Eu percorri, passo a passo,
a rota do meu destino,
eu palmilhei cada espaço,
por esse lutar me fascino.
Cada um tem sua raia,
na qual deve competir,
nela ande firma e não saia,
ela é seu próprio existir.
Deus nos deu a liberdade,
de na raia decidir,
qual será a modalidade,
na qual vamos competir.
É o passo mais importante,
posso ser navegador,
ou um viajor errante,
ou mesmo até professor.
Posso andar de porta em porta,
ser vendedor de esperança,
ou um pastor que conforta,
quem só vive de lembança.
Posso também ser um guia,
de quem no mundo vagueia,
ou nessa minha estadia,
não passar de um grão de areia.
Posso ser um ecritor,
um poeta ou um mendigo,
ou então um sonhador,
à procura de um abrigo.
Só não quero ser político,
mentiroso e tranbiqueiro,
esse ingrediente fítico,
que corrói o mundo ineiro.
Eu viagei sem parar,
à procura de um amor,
e depois de encontrar,
continuo um viajor.
Meus passos eram ligeiros,
os meus sonhos tão velozes,
tão lindos e verdadeiros,
em percursos tão atrozes.
E esse trecho final,
quero percorrê-lo lento,
pra de modo triunfal,
receber o meu alento.