Voce sangue de minhas veias
que alimenta  meu ser
que anima minha alma
que dá alegria aos meus dias
que motiva minha vida
que  aquece meus invernos
e incendeia meus verões
voce, que em mim corre palpitando
em mim, celulas, moleculas por ti vibrando
e meu eu, no todo , em tudo te amando
Joe'A
 

Quanto tempo de vida na minha vida perdi
            cultivando, curtindo sentimentos que não gostam de mim
            me deixando levar por estereis passionalidades
            me deixando dominar por tantas futilidades

            ...e quanto perdi...de minha curta vida
            unica que me foi dada, para viver a beleza dela
            que por cegueira em muitos momentos dela , não vi
            me perdi em tantos descaminhos que nao tinham sentido nem fim

            Quanto tempo de vida na minha vida perdi
            em tantos pecados capitais e até nos veniais
            quanto de vida a ira  tirou de mim, me permiti
            quanto tempo de alegria a mágoa roubou de mim

            Quanto tempo de vida na minha vida perdi
            cultivando interesses que só me causaram estresse
            buscando objetivos sem o menor sentido
            cultivando vaidades e tantas veleidades....

            Nesta vida por Deus a mim presenteada
            em grande parte não devidamente valorizada
            por consequencia tanta dor , tanta infelicidade causada
            Até que enfim,  dilacerado aprendi, por Deus Ter Olhado para mim

            Vida, joia rara por Deus lapidada
            Concedida na graça do Amor
            Recebida de braços abertos pela Natureza
            para ser cultivada , como uma Flor de plenitude e Beleza.
            Joe'A

 Eu senti o amor,
      Pousando numa pétala,

      Na plenitude em sutileza

      Onde era nossa fortaleza?

      Eu senti a paz,

      Pousada no orvalho,

      A luz desse sol...

      Nosso único retalho.

      Eu senti a fome,

      Pousada na mesa...

      Na plenitude em sutileza;

      Onde está nossa fortaleza?

      Eu senti a chuva...

      Pousada na terra

      E na nossa bandeira;

      Meu grito de guerra!!!

      Eu senti, eu pousei na sutileza

      Nos quebra vidros da vida...

      No espírito primário em leveza

      Onde está nossa fortaleza?

      Procurei altar, procurei alteza

      Mesmo que não sinta ou se veja

      Enchi o peito num tom de leveza:

      Aonde foi parar nossa fortaleza?!

Vinicius Bueno

Eu preciso do teu beijo
          Eu anseio por teu abraço
          Eu careço de tua paixão
          Eu necessito do teu amor

          Se tornas-te o ar que respiro
          Deu significado aos meus suspiros
          Deu viço e vida a minha libido
          Alimentou com paixão o meu desejo

          Entrou no meu peito
          tomou de assalto meu coração
          invadiu a minhas veias
          viciou de voce todo meu corpo

          Me tornou um dependente viciado
          de suas caricias, carinhos e sentimentos
          em todos sentidos intoxicado
          por todos sentimentos contaminado

          Voce me tornou um ser amado amante..

          Joe'A
 

Quando o meu amor fala, sussurra...
Uma orquestra divina ecoa...
É impossível não voar, não delirar.
É canção que um lindo anjo entoa...
 
Sou sua deusa amada, desejada,
É ele, o meu doce menino pidão...
Vai a nossa noite... Cheia de emoção,
Entre mil juras, beijos e adoração!
 
Quando o meu amor fala, sussurra...
Meus olhos se vestem de ternura e paixão.
Nossas bocas se enchem de estrelas...
Nossos corpos fervem em louca ebulição!
 
São tantas palavras, frases desconexas.
Tanta ternura... Fogosas delicadezas...
Que meu corpo freme, arrepia, delira...
Diante de tanto charme e fortaleza!...
 
Quando o meu amor fala, sussurra...
Não há mais brigas, lágrimas, tristezas.
Somos os dois... Um corpo apenas...
Alcançando a majestosa natureza!
 
Quando o meu amor fala, sussurra...
A raiva se converte em doçura, fraqueza.
Lábios e pernas se misturam, confundem,
Cavalgam nas nuvens na maior franqueza!
 
Quando o meu amor fala... Sussurra...
Viajo até o céu... E abraço a lua...
Quando o meu amor fala... Sussurra...
Sou toda dele... Sem máscaras, nua!
Mary Trujillo
 

Era tarde... Noite fria... Sob a densa neblina, chovia

O som do trovão me fez lembrar a tua voz ecoando sem fim

A luz do relâmpago acendeu teus olhos sobre mim

Abriu caminhos e cada passo me levou ao teu encontro

 

Adormeço e te vejo em meus sonhos levados - sonho?

Acordo e estás ao meu lado, sorrindo sempre calado

O dia amanhece, ainda em sono, sinto um beijo teu

Inconsciente, feiticeiro dos sonhos, um bruxo encantado

 

Comprimia na minha, a tua boca, delirava sem razão nem atino

Arrepiava a pele, estremecia o corpo, escandalizava seduzindo

Como um lapidar de pedra embrutecida a despir seu brilho....

 

Atordoado, completamente avesso às regras, fito os olhos teus

Fundem-se tempo e espaço, dia e noite em um só momento...

Na chuva de aromas, nas gotas de sabores d'um pensamento meu


  Reny Carvalho

 No mais alto de mim, fui nobreza e humildade,
      mesmo quando todos à minha volta duvidavam de mim.

      E tenho comigo agora a certeza e a verdade,
      de que tudo que digo, regra geral, encontra seu fim.

      Nasci para ser em mim o que viria a ser nos demais,
      alguém que preza a vida e os outros, acima de tudo.

      Eis que a todos, sem excepção, trato como iguais,
      que omisso ou velhaco não sou, nas galerias do mundo.

      Jorge Humberto

 Te amo... Como te amo... Anjo meu!...
      Amo na noite, em cada estrela que aponta.
      Em cada flor, em cada pássaro que feliz canta,
      Na chuva, no dia lindo de sol... Que desponta...

      Amo teu jeito de ser... E de amar...
      Amo tua poesia que me retrata inteira...
      Amo tua boca...Teus loucos beijos...
      Nossas farras e gostosas brincadeiras.

      Te amo... Te amo... Te amo doce homem,
      Ser único... Parte de mim, parte minha...
      Olhos tristes... Que encarceram os meus...
      Abraço forte... Que me acende e alucina...

      Te amo... Te amo... Te amo, como te amo!
      Amo teu sorriso, teus queixumes, tua voz...
      Nossos segredos... Nossa cumplicidade...
      O paraíso que decortina e derrama em nós...

      Te amo... Te amo... Te amo meu menino grande!
      Amo teu jeito protetor... Tão preocupado..
      Teu modo de falar... De pedir... De me ouvir...
      Amarei a vida inteira, para sempre meu adorado!
      Mary Trujillo
 

Eu, que nada fora,

        Tornei-me ébrio de paixões

        E o amor jamais morrera

        Sob o aupícios de meu ser

        Que ainda te ama e quer,

        E melhor te veneraria

        Se te tornasses anuente

        À esta sina outrora padecente

        E, doravante renovado,

        Darei aos sonhos melhor sentido

        Não te regalando à algia do

        Esquecimento nas nuvens e céus

        Que só o tempo pode conter,

        Sim, amo-te agora,

        renascido de mim!


        José Roberto Abib
 

De repente do riso fez-se o pranto
      Silencioso e branco como a bruma
      E das bocas unidas fez-se a espuma
      E das mãos espalmadas fez-se o espanto

      De repente da calma fez-se o vento
      Que dos olhos desfez a última chama
      E da paixão fez-se o pressentimento
      E do momento imóvel fez-se o drama

      De repente não mais que de repente
      Fez-se de triste o que se fez amante
      E de sozinho o que se fez contente

      Fez-se do amigo próximo, distante
      Fez-se da vida uma aventura errante
      De repente, não mais que de repente


Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

É nesse amor vadio
      que encontro a felicidade,
      me sinto amante-amada,
      vadiando
      no tesão que incendeia
      nossos corpos colados,
      compartilhando
      carinhos pecaminosos!...
      Cúmplices assumidos,
      sem vaidades,
      abdicando do pudor
      que a razão desconhece
      na hora de fazer amor,
      para entre quatro paredes,
      explodir
      em múltiplos orgasmos,
      conseqüência
      da inconseqüência
      de quem traz na alma
      a vontade livre
      de qualquer preconceito,
      ciente de que a vida passa
      e o importante é
      viver o agora ...
      Por isso não falo nada,
      não reclamo,
      vivo o prazer de amar
      e nos braços do meu amor,
      meu amor vadio,
      desintegro
      qualquer reclamação,
      integrada com paixão,
      dando e recebendo,
      até o sol raiar...

Carmen Cristal
 

Quando a saudade visitar tua casa,
      Abre-lhe a porta, ela é confiável.
      Ela é visita sempre inevitável
      Quando uma ausência queima feito brasa.

      Se ela disser que vem para ficar,
      Não tenhas medo, é boa companhia.
      Tua casa, assim, não ficará vazia.
      Ela só vem para te acalentar.

      Acalentar teu coração ferido
      Pela tristeza, por um bem perdido,
      Pelas angústias do irremediável.

      Aceita a vinda dessa doce amiga.
      Ela é o abraço que te aquece e abriga
      Das tempestades do irrecuperável.

   Silvia Schmidt

É no silêncio que meu sangue perseguido escorre
      Depois percorre teu caminho e lentamente morre
      É pelo valor da poesia que dessa taça vem o porre
      Depois vem nosso amor que dessa vez me socorre.

      É na voz da guerra que silenciamos profundas covas
      São feridos inocentes da agressão em noticias novas
      É puro valor da poesia que rara nasceram em trovas
      Depois vieram favos de nuvens que abençoada lavas.

      Surgem nas uvas dos teus lábios, que no amor insinua
      Longe lá do céu, da cor límpida do brilho que atenua
      Do perfume da lua que reflete o sabor da tua pele nua
      Satisfaz-nos da imensidão da paz que hoje será só tua.

      É na virtude infinita, dentro de nós, serás sempre mais bonita!
      Depois veio voz do amor que levita, paz que ainda se acredita
      Do meu sonho em vantagem, trazendo-te em linda carruagem
      Depois de revelar-me teu, dentro do apogeu, toda essa coragem.

Vinicius Bueno

Aquilo que penso e vivo
nada tem a ver com as palavras,
que estas estão num calhamaço
de páginas vazias de sentido e incruéis...
ou, nas  frases brandas
das folhas amarelecidas,
de tintas já sumidas,
onde estão as frases mais velhas!...
Sendo assim,
ou se escondem de mim,
ou me ocultam!...

A essência do que sou
deve estar escrita,
numa língua
que só eu posso traduzir,
Porém esse idioma
eu mesma desconheço.
Sendo assim,
ou sou estrangeira onde vim,
ou me exilam.

De qualquer forma
frases que se elaboram,
são-me tintas muito infiéis...
Não acertam a minha nuance.
Sendo assim,
ou me mostram nua,
ou me borram,
quando tentam me vestir...


Eme Paiva
 

Aquilo que penso e vivo
nada tem a ver com as palavras,
que estas estão num calhamaço
de páginas vazias de sentido e incruéis...
ou, nas  frases brandas
das folhas amarelecidas,
de tintas já sumidas,
onde estão as frases mais velhas!...
Sendo assim,
ou se escondem de mim,
ou me ocultam!...

A essência do que sou
deve estar escrita,
numa língua
que só eu posso traduzir,
Porém esse idioma
eu mesma desconheço.
Sendo assim,
ou sou estrangeira onde vim,
ou me exilam.

De qualquer forma
frases que se elaboram,
são-me tintas muito infiéis...
Não acertam a minha nuance.
Sendo assim,
ou me mostram nua,
ou me borram,
quando tentam me vestir...


Eme Paiva

 

 Se amor é fogo que arde sem se ver

                        E senti-lo se faz  contraditório

                        Sendo ou não um fátuo fogo ilusório

                        Por que tanto queimamos de o querer?

                        

                        Se é ferida que dói e não se sente

                        Por que insistimos essa dor sarar

                        Vendo recobro somente no amar

                        Daquele que d' amor nos faz contente?

                        

                        Se é um contentamento descontente

                        Porquê essa alegria que se afunda

                        No meio da dor que a alma inunda?

                        

                        Se é dor que desatina sem doer

                        Que venha a mim a controversa mágoa

                        Extinga meu fogo a benção dessa água!

                        

                        

                        Carmo Vasconcelos