradas
versos malucos
ligados por falsas rimas
culpavam o governo e deus
amanhã os jornais se calaram
iradas canções ecoavam
ecoavam no quartinho



 

publicado por SISTER às 07:59

Sou cabeçudo
Cara fechada
Sempre emburrado
Não gosto de nada
São coisas que a vida traz
Outras que a mão do destino leva

Detrás das portas
Animal transtornado
Meio relapso
Fato e carma
De poucas palavras
Abismos de silêncios

Caido da goiabeira
Jogado no balaio
Esquecido na rodoviária
Molambo desfavorecido
Traumatizado pela violência
Reserva no campinho

Perco a paciência facilmente
Nervos prestes a explodir
Catedrático do pessimismo
Indivíduo desiludido
Nado no oceano da poesia
Pelas mágoas embrutecido

Má sorte passou mel
Nos lábios de Pandora
Zéus agraciou a fealdade
Sem brio ou atrativo
Néscio casmurro
Sorumbático amigo

Sou cabeçudo
Cara fechada
Sempre emburrado
Não gosto de nada
São coisas que a vida traz
Outras que a mão do destino leva


 

publicado por SISTER às 07:58

Intricado quebr-acaebça
Fruto do verbo passado
Litoral norte paulista
Aguas claras mornas
E um rio a desaguar no mar

Areia esperando o Atlântico
Baldinho plástico jogado
Barraca açoitada pelo vento
A vida passando pelo braço
O caos dentro dos olhos castanhos

Os carros na auto-estrada
As barracas de petiscos
O vendedor de sorvete
A esteira de vime estirada
E uma toalha colorida

Nada pesa quando queima
Queima madeira na fogueira
Luz distante feito estrela
Fumaça de veranistas
Fumaça de caiçaras

Sorriem os pássaros no ar
Escondendo-se no por do sol
Sorriem as nuvens altas
Degladiando-se com a serra
Sorriem os jatos desaparecendo no horizonte

Espaços vazios dentro da cabeça
Cobram o tempo que se esvai
Músicas declarando amor ao silêncio
O mormaço a confundir a pele
O suor a grudar no saco de dormir

Sidnei,Jefferson,Tuca,Banana
Nomes que a maré apagou
Lembranças da adolescência
Amigos que se perderam em Pindorama
Corações cansados de andar

O gosto da jaca quente
O morcego voando no quarto
O peso das mochilas nas costas
Os pés cheios de lama
As quartas-feiras de cinzas


 

publicado por SISTER às 07:56

Não... Não... Não... Por favor!...
      Nada mais quero ouvir de ciúme...
      Sinto-me adorada, numa gaiola de ouro!
      Sem sentir da vida o natural perfume!

      Vendo o sol nascer entre as grades...
      Do amor, que feliz da vida, me condena...
      Tendo nos lábios palavras doces e amenas,
      Juíz se faz, e decreta as mais duras penas!

      Não... Não... Não...  Por favor!...
      Não posso mais viver numa redoma de vidro,
      Não posso aceitar... Vegetar apenas!...
      Meu coração está ferido demais... Aflito!...

      Tantas vezes pedi... Tantas implorei!
      Não dá pra viver de dor e lágrimas...
      Sou como a flor no duro rochedo...
      Um pássaro que lhe cortaram as asas!

      Tanto pedi, tanto implorei... Expliquei...
      Tantas e tantas vezes, afeto sincero jurei!
      Que hoje sem forças, sem qualquer alegria,
      Percebo que só me feri... E maltratei!...

      O que fiz?... - Aonde foi que errei?!...

     

publicado por SISTER às 07:54

Desfaço-me dos laços que aprisionam
      a alma imberbe; que proclamam
      escravidão a toda verve,
      que destróem sentimentos,
       sensações velhas ou infantes...

      Desfaço-me das flores falsas,
       das duas luas de agosto,
      do uivo do lobo da montanha,
      da gavião que quer ser águia real,
       das florestas de uma só semente...

      Desfaço-me de tudo que é irreal
      na procura constante da água que banha
      o espírito indolente,
      para que ele acorde e transponha
      as alças da ignorância latente...

      Desfaço-me do vivo-morto
      que só trabalha e tem desconforto,
      que nada lê, nem entende,
      que tudo quer ensinar
      e com tudo se ofende...

      Desfaço-me do crítico que nada constrói,
      de quem quer ser perfeito,
      do sujeito que só pensa no leito,
       sem pensar no leite...
      só pensa em nádegas a declarar!

      Quero me desfazer da burrice crônica
      que me ronda sem parar,
      das bobas bulas de remédio,
      dos remédios que matam,
      das conversas sem sentido...

      Uso a poesia para desabafar!
      Desfaço-me do bafo,
      das implicâncias,
      dos mandonismos
      dos polí/políticos especuladores da nação!

      E a lista não tem fim...
      De tanto me desfazer,
      penso em desfazer-me de mim...
      não me emocionaria pela criança abandonada,
      pelo animal maltratado...

      pelo velho sem família,
      pelo pouco voluntariado,
      pelos analfabetos,
      pelas escolas que não profissionalizam...
      Desfaço-me aos poucos, melhor assim...

 

publicado por SISTER às 07:53

Dai-nos a Bênção

      Mãe Querida, Rainha do amor,
      Àqueles que necessitam e têm o seu fervor.
      Pra todos os seus adeptos, devotos de sempre,
      Abençoe pobres, ricos, diariamente.

      Ó Mãe querida

      Senhora de nossas vidas,
      Viemos rezar nessa Sua casa.
      Pedir proteção, graças e milagres,
      Pois és Mãe do Criador, Nosso Senhor .

      Nossa Senhora

      De tantos nomes e ser tão enaltecida,
      De grandes graças e louvores em seu trono.
      Pedimos hoje a Sua atenção.
      A todos seus filhos e para essa Nação.

      Aparecida

      Aqui estamos prostrados aos vossos pés,
      Encontrando a fé nesta Imagem Peregrina,
      Que percorre cidades, países, fazendas e colinas ,
      Iluminando e abençoando àqueles que professam sua fé,
      Cubra-nos com o seu manto azul de anil,
      Nossa Padroeira do Brasil.

publicado por SISTER às 07:51

  Al amanecer
      El rocío sobre la Naturaleza viene
      Húmeda humildad
      Gotítas de colores
      cuando solo aparece
      y la Belleza resplandece
      la vida se envanece
      Desfilando todos sus predicados
      Bajo el azul celestial del firmamento
      Donde la brisa acaricia los campos
      y juega con las nubes que pasan
      nubes de todas las formas
      de ternura, de angelitos, de paz
      de sentimientos, de solidaridad
      Y la vida se agranda
      en todo lugar encanta
      distribuyendo flores de todos los colores
      Esparciendo sutiles perfumes en toda la admósfera
      uno para cada gusto, para cada situación, para cada lugar
      Con propiedad y solidaridad practicar
      Desde los minerales hasta los animales
      Como una madre devotada a todos alimentar
      Da calor, da el pecho, da amor
      Cuando la alborada despierta
      Extasiada, deslumbrada, encantada
      sueña, y sueña, nunca para de soñar
      Aun que sean sueños mezclados de pesadillas
      Ella sabe que un día despertará
      Y verá su sueño materializarse.
      Paz, Esperanza, Vida perfecta
      Perpetuarse...

  

publicado por SISTER às 07:50
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A alvorada amanhece
      O orvalho sobre a Natureza desce
      Úmida humildade
      Gotículas de cores
      quando só aparece
      e a Beleza resplandece
      a vida se envaidece
      Desfilando todos seus predicados
      Sob o azul celestial do firmamento
      Onde a brisa afaga os campos
      e brinca com as nuvens que passam
      nuvens em todas as formas
      de ternura, de anjinhos, de paz
      de sentimentos, de solidariedade
      E a vida se engrandece
      em todo canto encanta
      distribuindo flores de todas a cores
      Perfumando sutis perfumes em toda atmosfera
      um para gosto, para cada situação, para cada lugar
      Com propriedade e solidariedade praticar
      Desde os minerais até os animais
      Como uma mãe dedicada a todos suprir
      Dá calor, da o seio, da o amor
      Quando a alvorada desperta
      Extasiada, deslumbrada, encantada
      ela fica, fica a sonhar, nunca para de sonhar
      Mesmo que sonhos entremeados de pesadelos
      Ela sabe que um dia vai acordar
      E ver todo seu sonho se materializar.
      Paz, Esperança, Vida perfeitas
      Se perpetuar...



     
 

publicado por SISTER às 07:49
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Que idade eu tenho
      não tenho idade, tenho momentos
      sou a soma de todos os momentos
      por mim vividos

      E tenho dentro de mim todos eles vivos
      Sou o momento do instante certo
      como amante, o momento adolescente
      o sábio momento, como homem maduro.

      Sem ser infantil tenho meus momentos de criança
      e assim vivo minha vida, adequando a situação
      ao compatível momento, e vivo sempre,
      ajustando a razão as coisas do coração

      Com a liberdade da intuição
      sem qualquer pretensão
      apenas o compromisso com o presente
      Vivendo minha vida sempre com paixão


   

publicado por SISTER às 07:48
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La, bem no intimo do seu ser
cultava um jardim, toda mulher
ansiando um amor para colher
suas flores, a flôr do prazer

Para este amor, cede, sua flôr
Envolto em viço, mel e calor
dividindo com ele as fragrâncias do amor
nos rituais da paixão, sensações e emoções

Jardim reservado
em seu castelo encantado
cheios de fantasias e contos de fadas
contidos em cada colhida flôr


 

publicado por SISTER às 07:46
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Chamam-lhe poema. Ah, que tristeza!
      Pobres sonhadores magoando as palavras
      atiradas aos olhos da vida, na noite de cinza
      em  pasmo que fica no coração das horas!

      Frases trituradas, calcadas, fingidas e banais
      tentam adornar nadas, dispersos no inexistente
      envergonhando a vida que se torna cansada.
      Hipocrisia enfeitada e, tristemente machucada!

      Se escreva com coração liberto e sem vaidade!
      Ai poesia de outrora como te quero e te leio
      tuas palavras são idílio das aves a cantar
      no coração cheio de sol, em morenos dias.

      Procuram adornar-te, em ditos tecidos de nada.
      Tentam enganar a vida em expressão altiva...
      magoado tema que envelhece e envergonha!
      Ai Poetas de outras eras, chorai comigo...

 

publicado por SISTER às 07:44

Acorda,
      gatinha manhosa!
      chorosa!
      Faz teu dengo,
      minha menina.
      Vem,
      que te embalo
      em meus braços.
      Seu jeitinho carente
      de me ver, oferecendo
      a sua garrinha,
      para eu te acariciar.
      Acoberta-me
      com teus pelinhos sedosos,
      porque quero te afagar
      com minhas mãos.
      Você é minha felina, mimosa
      do olhar tentador.

publicado por SISTER às 07:42

Outubro 2008
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