Quem abre a porta
Quem pede que a abra
Que deixa passar os anos
Em meu coração somente ficou
aquele beijo retido
como aquele minuto,
que em mim, foi sempre lembrado
um minuto, um somente, de toda uma vida
e assim te senti crescer
e te tive entre minhas mãos
desde a tenra vergonha
ao caminho da vida
ser mãe, de sorriso adulto
a sombra verde de seu amadurecimento
agora rugas de uma só pele
como flor as petalas daqueles lábios
te sentir crescer, desde menina, entre minhas mãos
e te chorei mais que tudo em minha vida
assim te vi imóvel, tanto que o tempo nos deu
de somente um golpe, enterrou a luz de seus olhos
graves os risos da noite
os abraços do nao despertar
assim te vi imovel, fria
como a ultima primavera que já nao chegará
assim te vi....
Quem abre a porta
quem pede que a abra
que os anos deixa passar
Passam... a vida passa...
Vem o além,
e além do além
eternamente te amarei
meu amor,
meu precioso bem
Lembranças que afloram,
sentimentos que se desgovernam.
Em caminhos separados
trilhamos o que foi,
pelo destino, designado.
Duas vidas separadas,
duas almas entrelaçadas
e essa busca... nunca terminada.
Mas se o tempo pode separar,
do coração não pode apagar,
pois um amor forte e bonito
traça sua trajetória ao infinito
Se a vida nos distanciou
O perfume que nos inebriou
continua nas mesmas flores
que colhemos um dia...
Se a vida nos separou,
encontramo-nos na poesia,
nos versos que espalhamos
com amor e alegria,
com tristeza e com saudade.
Pois sempre soubemos
que em algum lugar do passado,
o nosso amor foi sedimentado.
Aos seus poemas ler , voce me surpreende
ao ver as mesmas palavras que ouvi
em algum lugar do passado
os mesmos sentimentos afloraram
o mesmo coração, nos mesmos versos
rimando com todos meus sentidos
ressuscitando uma louca paixão
aquela mesma paixao vivida naquele passado
Toda vez que leio seus versos, me transporto
nos sonhos, que revivem todos aqueles momentos
Será possivel Meu Deus, reviver aquela paixao
Que amor tão forte tão bonito, que vive alem da morte
São os mesmos versos, as mesmas rimadas palavras
O acaso me trouxe seus poemas,
Será que está escrito o nosso encontro
Sinto que se acontecer, nessa paixão vou me perder
A cobiça é um dos piores sentimentos,
traz consigo desdém, pelo que os outros
têm, fruto de seu bom gosto, coadjuvado
por um poder económico, que os deixa
almejar e ter essas coisas, insuportável
aos olhos dos invejosos.
Porém, infelizmente, hoje julgam-se as
pessoas, pelo que aos outros podem
mostrar, como luxos próprios, quantas
das vezes, à custa de certas privações,
nas suas próprias casas, para poderem
suportar tais relíquias, mortas à nascença.
Mas tal é mais forte do que elas; podem
até passar fome, andar com as mesmas
roupas, semanas a fio, para terem móveis
iguais aos dos vizinhos, comprar os mesmos
carros, arrendar casas, nas zonas mais caras,
e assim, imbuídos em falsidade, sair de casa.
Seu sorriso em nada tem de natural, pois que
as dividas são imensas e as prestações, essas,
sobem todos os dias, deitando-os a fazer
contas atrás de contas, tirando daqui, para
porem ali, e, assim, manterem as aparências,
pela manhã, saindo directos para o trabalho.
A cada um suas coisas; não há que levar a mal
terem uns mais do que outros, que aqui só se
exige o respeito mútuo e o crédito, pelo
trabalho de cada um. Sendo sério, em sua
família virado o pensamento, nada mais se lhes
pede, que sejam humildes e se dêem valor.
Em toda a minha vida, vivi rodeado
de gente falsa, incluindo supostas
namoradas, apenas de olho na droga,
que eu possuía e tinham tal como algo
adquirido, julgando que trocar sexo por
droga, a isso tudo se resumisse e eu
estivesse disposto a tal facto.
Mal sabiam elas, de meu forte carácter,
e, muitas das vezes, precisei de ser
rígido na palavra, para afastar esta gente,
de minha vida, que, diga-se, de nada valia,
mas respeito à minha pessoa exigia, pois
que não me vendia, como a um qualquer
prostituto, só porque tinha poder nas mãos.
Nunca aceitei, como moeda de troca, nada
que tivesse sido roubado, embora até
entendesse as suas e a minha miséria. Mas
para mim era ponto assente: dinheiro numa
das mãos, droga na outra. Muito sorriso
forçado, máscaras e outras ignominias, eram
o meu pão de cada dia, ansiando minha dose.
Mas as contas, que tinha de prestar aos
superiores, foram deixando seus resquícios,
de anos e anos, mantendo-me controlado,
mas só por fora, que dentro doía e consumia,
meu corpo enfraquecido, onde sol e noite,
já não distinguia, no fluxo e refluxo de gente,
apenas com o mesmo intuito e fútil conversa.
Então resolvi fugir, levando-lhes a droga toda,
já que o trabalho era todo meu. E, quando a
súplica se instalou, senti-me ofendido e
manietado: caminhei em direcção ao Norte.
Longe estava eu de imaginar, que, tão longe,
me viessem a descobrir. Tudo perdoaram, assim
voltasse a trabalhar pra eles: não mais! Disse.
Agora estava por minha conta, acabara-se as
facilidades. E o que antes rejeitava, pois foi
caminho, por onde tive de enveredar. O mais
é triste e infame, para que eu aqui relate, mas
de nada esqueço e com isso vivo até hoje.
Nunca bati em ninguém, seria o mesmo que
fazê-lo a minha mãe, mas muito mal cometi.
Meu amor, amor da minha vida,
Meu universo, meu ar, meu céu.
Meu refúgio seguro e encantado,
Meu namorado, meu favo de mel!
Anjo que me ampara na subida,
E que com seu beijo me acalma...
Faz meu sorriso brotar tão feliz...
Alcança e acaricia minha alma!...
Amor, meu amor, minha música.
Trigal em roupagem de gala...
Que no abraço me faz renascer,
E toda a dor fenece e se cala!...
Homem feito de magia e cores
Tão raras, levando-me às alturas!
Minha existência extasiada...
Entrega-se inteira nesta ternura!
Amor, meu amor, somos desejo,
Afeto, loucura, paixão. Tão iguais!
Nosso encontro estava marcado...
Vai além da vida e dos temporais!...
Converse-me,
conserve-me atenta,
com qualquer final..
Baixe seus olhos,
abaixo do horizonte,
pouse-os em alguém..
Amasse a mágoa,
entorne muito amor,
retorne, sem flores...
Encante-me sem cantar,
falseie não,
o seu falar.
Nada a perder,
tudo a jogar,
mansuetude fez seu lugar...
Chegue logo, logo,
com ganas de me ganhar.
Estou me indo dessa triste estória,
aguardo diferente andar..
Una música nos convida a bailar
Notas que vibran romance en el aire
Enlazados, uno para allá dos para aquí
Corpos harmonicamente colados
En la misma sintonía, en una sinfonía
Orquestrando sentidos y sentimentos
En las caniones de pasión
Palpitando, pulsando, sentidos y corazones
Baila con ritmo y calor
contactos y deseos
en un bailar en los salones del amor
en los passos y compasos de los deseos
De la sensualidad musical
música en el aire, para enamorararse
Emanados de la expresión corporal
Los compasos, el perfume, el calor interior
Cuerpos que se rozan
rostros que se aprietan
labios que se acarician
colores que entusiasman
Suavemente bailando
en los tonos delo corazón
en los cantos de amor
en las llamas de la pasión
En la poesía de nuestra canción
Inspirada en la voz del corazón
en los susurros del deseo
en las caricias de nuestra composición
Chega um dia
Você pega o caderno
Com profunda desconfiança
Jogas as palavras
Fria e desordenada(mente)
E deseja que elas digam
Alguma coisa,qualquer coisa
O tempo é curto,pavio aceso
As palavras orgulhosas e insatisfeitas
Nada dizem ou revelam
Será que existe uma maneira
De subjugar e torturar uma frase
Fazer uma declaração pública
De insanidade mediúnica
Dedos tamborilam a mesa
O suor seca no rosto
Olhos voltam-se para o interior
Não se pode esquecer
A luta pelo possível
Uma tela de cinema surge
E a atriz lhe dá um beijo
Quanto mais você pensa
Caos nunca resolvido,vão na ponte
E não se alcança lugar nenhum
As palavras ficam na moita
Esperando a noite eterna
Para se libertarem do julgo do mortais
Fugirem para a inconsciente coletivo
Felicidade é o nosso nome: felicidade
de um amor, conquistado, passo a passo.
Não foi fácil, deitarmos mãos à terra e
começarmos a erigir nosso belo jardim.
Durante muito tempo reinou a inveja,
de gente mal formada e mal amada,
que tudo fez, para retardar, as primeiras
flores, que haviam de brotar, com a manhã.
Mas nós persistirmos, como só o amor
atinge, quando duas pessoas se amam
de verdade, e, a tudo, vão suplantando,
para atingirem, assim, o seu maior bem.
Por fim, vendo, que nosso amor era em
tudo diferente, onde reinava a sinceridade,
a paz se fez presente, e, logo, as mais
belas flores buscamos, pra dizer de nosso amor.
Sem mais nem delongas, quisemos dignificá-lo;
arregaçamos mangas, e, uma a uma, flor a
flor, plantamos, com o suor de nosso rosto, o
que começou por ser um pequeno jardim.
Passando os dias e o nosso amor crescendo
invariavelmente, veio a surpresa, com os
primeiros rebentos, engalanando o nosso
cantinho, de cores várias e doces fragrâncias.
Nunca o amor cessando, nem sua sede,
trocamos beijos e promessas, finalmente
rodeados de flores, não se coibindo de crescer,
buscando os azuis do céu, nossa imensa alegria.
No cordel a gente inventa
Retrata, remonta e cria
No universo da rima
O tema é quem contagia
Seja passado ou futuro
Em tudo há poesia.
Também se contam histórias
Onde se busca o gracejo
Olhando o cotidiano
Um pouco de tudo eu vejo
Como a história de Zóinho
E o seu maior desejo.
Zóinho é um candidato
De muita honestidade
Faz campanha sem mentira
Seu programa é de verdade
Seus projetos vão trazer
Fartura e prosperidade.
Veja bem suas ações
No mandato que pretende
Investimento em saúde
A educação defende
Moradia e transporte
A todo pleito ele atende.
Mas vamos minúciar [de minúcia]
Em cada departamento
O que pretende Zóinho
Estando no parlamento
Ponto a ponto direitinho
Para seu conhecimento.
Na saúde vai fazer
Um plano familiar
Para ele, esposa e filhos
Os dentes vai melhorar
São essas suas ações
Se você nele votar.
Vai fazer investimento
Na área de educação
Vai voltar a estudar
Buscando uma vocação
E a verba do gabinete
Vai pagar a prestação.
Investir na casa própria
É o seu maior projeto
Na área de habitação
Vai adquirir seu teto
Sem morar no alugado
Terá endereço certo.
Agora vem o transporte
Que carece investimento
Vai comprar um carro novo
Para seu divertimento
Esquecer o tempo ruim
Quando andava de jumento.
Também tem a segurança
Área de muito cuidado
Segurança financeira
Não va entender errado
Vai fazer seu pé de meia
Com dinheiro desviado.
Por fim Zóinho expõe
Na maior cara de pau
Que o seu melhor projeto
Pra tudo ficar legal
É conseguir só pra ele
Um aumento salarial.
E já vai logo avisando
Que esses projetos são
Pessoais e intransferíveis
Sem nenhuma exceção
E lhe pede humildemente
Seu voto nesta eleição.
Parabéns para Zóinho
Por sua iniciativa
Fez através do gracejo
De maneira criativa
Seu protesto inteligente
Numa ação educativa.
E assim mais uma vês
O cordel se insinua
Canta as coisa lá da roça
A terra, a noite e a lua
Canta as coisas da cidade
O que acontece na rua.
Usa a linguagem do povo
Nada deve a erudição
Pois o texto, a forma, a rima
Se aprende na lição
Mas o dom da poesia
Esse vem do coração.
Neste cordel apresento
A galhofa, a zombaria
Um pouquinho de cinismo
Com um toque de ironia
Usando temas correntes
Que a humanidade cria.
Mesmo que a dor agrade
Tanto barulho nos ouvidos
Respirações pesadas
Mesmo que a noite seja capciosa
Não falemos com os espelhos
Espelhos são tão curiosos
Deixe-os imaginar nossa face
Deixe-os advinhar a hora que a lua surge
Deixe-os comentar as nossas desventuras
Mesmo que o corte seja cruel
O sangue rubro e quente
Não apaguemos a luz do alpendre
Mesmo que o corte seja doce
A pele suada e morna
Curandeiros cantam a mesma canção
As mãos sonham com futuros subjuntivos
Arranham o chão de ladrilhos
Manchas de caramelos e brigadeiros
Baile de máscaras fantasmas
Todos os livros da estante que nunca abrimos
Olham com desejos lacivos
Deixe-os imaginar as marcas do sol
Deixe-os advinhar a cor das toalhas
Deixe-os comentar a mulher do retrato na gaveta
Mesmo que os anjos virem a cara
E esperem tudo acontecer
No tapete vermelho da sala
Mesmo que o umbigo do coração
Brigue com as paredes de cal
Não tentemos acordar
A brisa da primavera sopra mansa
Telefone tocando sem parar
Recados abandonados no criado mudo
Deixe-os imaginar o que o passado conta
Deixe-os advinhar o hoje e o amanhã
Deixe-os comentar nossos pecados
Como é incompreendida, quando senti-la depende, apenas, de nós,
Condicionamos esse sentimento à comportamentos de outrem,
E nos ressentimos quando ela não reserva espaço em nossas vidas,
Quando deve ser buscada, conquistada, alimentada...
É um ganho interior, riqueza individual do espírito,
Que depende do esforço próprio de valorizar seu próprio eu,
Valorizar os bens da vida, por menores que sejam,
Amar simplesmente sem cobranças, desconfianças, posse...
É dividir, compartilhar, aprender a conviver
Com pessoas de valores distintos, até mesmo anseios desencontrados,
Respeitar o espaço do outro, com os seus limites,
Aparar arestas, polindo uma relação como um objeto preciso...
É curtir a vida sem reclamos, queixas, revoltas,
Agradecendo o sol que nos aquece, a lua que nos enternece
A chuva que limpa os miasmas do planeta,
As flores que enfeitam nossos caminhos...
É agradecer ao Criador a oportunidade do resgate dos erros,
A orbe que nos acolheu como uma mãe dadivosa,
Escola que forjará nosso aprendizado, crescimento,
Proporcionando-nos a evolução a que todos nos destinamos...
Queira ó Senhor, que eu ainda encontre essa felicidade,
Aquela felicidade que penso que ainda não tenho
Da forma como a imagino.
Será que ela, assim, não existe!
Às vezes proclamo aos quatro ventos
Que tenho felicidade,
Mas, com freqüência, reclamo da sua falta,
O que é uma incoerência...
Mas a vida é repleta de incoerências,
Talvez causadas pelo desequilíbrio
Nos desníveis da vida...
Tenho que fixar a idéia de que existe a felicidade
Condição "sine qua non" para que ela seja sentida.
Parece que tenho medo de dizer que sou feliz,
Sem esse preceito, sei não há felicidade.
Mas, como é e essa felicidade?
Acho que felicidade é o momento linear, sem pendências...
Não adianta o bem material e viver-se doente,
Como não adianta não ser doente
E viver como um desvalido, carente...
Não adianta ter-se uma família equilibrada
E viver-se em desiquilíbrio...
Então, não é fácil a sonhada felicidade,
Ela são as benesses sem contraponto
E não soma de fatores, dos contrastes.
Essa felicidade deve ser um produto do amor,
Ela, não tenho dúvida,
É uma dádiva do Criador...
Cigana feiticeira... Nômade do mundo...
Olhos de menina... Corpo de mulher...
Dona de gostosos mistérios, dengosa...
Sua sorte... Nas cartas pode prever!
Sabe o quanto é amada... Idolatrada!
Está em suas mãos o doce destino...
Saltita ela... Sobre o fogo da paixão...
Não importam as pedras do caminho!
Essa cigana tanto sofreu, tanto esperou!
Pisou em tantos espinhos, tanto chorou!
Levando na alma o seu cigano idealizado...
Aquele por quem tantas vezes suspirou!...
Agora o tem perto, tão seu, tão apaixonado...
Por esse amor conspiram os deuses, o céu!
Não há mais noites tristes, solitárias e frias...
Só a paixão lançando esfuziante escarcéu!
Baila a vida, bailam suas pupilas, o coração!
São duas crianças inocentes... Extasiadas...
Vivendo um afeto impar, um grandioso sonho!
Que lhes dá asas nas belas madrugadas!...
Faz-se o dia pura alegria... As noites mil fantasias.
Vão os dois sem ver maldades e nem ninguém...
No beijo que cura todas as dores passadas, vividas!
Embevecidos, unidos nesta vida e bem mais além!
Ainda que invejados, seguem corajosamente...
Dois amantes que o mal não separa, não vence,
Não amordaça... Não cala... Não amedronta!
Esse mundo de encanto e paixão a eles pertence!
Em sussurros desconexos e febris se deitam
Revestem-se de mil fagulhas seus desejos!...
Libertam-se de todos os tolos preconceitos...
E amam-se por inteiro.. Sem qualquer pejo!...
