Olhar o outro no olho,
Sentir a dor, a saudade,
A tristeza, a necessidade
De apoio, incentivo...
É no olhar de cada um que recolho
A semente que cultivo
No profundo de meu ser:
Amar ao próximo é viver
A plenitude do amor...
É ofertar ao outro o calor
Do qual nós mesmos somos credor...
Existe uma dor maior
Que a dor da solidão?
Se no em torno, ao derredor,
Houver gente, multidão?
É o mesmo que estar em reclusão...
O bater do coração
Ecoa, tamanha a imensidão
Do vazio em nosso peito...
Isso leva à depressão,
Leva o corpo para o leito,
Deixando-se sucumbir...
A tal quadro pressentir,
Estendo a minha mão,
Acarinho, sou amiga...
Procuro tornar-me viga,
Pé-de-apoio, consolação...
Quantas e quantas vezes precisa,
Minha alma, de compreensão...
De um gesto de ternura,
mas minha boca não pede, não avisa...
Vai depender da percepção
De cada criatura...
Ninguém está imune
A um momento assim de fraqueza...
Para da vida se chegar ao cume,
Apreciando sua beleza,
Basta amar ao próximo,
Tanto quanto a si mesmo.
Não deixe correr a esmo
Uma igual situação...
Esqueça seu mau humor,
Seu azedume,
Sorria, estenda a mão...
Dedique de seu tempo um pouco
Ao próximo, seu irmão...
Dê-lhe atenção!
Se ele lhe parecer louco,
Analise com mais precisão...
E dê-lhe o que mais precisa...
A humanidade tem mais de um coração
Cabe - lhe sua configuração!
Amar o próximo é de cada um a missão!...