Quem é você que toma minhas veias,
se apodera de meu coração,
me torna teu escravo, me faz cego para o mundo,
comanda meu ser,
tornando-se dona de minha alma,
usa e abusa quando quer...e
depois dá as costas?
Cobra-me fidelidade, mas
me trai em pensamentos e palavras,
me diz que me deseja ,mas, foge de meus braços por vezes...
Quem é você?
que dá desculpas quando te procuro nas noites de luar,
mas entrega-se a seus desejos felinos a qualquer amanhecer?
Quem é você que fala de pudor,
mas em teus sonhos
delícia-se com pensamentos eróticos e proibidos?
Quem é você que só fala coisas sérias
mas se delicia com frases eróticas vindas até mesmo da escuridão?
Quem é você, que tento fugir e, em minha fuga,
só me deparo contigo?
Se, corro para os oceanos lá te vejo,
Se, percorro bosques lá estás,
Se, procuro voar entre nuvens te sinto,
O que fazer com teu descaso que me dói na alma,
queima-me deixando em ferida pura?
O que fazer com meu ciúmes
que tem que sempre ser reprimido
enquanto tu ficas pelos cantos a se deliciar?
Até quando suportarei esta indiferença?
Até quando será justo tudo isto?...
Até quando terei que fazer de conta que não vejo o que vejo,
que não sinto o que sinto,
que não choro quando choro,
que tenho a calma
quando minha vontade é explodir tudo?
Que sentimento é este que me faz sentir...
em momentos o grande mago da felicidade e, em outros,
o mártir do amor?
Ah! seus olhos fogem por vezes, escondendo-me a verdade,
mas, do amor nada se esconde, podes tu buscar outros corpos,
silhuetas mais bonitas,
mas coração que se entregue a ti como o meu
sei que nunca encontrará, um dia saberá disto...
A minha esperança é que neste dia ainda esteja aqui
para podermos enfim sermos felizes...
Mal podia acreditar,
que tão ansiosa estivesses
a me esperar...
Ao te ver,
senti meu coração vibrar...
Pude assim perceber,
o quanto estava a te amar...
Vendo tua ansiedade,
dominou-me a felicidade,
de saber que me queria...
Vi que deixar-te não poderia...
Quis então muito te amar...
quis, carinhoso, te abraçar,
quis, amoroso, te beijar...
Finalmente então,
alegrando meu coração,
consegui sentir a emoção
do suave contato de tua mão...
Doce amada,
tua alma apaixonada,
deixou minh'alma cativa...
quero amar-te enquanto estiveres viva...
Quando estiveres pensativa, quero beijar-te...
Quando estiveres triste, quero amar-te...
Quando estiveres feliz, quero desejar-te...
Enquanto me quiseres, nunca pensarei em deixar-te
Não é tempo perdido.
Corpo escaldado, mas
o coração não envelhece.
Amor é amor, não é senhor,
é espontâneo e independente...
O Ser é tudo, inviolável e eu
cedo a este amor maduro.
Desgastou-me o tempo
meu corpo, não minha alma
e nem meu coração
sonhador e apaixonado...
Perco-me em seus braços,
sentindo em festa o coração.
Sonho,magia,encantamento,
tudo junto,com muita emoção!
Nesta hora,pouco importa a idade,
desfruto apenas o doce momento
de tamanha felicidade!
Te amo...Como te amo!
Está ébrio este velho coração,
sente-se um menino neste
corpo já arcado pelo tempo.
Enamorado por um par de olhos
verdes meu estro é todo amor.
Poemas, sonetos, sextilhas e
trovas, a cada instante brotam
feito flor de dentro de mim,
falam do teu encanto, do meu
devaneio... do nosso amor...
Desconheço o tempo, inexiste
o nada, tudo agora é você
que me faz Ser.
Infinito prazer de viver.
Penso estar louco meu coração!
Minha alma vive uma emoção antiga,
misto de um encantamento
e deslumbramento...
Estranho a minha própria voz
quando digo... te amo...
Anos, rugas, cabelos brancos
e o corpo lento, que importa!
Esqueço tudo quando minha
boca insaciável se esquece
dentro da tua...
Quero reviver esta felicidade
neste corpo velho... vivo...
Deus, como te amo...
Eu sinto, minha amiga, esse frio
Que sentes bem no fundo do teu peito...
Quando teu coração insatisfeito
Descobre no teu peito um só vazio..
Sabe, eu também sinto esse abandono
Que chega de repente em tua vida
E abre novamente essa ferida
Que faz teu coração dormir...sem sono.
Sabe, minha amiga, há momentos,
Que somos tão iguais, tão semelhantes,
Que é só tu habitares meus instantes
Que eu me sinto nos teus sentimentos.
A mente não controla a ansiedade
Que coração insiste em preservar
A lágrima é o grito desse olhar
Que busca em outro olhar a liberdade.
Cada recordação que nos visita,
Encontra-nos buscando o coração
Num canto infeliz da solidão,
Enquanto nossa dor não nos evita.
E embora disfarcemos nossas dores
Mais tristes, retocando a maquiagem,
Notamos nossa verdadeira imagem.
No espelho, sob a luz dos refletores.
Sabe, minha amiga, essa dor fútil
Que parece que some e sempre volta,
É como um passarinho que se solta,
Quando voar sozinho é triste...e inútil.
Mas teu lado poeta fantasia
A dor da solidão que te inquieta,
Por isso tua alma de poeta
Transforma tua dor em poesia.
Tempo!
Bendito tempo,
que as dores sempre acalma,
que aquieta as más lembranças,
que preserva a criança
que levo escondida em minh'alma.
Tempo!
Maldito tempo,
que marca meu rosto com garras,
que passa sobre meus sonhos,
que rasga a mágica tênue
da vida que se esvai nas floradas
Tempo,
pudesse te dominar
sem medo, sem pejo de nada,
um tango iria dançar
e enfeitar de alegria
os minutos que em mim se abrindo
nunca iriam passar.
Ah, tempo,
pudesse te segurar
bem firme por entre os dedos
fixaria poentes
com cores de obra-prima,
teceria belos casulos
de luar e de neblina
para meus segredos guardar.
E os bem-te-vís, os ouviria cantar,
sem pressa, parada no cais,
lembrando quem bem-me-viu,
que levaste em tuas asas
para o mundo do nunca mais.
Tempo,
Não tires assim meu alento,
preciso já construir
as pontes dos bons intentos,
romper distâncias, calar o pranto
enquanto busco o amor,
que tu de maldade escondeste
nas trevas do desencontro.
Tempo, fique mais,
quero rever o mar.
de longe e de perto amar,
desfolhar muitos azuis,
resplandecer em auroras
esquecida que nas horas
estás sempre a passar.
Por fim, como anjo vadio,
planando sem eira nem beira
sobre abismos de saudade,
hei de mostrar-te a verdade:
não podes comigo, tempo,
sou filha da eternidade.
Hoje voltei a pensar nos tropeços...
Foram tantos... Ainda terei tantos mais...
Faltam-me forças. São muitos rochedos!
Meus pés já estão feridos demais!...
Açoita-me a dor da espera sem fim...
De tantas dores que já sofri calada!
Vão-se os dias... Foge a vida de mim...
Sou dona do quê? - Sou dona de nada!
Passo esquecida de me sentir... Olhar...
Caminho como uma pobre sombra...
Sou gaivota solitária voando sobre o mar.
Que ferida e frágil, na areia quente, tomba!
O sol inclemente queima minhas asas...
Já não há como sonhar... Voar... Voar!...
Vou assim, morrendo na areia que me abrasa...
Sem tentar minha sorte para sempre mudar!
Mas mudar como? - Como mudar o destino?
Como convencer esse rude e cruel senhor...
Que jogou-nos em tão belo e doce desatino,
E depois, zombou do meu, do nosso amor?
Hoje despertei de um sonho
e tive ganas da ti,
mas ao buscar-te em
meu leito sózinho e
Hoje tenho ganas de ti
mas tu não estás
tu não está aqui.
Diga-me quando
voltarás, hoje tenho ganas de ti.
Está vazia minha cama e
me sobra solidão
porque me falta a
chama que tuas
carícias me dão.
Hoje tenho ganas de ti
mas tu não estás, tu
não estás aqui.
Diga-me quando
voltarás, hoje tenho
ganas de ti.
Entre savanas de
sêda desnudas eu te
sonhei.
E quando eu te tive
proxima do meu sonho
despertei.
Hoje tenho ganas de ti
mas tu não estás, tu
não estás aqui.
diga-me quando
voltarás, hoje tenho
ganas de ti.
Quão longa é a
madrugada quando
não tenho teu amor.
parecem que estão
paradas as agulhas
do relógio
Hoje tenho ganas de ti
mas tu não estás, tu
não estás aqui.
diga-me quando
voltarás, hoje tenho
ganas de ti.
Nosso encontro é marcado,
Por um símbolo do amor.
Ao vê-la aproximar-se,
Vi apenas, uma flor
Tatuagem de amor,
Naquele pedaço de corpo.
Momentos de paixão e volúpia,
Senti-me escravo do amor.
Tatuada, me encantou,
Passamos instantes felizes.
Sofri longo tempo depois,
Quando ela me deixou.
E quando recordo este amor,
Imagino-a nos braços de outro,
Lembro-me da tatuagem,
Tornou-se ela, o símbolo da minha dor.
Num sublime apelo, entre céu e terra,
humildemente acerco-te, para que de mim
te aproximes, regalando-me um sorriso,
que tem tanto de peculiar como de generoso.
Sem rogo algum nem esforço, um esgar, que
é mais um sorriso, na tua face faz ninho,
e eu, feito passarinho, procuro a tua graça,
e convido-te a voar comigo, por montes e fráguas.
E no cimo, do galho mais alto, para que
toda a natureza o possa escutar, em nossos chilreados,
já levados pela brisa, anunciamos, aos quatro ventos,
do quanto somos duas avezinhas apaixonadas.
E para embelezar o nosso ninho, desço até ao chão e
vasculho, vasculho até encontrar, os tesoiros
mais belos, que acolherão os nossos filhos, que
anseiam as maravilhas, que de sua mãe ouviram contar.
Sintonia perfeita, com o mundo, que nos rodeia,
quatro lindos passarinhos nasceram, cercados de amor
e de muito comida, que não se cansam de pedir; e, eu,
solicito e pai extremoso, passo os dias cá e lá, orgulhoso.
Bem-dita, sejas, ó minha passarinha, que feliz me
fizeste, ao doar-nos tão belo legado! Saibas tu, que,
a natureza nunca se engana, se o amor prevalece e
a entrega se faz, como se folhas ao sabor do vento ancestral.
Serei teu ombro, o regaço que acolhe,
teu choro que teima, quando a noite
cala todas as vozes e o silêncio
traz-nos para dentro de nós.
E mais serei… e no leito da manhã,
só um beijo te levarei, para que despertes,
menos sozinha, sabendo-te cuidada,
pela perseverança, deste meu bem-querer.
Bom-dia, meu amor! Dizes-me! Mas não
sabes se dormes ou em paz ainda repousas
teu ser, de tão fragilizado que se encontra,
pelas desventuras da vida.
Sim… sou eu amor! Levantemo-nos, e, de
mãos dadas, caminhemos, respirando o ar
puro, que a lembrança nunca olvida,
quem da vida não se esquece.
Se eu pudesse preservar o teu sorriso
Longe das folhas ressequidas do Outono
Distante das sombras invernosas
Em meus braços amimaria o teu sono.
Onde com festa um banquete serviria
Entre lençóis, um velho vinho amaciado
Suavemente enxugaria a tua boca
Num fino lenço de seda rendado.
E guardaria nele os meus ciúmes
Com a minha alma sedenta e ensandecida
Mergulharia no oceano do teu corpo
Desfrutaria do prazer da vida.
Se eu pudesse eternizar o teu sorriso
O caiaria em tela azul do céu intenso
Do arco-íris eu usaria as sete cores
Diria em versos, o tudo que eu penso.
Abrandaria enfim os meus queixumes
Faria o mundo revirar, dar cambalhota
Mesmo que as lágrimas jorrem em cascatas
O teu sorriso me aquece, me conforta.
Doce saudade
por quem um dia volta
que doi a ausencia, consolada
pelas lembranças e pela esperança
Saudade da presença que falta
que cresce com a demora
pela sede do ar ausente respirar
pelo acariciar do olhar
Saudade nostálgica
por tempos que passaram
e não hão mais de voltar
apenas saudosas carentes lembranças
Saudades, são tantas as saudades
nas chamas eternas das lembranças
doi no fundo peito, perdidas no olhar
de tanto que passou ou que o tempo levou
Saudade pungente
aquela que tanto machuca a gente
daqueles que a vida levou, só o tempo a conformar
Saudade sem medida, aquela da perda de um grande amor...
Saudades que apertam
saudades que machucam
saudades que ferem e cicatrizam
Saudade que sangra o coração...
Pela falta, pela perda
pelos tempos, pelos momentos
pela ausencia... vazios, arrependimentos,
melancolias dolosoras...tristes saudades...
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