Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

14
Mai 08

 Feito caixa vedada,

                  assim bem embalada,

                  papel de florzinhas...

                  por fitas multicores enfeitada...



                  você me encontrou...

                  

                  Abriu, sem ter licença.

                  

                  Encontrou belos sentimentos,

                  carregados de inocência,

                  e se encantou...

                  

                  Eu estava ferida...

                  Pela morte fui vencida...

                  Disputa injusta por meu amor ...

                  

                  Você bem animado

                  Menino traquina e mimado

                  

                  Meus sentimentos pegou

                  puxou pra cá, pra lá...

                  pulou, rodou, jogou...

                  vestiu, despiu...

                  mentiu...

                  quebrou...

                  tanto brincou...



                  Cansou?

                  

                  Feito moleque desmazelado,

                  deixou largado...

                  tudo despedaçado...


                  Levando-me desejar partir...



                  já que a verdade

                  não pode surgir...

                  

                  E se alguem eu encontrar

                  que meus pedaços possa montar...

                  chantagens surgirão...

                  ameaças se concretizarão



                  E,

                  insegura então...

                  temendo a previsível lição...

                  rendo-me a situação

                  enquanto não encontro

                  uma solução...

 Má Oliveira

publicado por SISTER às 07:39

Ah... Esse amor sem limites!...
      Que me chega assim
      Com a imensidão do oceano...
      Tão grande e soberano
      Que nem cabe mais em mim.
      O encanto envolve o meu coração,
      Cintilando, qual astro sedutor;
      Qual pólen de lídima e bela flor
      Espargindo o seu dúlcido perfume
      Em meu cálido jardim de amor...
      Refletindo lumes de esperanças,
      Vem dizendo mil palavras, sem rito:
      Coisas que eu sempre sonhei ouvir...
      E vem assim, ousado, infinito,
      Beijando-me, num giro bendito,
      Qual ledo e magistral colibri!
      Como se flor realmente eu fosse,
      Rocio as pétalas neste coquetel...
      E qual a abelha, cativa, doce,
      A ele entrego todo o meu mel.
      Esse nosso amor é assaz gostoso!
      E eu, sua essência, mais e mais almejo;
      Ah!... Fruto rubente e mui saboroso!
      Amor dengoso, êxtase medonho...
      Que me inebria, e, mesmo até em sonho,
      Tem sabor de vida e gosto de desejo.
      ... Prossegue assim, meu amor, meu bem!
      Semeia em mim a tua semente;
      Vem, num sorriso resplandecente,
      Que eu quero amar, e sorrir também...
      Nosso caminhar, sei que será lindo!
      Vem, qual o vento que balança a flora,
      Vem... E me leva contigo, sorrindo,
      Que eu vou contigo pelo mundo afora...

Irani Genaro

publicado por SISTER às 07:38

Dorme, meu anjo em pétalas de rosa,
      dorme com a suavidade da borboleta.
      Dorme, nessa tua inocência graciosa,
      ao som das harpas e das trombetas.

      Dorme, meu anjo , és tão pequenino,
      recém saído do ventre da  madre.
      Sonha teus sonhos, meu doce menino,
      enquanto a paz, assim te invade

      Sonha criança, promessa divina,
      faz dos teus sonhos, os sonhos tão meus,
      com tua pureza , vem, nos ensina

      Coisas que ouves dos lábios de Deus.
      Livrai-nos todos de nossa má sina,
      num mundo que, a esperança perdeu.
Jorge Linhaça

 

publicado por SISTER às 07:37

Lança a rede, pescador,
      sonhador  inveterado,
      no fado do teu labor,
      deixa tua dor de lado.

      Esconde teu dissabor
      no calor do mar, calado,
      no riscado da tua dor,
      ardor no peito imolado.

      Pesca sonhos de amor,
      (se for esse teu pescado)
      perfumados qual a flor
      da cor dos beijos molhados.

Jorge Linhaça

publicado por SISTER às 07:36

Pecadora sou, confessando um proibido amor.
Que há de acalentar todos os meus dias e noites.
A despertar todos os meus desejos em vias de furor
incontido das entranhas, a ansiar pelos teus açoites.

Tu chegastes garboso, montado no teu corcel de sonhos.
És fauno libidinoso, mas trazes no peito um coração que anseia
entregar-se totalmente ao prazer, entre os dourados pomos
que trago empinados, ouvidos atentos ao meu canto de sereia.

E assim me faço sedutora demais aos teus encantos.
Enfeitiço teus pensamentos que só conseguem sossego,
quando pousam os olhos em meu corpo, em seus cantos
que revelam uma doce proposta de fantasia e de chamego.

Na atração das polaridades opostas, teus olhos se extasiam
com o bronzeado de cada pedaçinho de pele que acaricias,
enquanto sentes brotar em ti mesmo desejos que te aliciam
e te roubam as horas do dia, a viajares no território que tu assedias.

Mas tu mesmo te sentes fortemente atraído e há momentos
em que pensas estar apenas sonhando, tamanho o torpor
que percorre o teu corpo que estremece em pensamentos
desejosos de estar tocando a minha pele, fazendo amor.

Mas nem sabemos se um dia seremos bafejados pelos ventos,
que trazem as fadas vestidas em transparentes trajes de gala,
a adornarem com suas flores, os corpos em sensuais lamentos,
 perfeitos côncavo-convexos unidos num tesão que arregala.

Se cometo este pecado mortal, pagarei com a penitência
de vagar dias e noites por entre os campos de trigo,
recolhendo todos os pirilampos, juntando na essência,
a luz que alumiará o momento em que ficarás comigo!


Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 07:35

 Fico doida
      quando tu me enlaças
      com as tuas mãos fortes
      percorrendo a minha pele

      Teu abraço apertado
      me leva à plena loucura
      e no teu cálido beijo
      eu me perco totalmente

      Sinto o perfume no ar
      inebriando nossos corpos
      que estremecem de prazer
      a cada consentido toque

      Nosso desejo amplifica
      a cada minuto que corre
      as entranhas entumescem
      se abrindo às invasões

      Rolam soltas as fantasias
      em mil artimanhas sedutoras
      e nossos anseios se realizam
      numa noite plena de paixão

     

      Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 07:34

Disparam os cavalos desenfreados
                  dos nossos mais íntimos desejos.
                  Percorrem os campos e areados,
                  na busca das paixões sem pejos.

                  A sua disparada tentamos controlar,
                  segurando firme as rédeas da razão.
                  Contudo há muito ainda para se cativar.
                  Há inúmeras quimeras debruçadas na ilusão.

                  A vida escoa rapidamente por entre os dedos.
                  Acelerado tempo, um tanto inquieto e veloz.
                  Há que se vencer no cotidiano todos os medos,
                   ainda que a chama do nosso destino seja atroz.

                  E tenha desfeito o nosso castelo de areia,
                  quando fortes sopraram os ventos minuanos.*
                  Mas se buscarmos o Amor que serpenteia
                  por entre as flores, muito felizes serão os anos.

                  Contudo nem sempre o Amor quando chega,
                  se apresenta inteiro, livre e descompromissado.
                  Às vezes parece que se torna uma refrega,
                  em que o sentir poderá vir a ser fragmentado.

                  E se percebe que nas entrelinhas da vida,
                  surgem as ciladas do destino e suas bifurcações.
                  Há que se agarrar o doce pássaro de guarida
                  que contenha em si mesmo, as suaves sensações.

                  Neste momento, cessa o galope forte.
                  Não mais disparam os instintos sem freios.
                  O sensual desejo cede lugar a um novo norte,
                  neste Amor que termina com os nossos receios.

                  Ainda que seja proibido, sem chances!
                  Ainda que doa na ânsia de materialização.
                  Ainda assim oferece significativos lances,
                  que chegam direto e aquecem o coração.

                  Mas o que é a existência senão o desenrolar
                  de tantas estórias de vida em seus universos?
                  E o que seria de nós, se não pudéssemos amar?
                  Seríamos apenas pobres mortais feitos de reversos.

                  Por isso tudo, apeamos dos nossos corcéis
                  próximos a uma nascente de benfazeja água.
                  E nela matamos a sede ilusória dos menestréis,
                  bêbados de versos nascidos da emoção que se deságua.   
                   
  Guida Linhares


 

publicado por SISTER às 07:33

E é assim a vida: ora concordando ora não.

O importante é que cada um tenha as suas ideias formadas,
sendo flexível o bastante, para ouvir a outra parte, interessada.

Os ideais são o que de mais profundo há em cada um de nós,
e também os mais difíceis de mexer, porque neles mora
toda uma vida, de avanços e de recuos, até que eles se desenvolvam,
dentro de nós.

Os ideais podem nascer como algo natural, uma paixão à primeira
vista, mas, mais do que isso, são fonte de um processo organizativo,
de nosso pensamento.

Parte daí o amor e a entrega, ante as idealizadas ideias,
fruto de aprendizagem, de muita leitura, de acção ante o “movimento”,
perante as massas.

É fácil pregar ideologias, qualquer bom demagogo o faz,
difícil é, trazer para as ruas e para o povo, aquilo que se diz,
entre quatro paredes, concretizando, em acções,
a vontade de uma sociedade.

Assim quanto mais fortes forem nossas ideologias, firmando
o pensamento que as catapultou, mas difícil será, que nos deixemos
enganar – e ébrios jamais caminharemos, à vontade de um ditador. 

Não queremos uma Pax Romana, mas a idealizada Paz sem fronteiras,
respeitando a diversidade de cada um.

Poderemos não concordar, mas nunca invadir o espaço do outro,
todos temos o dever de saber ser diplomatas.

Jorge Humberto

 

publicado por SISTER às 07:32

Sobre as ondas do mar, em dia calmo,
      na gruta da paixão me aconchego,
      meu corpo se aquece em desassossego,
      e o meu desejo por ti eu espalmo.

      O corpo salgado, sabor do pecado,
      suado do calor de nossos beijos,
      da satisfação de nossos ensejos,
      do mar e de nosso amor, encharcados.

      E na tepidez da água revolta,
      revolvida por nossos movimentos,
      minha boca, da tua, não se solta,

      elevamo-nos ao céu, firmamento,
      giram os corpos em eternas voltas,
      na gruta da paixão, doces momentos.

Jorge Linhaça


 

publicado por SISTER às 07:31

Essa roseira, sempre silenciosa,

            Não teve em sua vida outros caminhos,

            E, desde que perdeu a última rosa,

            Dobrou-se sob o peso dos espinhos.

            

            E essa mãe, que aqui passa esperançosa,

            Amparando os seus filhos de carinhos,

            Faz-me crer, de uma forma tão piedosa,

            Que vi Nossa Senhora e os seus anjinhos.

            

            A roseira, a chorar as suas dores,

            Fica no meu canteiro, ao sol e à lua,

            Descrente do milagre de outras flores.

            

            E a mãe, que passa em frente, continua...

            E, esquecida dos próprios dissabores,

            Vai beijando os seus filhos pela rua...

 José Antonio Jacob

 

publicado por SISTER às 07:30

Minha mãe nasceu pobre, num tempo
      de miséria, e de muita labuta; as irmãs
      tal como ela, à rua saindo, cruel vento
      nas fontes, lavar roupa, subtis manhãs

      apreciavam, com a candura, do alento
      que traz presa, a mocidade e seus afãs
      Terminada empreitada sem desalento
      iam prás fábricas, urdindo aí amanhãs

      Eram pobres mas felizes e o avô nada
      entregue, à mais dura, das realidades
      co as filhas, ia ver a feira, engalanada

      e, que, decorria na terra mais ao lado
      Isto, contou a mãe, e conta, miríades
      de vezes, para aí não olvidar passado

      Jorge Humberto

 

publicado por SISTER às 07:29

 Sou este sol sobre o rio,
      o silêncio da tarde que esvai...
      A chegada da noite no cio,
      gozando o orvalho que cai!

      Sou as cascatas fumaçantes,
      que despencam dos desfiladeiros...
      O mar azul de ondas gigantes,
      as praias que guardam os coqueiros!

      Sou as aves que migram aos banhados,
      a neve nos montes dormentes...
      O vulcão que desperta magoado,
      chorando lavas incandecentes!

      Sou o verde das matas,
      as areias quentes do Saara...
      O vento que assovia nas campinas,
      a chuva que a terra fértil embala!

      Sou os trovões, o arco-íris,
      as nascentes das grutas andinas ...
      A poderosa mãe das enchentes,
      quem dá cor as nevascas alpinas...

      Dona de todo Àrtico,
      terra dos ursos polares!
      Das baleias de todos os tipos,
      dos peixes que cruzam os mares...

      Sou a musa dos poetas,
      amante ardente dos trovadores!
      Aquela que abriga o boêmio,
      na madrugada com suas dores...

      Sou a semente da terra,
      sou o perfume das flores...
      O ipê amarelo das serras,
      o penhasco dos condores!

      Sou a paisagem árida do sertão,
      a palma verde que resiste a tudo...
      O alimento da criação,
      a areia e o grão que permanecem mudos!

      Sou a magia da vida!
      Da terra toda beleza...
      Da mão boa, a criança cativa,
      da mão ruim, a natureza!

      Sou o grito no fogo...
      O gemido triste no lixo!
      Na poluição sou feto abandonado,
      nas derrubadas com final, prescrito!

      Sou a mãe sangrando nos braços
      dos homens,
      que um dia pelas flores tiveram as
      mãos perfumadas...
      Indigentes que esqueceram do nome,
      quando ainda esta terra eu tinha abrigada!

      Sou a morte do próprio homem!
      Muito embora a contragosto...
      Sangro ao buraco de ozônio,
      no aquecimento de todo exposto!

      Sou a criatura de Deus
      por esta terra esparramada...
      Sofrendo na mão de ateus,
      esperando para ser crucificada!

      Sou a natureza que chora!
      Que clama por salvação...
      Com poder de acabar com
      tudo em poucas horas e
      que não tem do Pai a autorização!



José Geraldo Martinez

 

publicado por SISTER às 07:28

 Prisioneiros de falsos profetas prometendo redenção
      o rebanho, deixa-se conduzir, uma vez mais, omitindo
      seu juízo, parecer único, na imperfeitíssima perfeição
      e exigindo, do Homem, o que aos outros, vai servindo

      em bandejas de prata, a bem da igreja e sua maldição
      Sim. porque, aos tementes, e a Deus nada cumprido
      abriram as portas do Vaticano; dos Judeus a vil prisão
      não tomaram posição, ficando neutros, ante pungido
      
      tão dorido, àqueles que se julgavam a salvo, da besta
      Nazi. Nada fez o Papa porém, nem ao ente, protegeu
      que, aquilo que é do papado,não flui mas bem atesta

      a sua riqueza podre, ornando o seu covil de parasitas
      com quadros e estátuas, que a guerra lhes concedeu
      Malditas , sejam, todas as igrejas e seus anti-semitas

      Jorge Humberto

 

publicado por SISTER às 07:27

Quando uma música suave
      
      torna-se audível no fundo da vida
      
      provocando ternura e serenidade
      
      dizemos que é a saudade...
      
      
      
      Ela não é sobressalto
      
      nem angústia ou depressão
      
      ela é massagem gostosa
      
      sentida no coração.
      
      
      
      Quando o passado retorna
      
      sem causar dor ou transtorno
      
      com meiguice e suavidade
      
      dizemos que é a saudade...
      
      
      
      É uma porta que se abre
      
      à beira de um abismo
      
      não podemos sair ou tocar
      
      mas podemos ver e lembrar.
      
      
      
      Quando o riso se propaga
      
      ecoando no pensamento
      
      que fugiu da realidade
      
      dizemos que é a saudade...
      
      
      
      E quem disser que a saudade
      
      é tormento ou não faz bem
      
      com certeza nunca amou
      
      nunca quis bem a ninguém!

Terê Penhabe

 

publicado por SISTER às 07:26

Certo dia uma seria
      um unicónio encontrou
      sob a luz da lua cheia
      por ele se apaixonou.

      Dois mundos tão diferentes:
      um do bosque, outra do rio,
      mas o amor eloqüente
      entre os dois log'eclodiu.

      Foi logo na primavera,
      que floresceu a paixão,
      Numa linda aquarela
      repleta de emoção.

      Dois seres que se amam,
      apesar das diferenças,
      os olhos ao outro chamam,
      em eterna bem querência.

      E desse encantamento,
      surgiu um ser especial,
      o fruto do casamento,
      o majestoso narval*.

      Singra os mares qual um peixe,
      com um chifre na cabeça,
      Se amas pois, nunca deixes,
      que a paixão esmoreça.

      Pois o amor se transforma
      de modo a sobreviver,
      e uma fé se renova
      por conta do bem querer.
Jorge Linhaça


 

publicado por SISTER às 07:25

Abra seu coração, apanhe a chave,
      aquela ali no chão, sobre a almofada de cetim.
      Abra seu coração, nunca é tarde,
      o tempo caminha, mas nunca é o fim.

      Se no jardim as árvores branqueiam
      com a geada que cai sem dar clemência,
      logo vem o sol e as flores se alteiam
      sobre as árvores nas cores da sua magnificência.

      A vida tem as suas estações,
      se não fosse o inverno
      a primavera não seria tão bela.
      Nem o verão nos encheria tanto de alegria.

      Se vivemos o outono, certo é que
      os frutos em breve crescerão
      e nos alimentarão com a sua doçura.

Jorge Linhaça

 

publicado por SISTER às 07:24

Maio 2008
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