Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

29
Mai 08

Já beiravam os sessenta anos
      mas eram enamorados pela vida.
      Nunca esqueceram seus primeiros beijos,
      amassos no portão, acalantos aos pés do ouvido
      e a doce voz repleta das mais plenas emoções.

      Nunca se encontraram antes.
      Cada um construiu seu ninho em árvores
      geograficamente localizadas em distâncias seculares.
      Fizeram filhos, plantaram árvores, deitaram escritos,
      só faltou o livro para sacramentar as emoções cristalizadas.

      Quis o destino que ambos se separassem
      e o sofrimento da ruptura fez com que desenvolvessem
      um novo olhar para as circunstâncias da vida.
      Buscaram novos amores, mesmo em luto,
      tentando recosturar os trapos da vida amorosa.

      Tentaram por todos os meios, reais e virtuais
      buscar alguém que preenchesse as suas carências,
      suas necessidades de afago e toques físicos,
      que os tirasse do chão e fizesse voar bem lá no alto
      cheios de desejos incontidos por um novo bem querer.

      Um leque de opções foi se desvelando,
      através de muitos corações que pareciam afins.
      Os dois já haviam se cruzado pelos versos,
      porém nunca haviam conversado antes,
      e quando isso ocorreu, houve o estalo instantâneo!

      Agora vivem em estado de prontidão
      para os carinhos, cafunés e assemelhados.
      Por enquanto, os olhos ainda não se conferiram
      se realmente haverá a desejada química,
      porquanto tudo que existe ainda
      está restrito à telinha.

      Ele jura de pés juntos
      que não se trata de amor virtual.
      Que a telinha é apenas o meio pelo qual
      se dá a comunicação, mas que o que conta é o coração
      que se derrete quando um dá o sinal e o outro se aproxima.

      Pelo sim, pelo não
      ela não quer saber de namoro virtual.
      Quer mesmo é conferir olho no olho,
      mão na mão, pele com pele, pés descalços no chão.
      Andarilhar à beira mar, ensaiando momentos mais aproximados.

      Aceito o convite, chegou o grande dia!
      Biquíni novo e saída de praia ainda virgens
      irão abrigar o seu corpo já possuído de gostoso tesão.
      A praia, local marcado para o primeiro encontro,
      nesta roda ciranda cheinha de boas surpresas.

      Ele como um cativante sedutor,
      vai chegar envolto em suas manhas,
      distribuindo mil carinhos a mancheias,
      querendo apenas agradar sobremaneira
      e com isso conquistar todo o universo desejado.

      Ela na doce expectativa do primeiro encontro,
      das primeiras palavras, do primeiro abraço,
      do primeiro beijo....em local público?
      Isso mesmo...andarilhando à beira mar
      poderão dar início a uma nova configuração

      Agora com muito mais probabilidade
      de usar a tecla "Insert" e  "Page Up".
      Há quem jure que ambos jamais desejariam
      que a tecla "Delete" fosse acionada,
      porque amar é bom demais,
      em qualquer idade!

Guida Linhares



 

publicado por SISTER às 07:20

 Ah, se já perdemos a noção da hora
      Se juntos já jogamos tudo fora
      Me conta agora como hei de partir
      Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
      Rompi com o mundo, queimei meus navios
      Me diz pra onde é que inda posso ir
      Se nós, nas travessuras das noites eternas
      Já confundimos tanto as nossas pernas
      Diz com que pernas eu devo seguir
      Se entornaste a nossa sorte pelo chão
      Se na bagunça do teu coração
      Meu sangue errou de veia e se perdeu
      Como, se na desordem do armário embutido
      Meu paletó enlaça o teu vestido
      E o meu sapato inda pisa no teu
      Como, se nos amamos feito dois pagãos
      teus seios inda estão nas minhas mãos
      Me explica com que cara eu vou sair
      Não, acho que estás te fazendo de tonta
      Te dei meus olhos pra tomares conta
      Agora conta como hei de partir

Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque e Ana Carolina

publicado por SISTER às 07:19

Acredite, sonhos viram realidade,
      acredite, dois sonhos semelhantes
      são a porta do futuro, estimulantes,
      são a estrada adiante, calçada de jade.

      Acredite, que amor é cem por cento,
      cem por cento acredite, sem medo,
      abra o peito, revele os segredos,
      afasta de ti os maus sentimentos.

      Sonhar é antes de tudo acreditar,
       na força da mente e do coração,
      é crer que se pode, bem navegar,
      nas frias águas deste mundo cão.

      Mas não finjas os teus sonhos,
      sonhe o que desejas realmente,
      sonhar em falso tortura a mente,
      e teu o futuro se torna bisonho.

  Jorge Linhaça

 

publicado por SISTER às 07:18

 Na noite profunda e tão majestosa
      um pacto sela sua despedida
      no ar não paira o perfume das rosas
      perdeu-se o olor do amor e da vida.

      Silêncio atróz, faces desgostosas,
      duas almas em busca de guarida,
      Sombras da noite, nas faces chorosas,
      espectros de suas ilusões perdidas.

      Bailam, na noite, as almas vazias
      soltas no vento dessa solidão,
      lágrimas correm pelas faces frias

      a sofrer dores , perdendo a razão,
      só o silêncio lhes faz companhia.
      Despedida noturna da paixão.

Jorge Linhaça

 

publicado por SISTER às 07:17

Houveram dias em que sobrevivi
do alimento das lembraças e dos sonhos
Embalavam meus dias em que, de tristeza, morri
na desesperança de encontrar  em ti,
meu amor estranho

Lembranças puerís de nossa pós-infância
quando, incansáveis,
 renovavámos nossa alegria, dançando
O sentimento, que então surgia,
 era a nossa esperança
de vivermos aquele amor ao som de embalos , simplemente amando...

Os beijos trocados e roubados foram guardados
Naquele cantinho onde permanecem os sonhos
Por teu perfume, permanecem intáctos
Sinto teu beijo até hoje ...
é o néctar de meu viver risonho

Reencontro inesperado, quem diria?
após viver uma vida à tua procura
Deparo com teu vulto amado, na poesia
Amado sempre foi e assim será
 O que  dizer dessa loucura?

Maria Luiza Bonini

 

publicado por SISTER às 07:16

Que saudade é esta que me invade agora,
em que me apoio em minha janela,
parecendo ouvir uma música de outrora,
que no passado marcou a minha vida?

Imagens, cenas, um perfume que não se afasta,
volteiam em minha mente de repente,
devo estar sonhando, isto explica,
esta saudade que me arrasta!

Mas que saudade é esta que me leva ao distante,
trazendo-me recordações, desejos verdadeiros,
como se estivesse voltando o relógio do tempo,
sem que eu possa fazer parar os ponteiros?

Sinto um nó me espreitando o peito,
como se uma voz ao longe, me chamasse,
uma sensação de presença,
num vento que suavemente, sopra a minha face!


Mas que dor é esta que me aperta a alma
como se neste momento eu desejasse
apagar anos da minha vida
e voltar em um tempo que não passasse?

Dói... Dói a alma, o peito, dói a vida!
Quanto tempo eu vivi sem me dar conta
que eu não vivo, eu existo há anos
e esta saudade apenas chora o meu engano!


Célia Jardim

publicado por SISTER às 07:15

Nas ruas dos meus sonhos passeio,
lembranças que nunca se cansam...
Névoa molhada da saudade interveio,
minhas mãos vazias a alcançam...

Afasto a palavra calada no caminho...
Relembro beijos invadindo anatomias,
sons embalados em desejo e carinho
que o silêncio da madrugada recolhia.

Ora me faltam braços para abraços,
êxtase dos corpos levita no abandono
da minh'alma, que navega em pedaços.

Mesmo sendo de tempestades esse outono,
no acolhimento das recordações me enlaço:
pois que te amo... até meu último sono!...

Anna Peralva

publicado por SISTER às 07:14

De uma saudade sem fim...
Momentos tantos guardados,
uma nódoa na garganta!
A impressão de algo perdido, no passado...

Ah! Moça, seria você?
Ainda no tempo que nossas pernas venciam
a canseira?
Quando dançávamos nos bailes de ontem
a noite inteira?

Dos beijos perdidos pelos jardins...
Das estrelas perdidas no céu,
das tuas mãos em meu rosto,
do teu cheiro de "Chanel"?

Ah! Moça! Seria da nossa primeira vez?
Nossa guardada virgindade
ou dos sonhos loucos de sumirmos no mundo,
próprios da nossa idade!

Não dá a impressão de que ficou algo a fazer?
Talvez, segurar o tempo um pouco mais...
Estender nossas horas que foram tão curtas,
levadas qual vendavais!

Quem sabe gravar nosso nome
naquela árvore centenária
que, no vento fresco do outono,
ainda desafia o tempo em nossa cidade,
balançando suas saias?

Não dá um nó na garganta?
Ainda mais escutando Demis Roussos?
Este que marcou nossa história e
segredos ocultos?

Uma vontade de chorar, não dá?
De sabermos nada um do outro no presente...
Um nó na garganta, moça, não dá?
Sente?

O passado, tal qual meu perfume "Gucci"!
Pouco durou...
Foi-se num piscar de olhos, pronto!
 Acabou-se!

Ah! Moça, sei lá...
Dá-me vontade de chorar!
Uma nódoa aqui no peito...
Talvez não tivesse essa música a escutar,
estaria dormindo em meu leito.

Assim, estou aqui em minha janela!
Olhando a noite em toda amplidão e, ainda
que o dia apareça,
deixarei minha alma buscar a sua,
em qualquer canto deste planeta!

Até que eu a saiba feliz,
até que eu a sinta completa!
A vida escreve o futuro em giz
e o sonho de um reencontro, me empresta!

Martinez

publicado por SISTER às 07:13

Não sei explicar o que acontece.
Perto de ti é  sentir teus dedos
a deslizarem por meu rosto em carinhos
suaves e delicados.
O beijos que umedece meus lábios e
os deixa entreabertos na expectativa de outro.
O perfume que me estonteia na paixão que sinto,
viajo em pensamentos perfumados.
Se me envolves em teus braços, perco a noção do tempo
e não quero mais sair, aproveitando o
máximo tua presença,
teu calor,
 fiques,
pois,
quero você!

Paulo Mello

 

publicado por SISTER às 07:12

Teu amor está marcado em meu peito
  como uma chama que vagarosamente
  foi se extinguindo por faltar oxigênio
  sob a ação do teu silêncio perturbador

  Minh`alma tristonha vaga solitária
  por entre as nuvens desagregadas
  buscando teu rosto perdido na memória
  sem entender ainda o teu ressentimento

  Busco ansiosa os porquês de toda a trama
  dos meandros que motivaram o teu afastar
  Ainda muito me inquieta saber que tão cedo
  um amor se rompeu, sem sequer se desnudar

  Teus inúmeros receios em correr os riscos
  de saber-se ou não amado à distância
  vem ao encontro dos meus na intensidade
  em que palpitam todas as ilusões perdidas

  Sinto que de ti, sangra tanta tristeza
  que mal consigo segurar as lágrimas
  que descem pela face, tal qual a chuva
  que lava a alma da angústia da incerteza

  Assim vagamos os dois solitários
  tentando fazer do esquecimento
  o bálsamo que irá curar esta desdita.
  Uma chaga aberta ainda dói no peito.

  Loucos fomos por acreditar num momento
  que poderíamos conter estrelas em nossas mãos,
  sorrir ao vê-las e num longo beijo, desfalecer no amor.
  Ah! Doidos somos! Foi tudo e tão somente a imaginação!

Guida Linhares

publicado por SISTER às 07:10

Vou caminhando colhendo a brisa
da tarde fresca que se aproxima.
Em meu rosto apenas a coriza
das lágrimas vertidas pela cisma.

De tantos sonhares em avesso,
de tantas ilusões jogadas no escuro.
De haver perdido o teu endereço,
me deixo ficar em cima do muro.

Dali avisto o imenso e rubro mar
colorido de vermelho do enrubescer
da tarde que à noite vai despertar.
Nele as lembranças do nosso romper.

Do sonho de amor que se acabou,
depois de tantos anos a nos abrigar.
Vejo-me no instante que desenterrou
as saudades que sinto de ti a me amar.

Se eu voltasse atrás no tempo
e de novo me tomasses em teus braços,
em momento algum mudaríamos o sentimento,
de estarmos sempre presos aos nossos laços.

Mas agora é tarde. Nos caminhos do sol
apenas a nossa imagem ficou gravada.
Pálida e desbotada imagem de um arrebol
que um dia me fez sentir a mais amada.

Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 07:09

Minh'alma de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Posto que és já toda minha vida
Não vejo nada assim, enlouquecida,
Passo no mundo meu amor a ler
No misterioso livro do teu ser,
A mesma história, tantas vezes lida
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim
E olhos postos em ti, sigo de rastros:

Florbela Espanca

publicado por SISTER às 07:08

Neste fanatismo me embaraço
vindo de um furacão em agonia
Nem percebi que aquele traço
de repente, do chão me tiraria

Agora vivo entre um sonhar e outro
a todo instante, em qualquer dia
a me ver além de mim mesma
em altas doses de fantasia

Nesta ilusão que acompanha as horas
sinto que todo o equilíbrio perdi
Da inércia há tempos era senhora
mas sacudida por fortes ventos, desfaleci

Como um selvagem sentimento
do princípio ao fim dos tempos,
chegaste triunfante como alimento
em divina boca, sem contratempos

Amor proibido, minha alma rechaça,
contudo abriste o livro da tua vida,
enchendo de ternura a minha taça,
impossível resistir a tanta guarida

Observando a vida como um tigre sábio
buscas respostas, cavas a Verdade,
indo ao fundo, sem nenhum ressabio.
Mas tudo aquilo que mais queres,
se traduz em Felicidade.

 Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 07:07

Ah! meu néctar de vida,

 senhora de meus castelos,

doce amante de meus sonhos...

Meu universo de êxtase,

dona de meu ser...

Volta prá mim!

Vamos juntos percorrer os continentes,

 saudar o amor, lançar aos céus

nosso grito de êxtase, paixão, sedução!

Apodera-te de meu coração,

 cicatriza minhas feridas,

 faz-me teu, agora, hoje e sempre.

Toma-me por inteiro,

 suga-me  como desejares;

 vem ser rainha de meus castelos...

Deixa prá lá a tentação,

 esqueça nossos erros,

  refaz a tua alma,

com a leveza doce do amor...

 Coloca em teus lábios meu sabor;

entrega-me teu corpo

e deixa-me te fazer mulher,

dentre todas a mais feliz!

Façamos de nossos dias e noites

 momentos inesquecíveis...

 Escrevamos junto às nuvens 

nosso reencontro...

Devolve-me o brilho dos olhos,

o sabor da vida;

vem ser a dama da noite de meus jardins...

 Exala teu perfume penetrante,

solta tua alma,

 vem prá mim!

 Seja minha na vida

e após ela... Minha!

Vem ser meus oceanos,

 a banhar-me nas noites quentes;

 minha lua a saudar-me,

 nas noites de paixão;

 meu sol a aquecer-me  as entranhas,

nos dias de clímax de verão!

 Quero-te...

Vem... Vem...

 

 

Paulo Nunes Junior

 

publicado por SISTER às 07:06

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