Acordo das trevas infinitas
de um mundo que me cobrou lágrimas de sangue...
Deixo para traz erros cometidos, alguns infantis.
Sepulto a mágoa...
Visto-me com a capa do desespero
de quem precisa continuar a respirar,
e, saio em busca da renovação de minh'alma,
que, por vezes, entregue foi aos incrédulos.
Busco agora nos bosques que domino com minhas mãos,
nas águas dos oceanos dominados pelo meu olhar,
entre a fonte que me fará renascer...
Existe lá fora um dia novo a despontar,
e ele me pede que reaja;
Mostre aos que me cercam
que o amor pode encontrar-se com quem dele necessite...
As ofensas lançadas, o descaso, a falta de afeto,
Foram as pagas por carinhos eternos...
Mas, seria eu, sem dúvidas, mendigo do amor
se trilhar por este caminho que nada, nada mais me diz.
Se existe quem me despreze;
existe certamente alguém que me queira!
Nenhuma alma voltou para ter que passar os seus só...
E não serei uma destas...
Se de pedra bruta te fiz a jóia mais rara,
agora deixo-te na selva que procurastes...
Lanço-me com as forças que ainda tenho
a procura de quem realmente possa ter o título de propriedade
do cristal mais puro, eu e meus dons,
eu e meu mundo encantado,
conquistado através dos tempos...
E, este é só meu coisa que ninguém poderá retirar-me...
Cá estou eu a começar novamente uma grande luta,
talvez, mais uma vez vença ou, talvez...
Seja lá ao final derrotado como fui agora,
mas o que importa é que tentei...
E, mesmo que não aceites;
foi por mim que conhecestes tudo sobre o amor.
Certamente dizem que sou louco...
talvez tenha sido...louco ou cego?
mas covarde nunca!...
Sou tua, amado meu
também minh'alma é tua inteirinha
quando juntei meu corpo ao teu
sabia que nunca mais ela seria minha
Em tuas mãos eu entreguei o meu ser
sem nada temer por um segundo sequer
na certeza que eras tu, meu eterno bem querer
fui tua completamente, a mais feliz mulher
Recostada ao teu peito eu sinto tanta paz
como se nele resumisse toda minha vida
nada e nem ninguém seria capaz
de me tirar o sossego desta paz bendita
Oferto-te meus beijos como prece
agradecendo o prazer que tu me dás
na loucura deste amor que me aquece
na ternura que teu amor me traz
E quando o tempo parecer voar
a te levar por horas de mim
tudo de ti em mim há de ficar
O cheiro da tua pele em meu corpo me completará
perfumando o ar que eu respirar
minha alma fielmente te acompanhará
e juntos haveremos sempre de estar
Nada temerei meu amado e meu senhor
és o meu parceiro por inteiro, o meu dono
ainda que ninguém compreenda tanto amor
para nós não existe a palavra abandono
Se tudo me ofertares
Se mil sentimentos me despertares
Serás sempre o Poeta da magia
que sabe macular palavras com maestria
Se em pranto me encontrares
Se já não vejo o horizonte...
És tu Poeta dos "desejares"...
que fará da palavra ao céu a ponte
Se o único homem serias, do universo
O poeta conquistador pela palavra e verso
Mesmo assim, teu carinho imploraria
desejando que meu corpo o teu encontraria
Se o dilúvio de tuas palavras me banharem
que pela tua voz rouca e sensual saltarem...
Debruçarei-me alva sobre ti, ...dengosa
Das mulheres serei a mais cheirosa
Se gozares o gozo dos deuses ou Orfeu
Serei tua Deusa ou Eurídice, no encaixe teu
Nenhuma ânsia seria louca, ou pouca
Assim, dos poros o prazer saltaria
A essência do Amor, em corpos escorreria
Plenos!
Tomar-te como ramalhete
de flores que colhe-se nos braços
é meu sonho, sonho de um entrelaçar de corpos
numa viagem pelos caminhos do amor e prazer,
libertador de medos e barreiras
que colocam-se diante de nós.
Tomar-te-ei em meus braços,
sendo tomada por ti num momento de
sussuros e sons
que declaram a materialização do amor
em efervescência em corpos
que querem-se por completo e completam-se,
na junção de corpos, mente e coração.
Serei tomada por ti,
como forma de tomar-te
sendo tu em mim, ao mesmo tempo
que sou eu em ti,
entrelaçados, lingua, mãos, pernas e prazeres
liberados em nossos corpos
És poeta do mundo
despertas dos sentimentos
os mais profundos
Ler teu poema é alimento
Saber-te tua dona
Seria egoismo fortuíto
Possues o estígma heterônimo
Embora este não seja teu intuíto
Amor em poesia, tentaculado
Aspergindo amor por onde passa
És por todas amantes desejado
Sugeres um duetar irresistível
Poesia e música se confundem
Em teu hipnotizante verserjar inesquecível
Inteira
Sem medo
Sem pudor
Sem regras
E digo -te
Não te perdeste
Te achaste
Como te achei
No corpo e na alma
No amor não se perde
Se for verdadeiro
Só se ganha
Estás em mim entranhado
E eu aprisionada
Porque assim quero
E nossos caminhos
Só nós conhecemos
O mundo lá fora deixou de existir
Depois que nos envolvemos
Sou teu, amada minha,
não tenhas medo que não sejas !
Se minha alma é tua inteirinha,
quem dirá a carne que tu beijas?
Estendo as minhas mãos
para que segures sem medo...
Sentirás nelas, o meu coração,
que te entrego, sem pejo!
Dou-te o peito, amada minha,
para que debruces a tua fronte,
qual ave indefesa, aninha-te!
Sou tua rocha , abrigo e monte...
Ofereço-te meus beijos quentes,
o dilúvio de meu gozo em ti!
Fonte que descobriste de meu prazer,
quando dentro de ti eu me perdi.
Nesta ânsia louca,
quando a hora parece pouca ...
Não queria mais sair !
Em ti deixei o cheiro,
o suor derramado de meus poros...
Pousei em tua alma farto e feliz,
num abençoado vôo solo!
Não tenhas medo,
Minha dona , amante e senhora...
Ninguém conhece os caminhos
do nosso amor...
Senão aquele mundo lá fora !
Angelical é a luz que ilumina
a alma triste de tanto lutar.
Tal como a brisa serena do mar,
vem e acende o olhar da menina
Angelical é o canto da paz
que brota fácil em uma criança
Fazendo a alma cantar esperança
Fazendo -a crer de tudo capaz
Angelical é teu doce sorriso
resplandecendo qual estrela guia
guiando a minha alma ao paraíso
Em meio à mágoa que me consumia
Angelical és tu, e te preciso,
para resgatar a minha alegria.
Ventos fortes sopravam no mar das incertezas.
Vagalhões enormes avançavam de encontro à praia.
No meio do oceano, perdida, vagava a nau da angústia,
carregando um coração que chorava em sentida mágoa.
Mágoa por ver tantas horas perdidas em esperanças vãs.
Tristeza por sentir-se desacorçoada com o rumo das coisas.
Solidão por estar sózinha, lidando com problemas aflitivos.
Querendo fechar os olhos e adormecer a alma em prantos.
Eis que de repente, aquietam-se as águas e surge uma luz.
Radiante e atraente, iluminando o horizonte antes tão hostil.
Um lenço de esperança enxugou a última lágrima e os olhos
se perderam na imensidão daquele mar, agora em calmaria.
A mão chegou trazendo uma doce calma e as palavras soaram
como sinos consoladores, a iluminar o espírito em trevas.
A luz se fez, trazida pelas mãos de um pastor de almas,
a serenar o coração em conflito, trazendo o bálsamo da paz.
Amor meu...
Estou contigo em pensamentos;
posso sentir o calor de tua alma...
Podemos dançar
sintonizados no amor que nos une,
não sentir a distância...
Essa energia que sai de nossos corpos,
do desejo incontido de amar,
nos faz vibrar com beijos quentes!
Sinto o cheiro do amor no ar...
Quero -te! Desejo -te!
Quero provar de teus beijos atrevidos!
Ir pra outra dimensão!
Quero poder sentir o pulsar do teu coração,
a tua emoção...
E dizer : EU TE AMO !
Só nós dois...
Não lembrar de mais nada;
se algo mais existir
estará como expectador
do nosso amor...
Como pode uma tela fria
transmitir tanto sentir?
ComeçaR num belo dia
nossa vida a colorir...
Palavras que vem de longe
atravessando o espaço
corações que já respondem
Aconchegante regaço
Duas almas reunidas
em dois mundos tão distantes
renascer de duas vidas
encontro de dois amantes
Uma tela que aproxima
pulsante em plena emoção.
Duas almas se fascinam
entregando-se à paixão.
Você não ensinou-me a esquecer-te
Minha alma chora o vazio da tua ausência...
A distancia e a saudades não param de doer...
Se um dia você sentir minha ausência,
Procure-me nos versos que a ti escrevi...
Na nossa música...
Procure pelo amor que não vivemos
E se a saudade apertar teu peito,
Procure-me no vazio da solidão...
Por você esperei , imersa
numa esperança ,numa ilusão...
Num sonho que não poderia acabar.
Muitas vezes me questiono e chego
sempre à mesmíssima conclusão:
não sei, em verdade, o que seria de
mim, sem te ter a meu lado, Nan.
Ah, bem-dita, Mulher, que preenches
meus dias e minhas noites, com teu
incomparável ser, que não exige mais,
que ser compreensivelmente amada.
Afinal não é o que todos almejamos?
E se um amor é sincero, como o nosso,
tudo suplanta, com galhardia estrema,
ultrapassando mesmo todas as distâncias.
Saber, que tudo começou com um simples
«sim», daí fez estrada e conhecimento,
parece pouco, a quem nunca aqui amou,
que em nós é vida e alegria, de bem viver.
Passa o tempo resoluto; permanecemos nós,
que somos maiores que tudo isso, que
condiciona o Homem e acaba fragilizando-o,
se pouco seguro, do que corre em seu peito.
Como insípidas aguas corría
por el lecho de la vida, en los desiertos
de márgenes secas, estériles
por aguas sin humus, sin algas,
sin nada, sin vida
La esperanza es madre de la calma
La lluvia forma los riachuelos
riachuelos que corren por los bosques
Alimentando, alimentado, por la vida tierra
sales, minerales, restos vegetales y animales
de regato en regato, los riachuelos
haciendo esses por las planicies y los valles
Y sus humus, alimentando los verdes ciliares
ya cesped, ya jardines, ahora bosques
saciando sed y hambre
con humedad los fértiles aires
de riachuelo, a rio de la vida
en el lecho, en los aires en los márgenes
floreciendo los jardines creando vida,
de los margenes, a los campos... hasta en los bosques
vida que toca, que canta, que pulsa
vida de plantas, de seres de sangre frío o
seres de sangre caliente...
De lluvias a riachuelos..
A los ríos de las aguas de la vida
da vida a la arena del desierto
da vida a las planicies, además de embellezar los valles
da vida, emociones y sentimientos a quién tiene sangre caliente
Todos estamos a beira de um fracasso
Correndo na calçada da fama
Lutando contra as sombras dos gárgulas
Que apertam a garganta
Saber do soro da verdade
Deitar num quarto dourado
Sonhos são um lazer barato
Viver o que a vida oferece
Gosto morno do beijo de adeus
Morder forte os lábios
Sentir o vazio que deixou
Luz acesa na varanda
Brilho distante na noite
Risco magro no céu
Cometa voz errante
Se perdendo no horizonte
Não laçamos a revelação
Lembranças balançam as cortinas
Frágeis correntes de verão
Tênues momentos que se vão
