Todo o gesto tem a sua repercussão, que bem pode ser positiva quanto negativa:
dependendo aqui, de que tamanho é o gesto e se ele é cumprido, pela pessoa que o formulou.
Quem dá, não diz que dá. Quem faz, não diz que faz. Pois, que todo o gesto, tem
de ser espontâneo e livre, de interesses extra pessoais.
Se te prometem augúrios, de firme convicção, aguarda calado a espera, do dia anunciado,
é que não te assiste reivindicar, o que então te disseram ofertar.
Nada exigirás pois, mas também não tomes como certo, o que te prometeram:
pois que o humano é falho e contraditório, prometendo o que nem sempre consegue
alcançar.
Não peças meças a quem te disse: eis, será teu, por meu desejo!
Não tens esse direito. então cala e observa, o desenrolar dos acontecimentos.
O gesto sempre estará com quem o pratica ou olvida, por razões a ti alheias, que toda
a grandiosidade está com quem sabe esperar, sem exigir nada em troca: és maior que isso.
Diz-se que promessas são para serem cumpridas, mas se de um lado está quem quer dar,
do outro resta esperar, o melífluo da palavra dada.
Que sabes tu, das dificuldades, porque o outro possa estar a passar? Nada.
Então, aguarda, com sabedoria e tranquilidade.
E se o gesto, ficar por isso mesmo, fica pois a atenção e o agrado da outra pessoa, para contigo.
A nada mais é obrigada, e tu vais agradecer, o intuito primário, ainda que sem o objecto desejado, em tuas mãos.
Ao agires assim não cumpres omissão, tão só não interferes com o outro, que, o que a ti
prometeu, não cumpriu. É dele e não tua, a exigência.
Sê sempre nobre, nas tuas acções, nunca exigindo, do outro, o que te possa ter prometido,
que, assim, a razão, será contigo.
E tua é a liberdade!
Jorge Humberto