Meus olhos percorrem a terra e me deparo com a dor da guerra,
da miséria, do abandono, do ódio, da inveja, da vingança,
da cobiça, do preconceito...
Corre-me as lágrimas que roçam a face
como se fosse um carinho vindo de um ser superior
que faz com que meu coração
não se entregue a esta sensação de derrota,
ao ver meu próximo matando-se, uns aos outros,
por disputa de territórios
quando nem os seus próprios ainda conhecem e já desejam o de seu vizinho.
A guerra suja e hipócrita lançada em nome de Deus,
(como escudo protetor),
como se tiros, armas, fossem o instrumento de amor
deixado como exemplo pelo filho do rei do universo.
Deparo-me ao mesmo tempo com a miséria
enquanto que dirigentes de nações gastam fortunas em armas,
vejo então, um irmão evitar de falar com outro devido a sua cor,
a sua escolha sexual, a sua raça...e vejo ainda
outros desejarem simplesmente o que é de seu irmão
como se não fosse direito daqueles outros terem.
Ah quanta hipocrisia...
E meus olhos já tomados por todo este sentimento de desilusão,
Partem então em busca de nossos anciões e
os encontra, na maior parte das vezes,
sendo evitados por aqueles que lhe sucederam,
e busco então à família e
vejo a mesma sendo tomada pela falta de diálogo,
onde o pai nem sabe o que ocorre com seu filho,
e a esposa com o seu marido.
Assim elevo meus olhos para o infinito
os pensamentos me fazem ver mais adiante
com o canto dos pássaros,
com o azul dos oceanos,
com o brilho do sol,
com a magia da lua,
com o verde das árvores,
que devo ter ainda esperança e dela faço minha única companheira,
busco a pena, e começo a jogar palavras sobre as linhas,
minha arma será esta.
Minha mensagem não poderá ser outra sem ser de esperança,
afinal o criador de tudo, acredito,
ainda nos dará uma chance para voltarmos a razão,
façamos da esperança, irmã gêmea de nossas almas
que haverá de se encontrar em nosso peito com a semente
que todos temos por obrigação carregar a Fé.
Assim unamos o amor, a fé, e a esperança se fortalecerá!