Já sinto saudades de ti... não é assim uma saudade doída
Mas uma vontade de novamente te ver, te ouvir, te falar, te sentir
Mesmo respeitando o meu medo, eu desejo a sua companhia!.
A saudade chega de mansinho e me envolve.
Me faz lembrar de alguém tão distante,
ao mesmo tempo tão perto, que me comove
quando surge, vindo de uma dimensão adiante.
Mas não quero ser levado por um amor de repente, que não foi bem conhecido,
Quero amor maduro que devagar vai apreciando cada palavra e momento
Para que não me assuste mais, aquele medo de me enganar novamente!
Este medo que trazes em teu inquieto coração,
também se aninha no meu peito, a cada vez
que me encanto com a passageira ilusão,
dançando na fugaz melodia, até chegar o revés.
O medo de amar faz a gente ter receios, escolher bem o que quer,
Pois já vivemos amores, já tivemos alegrias, mas também já sofremos dores...
E por sermos experientes, ficamos exigentes, não querendo sofrer novamente!
Vamos ceifando nossas quimeras no sofrimento,
diante das amargas verdades que queimam na alma,
contudo há que se manter aberta a janela da esperança.
Ainda que o nosso amor seja de momento...
Tem que ser: amor maduro, transparente, equilibrado e sincero.
Amor inteligente, que acabe com nosso medo de amar novamente!!!
Assim como a rosa contém os espinhos da proteção,
nosso coração se protege, abrindo os olhos para o mundo,
até que uma nova semente germine, no fértil terreno do Amor.
José Augusto & Guida Linhares
Querido...
Para que você se lembre de mim
quando ocorrer minha ausência...
Sei que não seria preciso.
O nosso tratado é conciso:
- Nos amaremos para sempre!
Temos driblado o tempo.
Eu sei disso e você também.
Cada vez fica mais difícil...
essa saudade sem fim
toma conta de mim...
toma conta de nós!
Novamente me assalta a angústia...
Pergunto-me, entre paradoxos:
- serenidade e desespero -
- Quando?...
- Onde?...
E ninguém responde...
O destino é cruel...
Foi sensível um dia, e capaz!
Porém hoje, insiste em manter-me
tão triste e sozinha...
Mas eu preciso sonhar,
que estaremos a sós, em breve...
Eu e você!
Ciducha
Noite escura
Noite tristonha
Estou só.
Como num passe de mágica
Penso em voce...
Pensar em você
Deixa um vazio na alma
E me faz sofrer.
Voce,
Anjo que em minha vida apareceu
Caído do céu.
Transformando
Minhas noites e meus dias,
Em verdadeira incógnita.
Quero estar ao seu lado,
Compartilhar a sua companhia,
Ser o seu amor...
Quero poder
Desfrutar dos seus beijos,
Do seu corpo o calor,
Em seu peito, me aninhar
Com você, para sempre ficar.
Porém estou só!
Eu e a minha solidão.
Até quando?
Não sei!!
Continuarei sem saber
Se esse amor resistirá a tanta solidão,..
Tanto abandono...
Amor e solidão
Nunca foram companheiros?!!
Voce!!
Não sei...
Uma incógnita
Em minha vida!!
Noite escura
Noite tristonha
Estou só.
Como num passe de mágica
Penso em voce...
Pensar em você
Deixa um vazio na alma
E me faz sofrer.
Voce,
Anjo que em minha vida apareceu
Caído do céu.
Transformando
Minhas noites e meus dias,
Em verdadeira incógnita.
Quero estar ao seu lado,
Compartilhar a sua companhia,
Ser o seu amor...
Quero poder
Desfrutar dos seus beijos,
Do seu corpo o calor,
Em seu peito, me aninhar
Com você, para sempre ficar.
Porém estou só!
Eu e a minha solidão.
Até quando?
Não sei!!
Continuarei sem saber
Se esse amor resistirá a tanta solidão,..
Tanto abandono...
Amor e solidão
Nunca foram companheiros?!!
Voce!!
Não sei...
Uma incógnita
Em minha vida!!
Catarina
É verdade, na vida tudo passa!
Somos viajantes desta estrada,
que nos leva até onde o coração,
repleto de sonhos e esperança,
nos impulsiona a lutar e amar.
Cada um de nós escreve um livro,
impregnado de alegria ou tristeza.
Suas páginas são um registro
de tudo aquilo que se transformou
em sentido de Amor, Bondade e Beleza.
Quando a Fé em Deus
tem morada no peito,
nada há que passe em vão.
Muitas vezes os seus desígnios,
vão juntando coração a coração.
E assim acendem-se as luzes
da mais sonhada Felicidade.
Quando douradas almas se encontram,
de mãos dadas com a Fraternidade,
a lua brilha mais forte entre as estrelas que cintilam.
Guida Linhares
Enquanto a chuva açoita a tarde branca,
vergando o arvoredo entristecido,
arrastando as sombras pela sala escura
e riscando a vidraça com seus pingos...
Enquanto os sonhos dormem pelos cantos
e a alegria se desfaz como fumaça,
eu acendo a lamparina no meu peito,
esperança que não verga, meu defeito!,
e repito com fervor que : tudo passa ...
Mellíss
"Eu te amo..."
É tão fácil pensar, dizer, poetar...
Difícil é provar!
Junto com as palavras "Eu te amo" ·
não segue em anexo (mas deveria)
o compromisso tácito de:
cuidar com ternura...
Zelar com esmero...
Prestar assistência,
Física, mas principalmente espiritual...
Compreender em todos os momentos...
Perdoar sempre...
Preservar a liberdade,...
Ser presente todo o tempo,
ainda que em pensamento...
Etc... etc... etc...
Entretanto,
"Eu te amo", tornou-se apenas,
uma frase bonita,
banalizada ao extremo,
desrespeitada, na quinta essência da palavra,
na sua grandiosidade,
na sua única verdade:
- Expressar o amor!
"Eu te amo!".
E depois...?
Onde estão os atos decorrentes,
que tornam essas palavras coerentes?
Onde está a seriedade de se amar de verdade?
"Eu te amo..."
Não diga isso, se não sente realmente!
Se não está disposto a se doar,
a colocar acima de tudo, o bem estar de quem ama,
ou então estará, incontestavelmente,
violentando a expressão:
"Eu te amo".
Tere Penhabe
Depois de me ter refeito da lágrima, que tolhia
minha garganta, ante imagens sem explicação.
Depois de golpear meu peito e perdoar o assassino,
que ceifou a vida de Rachel, sem sinal de comoção.
Depois de engrandecer, a coragem dessa jovem,
que morreu, assim lutando pelos seus ideais.
Depois do horror, que meus olhos presenciaram,
da jovem sentada pacificamente, contra actos brutais.
(Àqueles que não têm voz e são expropriados,
de seus poucos bens, por causa da vil religião) .
Depois de ver Rachel, sendo esmagada pela máquina,
sem que a ninguém venha a voz da razão.
Depois de tudo isso, fica em nós o estremo vazio
e a incompreensão, que nos tolhe todos os sentidos.
Então, Rachel, tua luta, não foi em vão,
que a todos ensinaste as palavras: não seremos vencidos!
Jorge Humberto
Amanhã, na curva do tempo,
quando não mais guardarmos mágoas,
terá fim uma espera que se fez dolorida,
nossos sonhos irão se reencontrar,
renovando em nós, a emoção de viver,
quando imperiosos, os desejos aflorados,
nos farão vencidos!...
E novamente vamos, como loucos,
ao amor que ainda vive,
sem reservas, nos entregar...
Carmen Cristal
Toda planta por pequena
frágil que seja
tem o seu valor
na flora
no seu habitat natural
Se os cientistas
fitoterápicos
investigassem a utilidade
de cada uma
teríamos curados
tantos males!
As plantas
é como parte de um orquestra
cada pequena folha, flor e fruto
forma com as demais
uma sinfonia de beleza natural!
m.s.cardoso xavier
Sou complexo,
Um exercício controverso
Na arte de existir.
Sou a hesitação da atitude,
E a firmeza da indecisão.
Tudo porque vivo por amor a vida.
Então se desta não tiro o que me resta,
Ponho em texto todo pretexto
Para viver nesta ilusão.
Vivendo o momento em si
Mesmo nas ocasiões mortas.
Existindo assim: Viverei!
Sempre nos olhos de uma paixão.
Gerson F. Filho.
Vento que balança as paia do coqueiro
Vento que encrespa as água do mar
Vento que assanha os cabelos da morena
Me traz notícias de lá
Vento que assobia no telhado
Chamando para a lua espiar
Vento que na beira lá da praia
Escutava meu amor a cantar
Hoje estou sozinho e tu também
Triste me alembrando do meu bem
Vento, diga por favor, aonde se escondeu o meu amor *
CANDY SAAD
Ah, não ser eu, todo o mundo e toda a gente,
dar por dar sem olhar a quem.
E ter como palavra subsequente,
a gratidão, muito além do gesto de alguém.
Ah, não ser eu, o propósito, que é esta nossa vida,
deitar à terra a duradoira semente.
E de ver nos olhos, da ceifeira, comovida,
o fruto que desfolhando vai, leve. levemente.
Ah, não ser eu, a consciência da mulher,
o parto do filho, o nascimento.
É que ser mãe, de há muito tempo requer,
sacrifício e doação, do nado o alimento.
Ah, não ser eu, a criança, que cresce radiante,
na sua eterna busca pelo desconhecido.
E que crescendo, leva-se, deveras adiante,
a aprendizagem, de seu melhor amigo.
Ah, não ser eu, do velho, o conhecimento,
a palavra bem regrada e esclarecida.
E que por aqui não fizesse ninho, o intrépido tempo,
proporcionando uma vida, bem vivida.
Ah, não ser eu, aqui, todos os rejeitados,
vivendo de dogmas e preconceitos.
E que eles fossem doravante poupados,
entregando-lhes em mãos, os seus direitos.
Ah, quem dera, ser isso e mais ainda,
numa perfeita harmonia com a Natureza.
Pois que, para mim, toda a gente é linda,
e esta é e será, para sempre, a minha certeza.
Jorge Humberto
Cada vez mais, a saudade
trafega no meu quarto
toma cômodo na minha cama...
Absoluta, esta saudade!
É o antigo e renovado jeito de mim...
Como sempre,
a saudade é o saldo desarrumado
da minha loja de quinquilharias:
- Um coração cansado,
de portas entreabertas...
Definitiva, a saudade!
Refaz os descaminhos
com que ambulei minha gaiola de ossos
na ambiguidade de cada por de sol
deste meu tempo alheio...
Carregado de saudade!
Ciducha
Hoje, eu chorei!...
Chorei por mim, chorei por ti...
Chorei por tudo que não fomos,
Por tudo que não tivemos coragem de viver...
Pelo Sol que deixamos de sentir na pele,
Por medo de nos queimar!...
Pela Lua que não apreciamos, cansados!
Depois de um dia corrido, fomos deitar...
Pelas estrelas cadentes que deixamos de olhar,
Fazer um pedido inocente, certos da realização,
Pensando ser tudo uma bobagem...
Chorei por ver que a vida passa
E dela não vivemos o que poderíamos ter vivido;
Caminhar de mãos dadas, em silêncio!
Correr na chuva, rir como criança...
Os cabelos molhados, a roupa grudada no corpo,
A liberdade dos que valorizam o sentimento,
Tirando do momento um prazer ímpar,
Para quem nada importa, apenas o sentir...
Chorei por mim, chorei por ti, chorei por nós!
Escravos da visão, não percebendo a verdade,
O valor de um relacionamento sentido da alma,
Cegos às verdades que trazem a felicidade...
Pobres infelizes, solitários de nós mesmos!
Nós que valorizamos padrões e não emoções.
Senti a dor de saber o caminho...
A tristeza por não ter par no meu sentir;
Seguir esta caminhada solitária,
Sem ninguém com quem compartilhar
O mundo de paixões que tenho em mim...
Chorei por minha covardia e descrença...
Entre lágrimas vi o quanto é fácil ser feliz
E o quanto perdemos por não perceber
Que o belo está dentro de cada um de nós;
O singelo são as relações de liberdade,
O respeito às individualidades,
O saber dar e receber...
Cerrar os olhos e sentir o mundo ao redor,
A beleza que o olhar nos rouba...
Chorei por mim, chorei por ti, chorei por nós,
Que pensamos estar a felicidade no efêmero...
Quando ela poderia ser eterna, se parássemos
Para entender a vida na sua plenitude,
Simplesmente amar por amar...
Carmen Cristal
