Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

13
Mai 08

...Tão leves... tão leves são,
as horas que breves vão,
que não poderiam suportar
a gravidade ao tempo,
que nossos temperamentos lhes dão!...
Assim, não nos pese a preocupação...
Não nos cabe a solução de um dilema...
Que, nessa quietação, nem é preciso sonhar
e o vento nos levará nas asas desse avião,
que as tênues dobraduras no papel
desse esboço de poema,
aos ares nos levarão!


Eme Paiva

publicado por SISTER às 06:55

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel

Mario Quintana

publicado por SISTER às 06:54

A vida foi arrancando pouco a pouco todas as melhores ilusões.
E num barco à deriva, a âncora foi jogada nas profundezas
para que nunca mais se voltasse a sentir o aquecer de corações
que batem em uníssono, quando envolvidos em suas certezas.

Pensava-se que tudo o que tivesse de sentir ou vivenciar,
já estaria cristalizado no percurso, em passado tranqüilo;
apenas revolucionado pelos desencontros do diferente sonhar,
entre duas criaturas que muito se amaram, mas em diferente estilo.

Quis o destino que os caminhos se tornassem paralelos,
e nada mais houvesse que unisse de novo a fragmentada relação.
Se de um lado o desejo de mudanças fez romper os elos,
do outro lado, não houve como evitar a cruel decepção.

E foi um tempo enorme de tristezas e lágrimas derramadas,
em que nada parecia fazer sentido, apenas as obrigações
mantiveram acesas a chama da vida, em quimeras tragadas,
ao longo das noites insones, mergulhada em recordações.

Contudo bem lá no fundo do coração a luzinha da esperança
teimava em bruxulear no candeeiro da bendita renovação.
Ainda que céus e terra contribuíssem para manter a crença,
de que o viver partilhado é preferível ao enfrentar da solidão;

ainda assim, o tempo foi passando sem um novo momento. 
Aqui e ali, amizades se solidificando, porém o amor escondido.
Eis que de repente, um perfil, um rosto, um sutil sentimento,
fez-se presente. Um suave perfume em doces palavras retido.

A magia se fez novamente inundando a alma que se alegrou,
por redescobrir-se em vestes douradas de expectativas,
por olhos amorosos e bocas sequiosas, que o desejo despertou,
 através de encantadores enlevos ou em deliciosas prosas festivas.

Hoje  a espera ansiosa pelas horas compartilhadas,
move a emoção em seus enfeitiçadores e sutis matizes.
Nas longas noites, não existem mais ânsias desesperadas,
mas o sentir dos corpos sutís enroscados em profundas raízes.

Às vezes, a saudade é tanta que chega a doer o peito,
pois a distância louca nos separa. Reaprendi a amar.
Se um dia acreditei piamente não haver nenhum amor perfeito,
de querer-te assim...passo as horas do dia a contigo sonhar.

Quero agradecer aos céus, ter conhecido alguém tão especial.
Estar compartilhando tantos momentos, sem nem saber exatamente,
o que nos moveu, se atração ou apenas o cultivar de uma amizade virtual.
Agora sinto que o acaso resgatou um desejo de amor, unindo mente e coração.  

Mas como todo sonho termina, o nosso também chega agora ao término fatal.
Nem sempre aquilo que o coração deseja, encontra a sonhada guarida.
Talvez o vento soprando em direções contrárias, num tempo ainda virtual ,
mostre que na escalada de nossas melhores ilusões, torna-se inevitável a partida. 


Guida Linhares

publicado por SISTER às 06:53

Eu não sei se é proibido, se não não tem perdão
se me leva ao abismo, somente sei que é amor.
Eu não sei, se este amor é pecado 
que tem castigo, 
se é atentar as leis honrada
dos homens e de Deus, 
somente sei que me aturde 
a vida como um torvelinho
que me arrasta, 
me arrasta a teus braços
em cega paixão.

É mais forte que eu, que minha vida
meu credo e meu destino, 
é mais forte
que todo o respeito e temor a Deus.

Ainda que seja, pecado te quero
te quero mesmo,
e ainda que tudo me negue o direito 
me agarro a este amor.

É mais forte que eu, que minha vida
meu credo e meu destino, 
é mais forte
que todo o respeito e temor a Deus.

Ainda que seja, pecado te quero
te quero mesmo,
e ainda que tudo me negue o direito 
me agarro a este amor.

Me agarro a este amor.

(c)ARMANDO PONTIER...


 

publicado por SISTER às 06:52

Andei buscando-o por toda uma vida...
E o que faria se o pudesse ter?
O que minha alma trazia escondida,
Não pude entanto, ver, compreender...
 
Alguém a quem não pude pertencer?
Fonte de amor, quem sabe, proibida?
Andei buscando-o por toda uma vida...
E o que faria se o pudesse ter?
 
Minha existência  é por si, grande lida,
Árida... Seca, sim, de um Bem-Querer...
Faz de meu ser uma alma assim, perdida,
Sem Norte ou Sul, sem rumo, e sem poder...
 Andei buscando-o por toda uma vida...

Rosa Magaly Guimarães Lucas

publicado por SISTER às 06:51

 Adoro meus amigos quando chegam
            diariamente ao meu coração.
            Embora não consiga vencer o tempo,
            para acolhe-los a todos, com muita emoção.
            Às vezes gostaria que o tempo parasse
            e eu recebesse os quilos de carinhos,
            com muitas palavras amorosas.
            São de pessoas tão queridas,
            que fazem a alegria dos meus dias.
            Mas hoje estou tristinha,
            nem poetar cedinho eu consegui....
            Explico...a cada vez que me vejo
            num mar de incertezas,
            paro de vez, silenciando.
            Quando nem os versos me aquietam
            e nem a presença de todos me distrai,
            trazendo alento à alma,
            é porque há algo no fundo de mim mesma,
            que me faz paralisar, me trai,
            e eu mesma fico sem ação, sem saber como fazer.
            Olhando bem a imagem acima,
            nem sei qual dos sapinhos eu estou..
            se estou no quase se afogando...
            ou ao contrário estou salvando o afogado.
            Bem meu amigo/a que me lê,
            com certeza este é o prenúncio de uma nova
            e brava crise existencial,  eu diria...
            p
            Porque seja em qualquer idade,
            há momentos em que a gente grita forte:
            - Pára o trem que quero descer na próxima estação.
            Mas o trem vai tremelicando nos trilhos,
            a Maria Fumaça soltando o seu vapor,
            e somos um passageiro em consignação,
            querendo muito aportar em algum lugar
            onde os sonhos fossem materializáveis
            e as fantasias rondassem os portais da mais doce ilusão,
            na esperança de que ali, naquele lugar,
            tão mágico e encantado,
            esteja incólume o Amor tão sonhado!
            Meu Deus! Salve-me das ilusões tardias!
            Nesta idade ainda ter estas quimeras,
            de querer ver o sol em lindas primaveras,
            estando já em pleno inverno, no frio do tempo.
            Mas o que seriam os próximos verões,
            se não nutríssemos a esperança de amar
            muito e sermos amados incondicionalmente?
            Com certeza, iriam passando todas as estações,
            e não estaríamos dançando na chuva,
            aquecendo-se ao calor do sol,
            abraçando uma árvore amiga,
            andarilhando na areia fofa,
            ou ainda em preces à Virgem maria.
            Que Ela nos conceda o coração pleno de alegrias,
            e entusiasmo de viver e compartilhar,
            porque afinal de contas,
            a bem da verdade,
            nunca nos faltaram e nem nos faltarão
            as mais doces e amorosas companhias.
            Se você me leu até aqui,
            então saibas que te gosto um montão,
            e sinto muita, mas muita falta de ti!
            Até a vista!
Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 06:50

Um amor quando parte leva metade da gente,
      um grande naco do coração, da alma um pedaço.
      Leva alguns fios de cabelo no deslizar do pente,
      que alisa a rudeza ao desembaraçar do laço.

      Os afetos amorosos criam vínculos fortes,
      e quando chega o cruel  momento da partida,
      a vida nos coloca frente à duas mortes:
      aquela que se desenrola em nós, e a da despedida.

      A solidão se torna então um pesado caminho,
      ao se apagarem as luzes e o fechar das janelas.
      Já não há mais quem nos acolha no doce ninho,
      e os lençóis vigiam a lenta insônia como sentinelas.

      Os retalhos de um coração inquieto se espalham,
      pela escuridão do quarto, a relembrar o passado.
      As horas correm vagarosas e na penumbra se agasalham
      os pensamentos dispersos e as mágoas secas do derreado.

      Mas a dinâmica da vida preserva o restante do órgão,
      que abriga a amorosidade que a criatura necessita.
      Assim, os sonhos começam a aquecer de novo o coração,
      na esperança de que breve, outro Amor chegue em doce visita.

      Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 06:49

  Solidão de um aviso, que chama a saudade,
      para se unir com a lagrima, na lembrança,
      que o amor deixou quando partiu,
      sem deixar pistas onde ele fixou
      seus sonhos...

      Quando a lembrança não esquece dos sonhos,
      que ao lado de um amor se envolveu
      com a liberdade de amar,
      pedaços de retalhos ficam espalhados
      por onde a saudade já viveu...

      Sem saudades a vida não sentiu o sabor do amor,
      viver de lembranças é poder alimentar o sonho
      de amar outra vez, quando a saudade visita o poeta,
      ele senta ao lado da luz, para iluminar seus poemas,
      que vivem de um amor que vive sem a presença
      da ausência de um grande amor...

      O amor é uma estrada sem fim, seu começo
      é um olhar, suas curvas são os prazeres,
      quando uma ponte liga a esperança com a saudade,
      a estrada do amor ganha o brilho do horizonte
      onde a esperança vive de sonhos...

      Rogério Miranda

publicado por SISTER às 06:48

Quem é você?
              Você é minha amiga querida!
              E você? É meu amigo do coração!
              Vocês fazem a alegria dos meus dias.
              Sem vocês, com certeza a vida seria mais vazia.
              Sei que demoro a responder as mensagens,
              por mais que eu queira, não consigo! Tempo Net curto!
              Tem vezes que mal consigo rabiscar alguma coisa,
               logo cedinho, ao pular da cama.
              Abro a janela do quarto e do coração, deixando entrar
              o sol da alma ou a chuva benfazeja.

              Amo vocês!

              Amo esta telinha, que tanto me ajudou
              nos dias mais sombrios e tristes  da minha vida.
              Ela sim foi a minha terapia, ela que me ajudou
              a não entrar em depressão, quando as sombras da noite
              cairam pesadas sobre o meu coração machucado,
              pela ruptura de um amor real de
              quarenta anos de convivência.
              Mas vejam bem, a telinha é apenas uma janela
              que me faz chegar a cada um de vocês.
              Poder aconchegá-los em meu coração,
              intercambiando diáriamente muita emoção.
              Abraçá-los sempre que posso navegar,
              e trocar sonhos, versos, imagens e músicas.
              Deleite dos olhos e ouvidos,
              o que seria de mim sem vocês?
              Existiria sim, mas sem as cores suaves da aquarela,
              com seus matizes que emprestam leveza à vida
              que adquire um sabor mais acentuado
              de alegria e bonança.

              Quem é você,
              que me transforma
              quando toca em mim?

              Você é um ser especial que tanto quanto eu,
              busca uma boa qualidade de vida.
              Uma criatura que parte em busca da felicidade,
              ainda que tenha que alçar voos diários,
              e tantas vezes esteja sujeita a queimar
               as asas sob o sol inclemente,
              num voo de Ícaro cheio de esperanças.
              Somos todos navegantes deste espaço cibernético,
              transportando sementes de paz e de alegria,
              ceifando as ervas daninhas, enchendo nossos celeiros
              de versos, prosas e mensagens
              que são verdadeiras obras de arte.
              Exposição de sentimentos, sensações e fantasias,
              fazendo de cada leitura, um grande momento,
              quando celebramos a vida em toda a sua plenitude.

Guida Linhares

publicado por SISTER às 06:47

 

 

Existe somente uma idade para a gente ser feliz.
              Somente uma época na vida de cada pessoa
              em que é possível sonhar e fazer planos
              e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e  obstáculos.

               Uma só idade para a gente se encantar
              com a vida e viver apaixonadamente
               e desfrutar tudo com toda intensidade
               sem medo nem culpa de sentir prazer.

              Fase mágica, em que a gente pode criar e recriar a vida
              à nossa  própria imagem e semelhança e sorrir e cantar e brincar e dançar
              e vestir-se com todas as cores
              e entregar-se a todos os amores
              experimentando todos os seus sabores sem preconceito nem pudor

               Tempo de entusiasmo e de coragem em que todo desafio é mais um convite à luta  que a gente enfrenta com toda disposição
              de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.

              Essa idade, tão fugaz na vida da gente,chama-se presente, e tem apenas a duração do instante que passa...  doce pássaro do aqui e agora que quando se dá por ele já partiu para nunca mais!

  Mario Quintana

 

publicado por SISTER às 06:46

Águia dos meus sonhos
      Sejam as tuas garras
      tão fortes
      quanto o amor
      que sentes
      latejar
      no teu peito.

      Transcendendo
      o teu limite
      voa alto
      voa junto
      até onde o imaginário
      possa alcançar...

      Voa como águia,
      e me agarre
      com todo
      o carinho
      que trazes
      dentro de ti..

      Te espero...
      quando a lua
      surgir pensativa
      no céu...

      Te quero...
      no meio das estrelas
      Quando olho o céu,
      em noites de lua cheia.

      Te cuido...
      devorador de partículas,
      pois a tua ferocidade
      esconde um forte amor
      em gestação..

      Me cuido...
      para que o tempo
      transforme
      a hibernação
      em ardentes lavas,
      de um vulcão
      repleto de desejos.

      Te vejo...
      incandescendo
      nos gelados cumes,
      estendendo as tuas
      protetoras asas,
      me acolhendo inteira,
      eriçando meus pelos,
      poros e entranhas.

      É assim
      que te espero
      te quero
      te cuido
      me cuido e
      te vejo...
      Águia dos meus sonhos!


      Guida Linhares

publicado por SISTER às 06:44

A verdadeira humildade é o equilíbrio. Haverá alguém capaz de concordar comigo nessa constatação? A humildade como habitualmente concebida, representa o pólo oposto da soberba. E o que é pólo oposto pertence ao mesmo eixo.
Como pode o pólo oposto de um eixo deixar de contaminar-se com o sistema ao qual pertence? Mesmo quando algo se opõe, por isso mesmo, faz parte do sistema dentro do qual de alguma forma é oposição. A humildade como anulação do ego sempre pretende o reconhecimento ou o mérito. Destarte, "humildade" entendida como ausência de vontade, humildade não é.
Ela é "nobre" por contrariar a soberba e assim se afirma, mas tudo o que se afirma e se destaca, por ser elevado, nobre, etc. de algum modo exalta-se, logo não é humildade plena.
Já o equilíbrio, este não visa o reconhecimento nem o aplauso oriundo da humildade entendida no sentido acima: o de oposto da soberba pela ablação da vontade. Nem, por outro lado, adota as táticas vitoriosas provenientes da sensação de onipotência, superioridade, arrogância ou soberba.
O equilíbrio não busca os louros nem os aplausos de qualquer dos dois pólos dessa complexa relação: ele aceita as energias necessárias à vitória e quando a obtém não comemora nem se sente superior pelo fato e - ao mesmo tempo - o equilíbrio sabe incorporar os elementos de modéstia inerentes à humildade. Em síntese: não se vangloria nem se anula. Vive a necessidade de compreender suas limitações, falhas e pequenezas em silêncio e introspecção sem alardear.
O verdadeiro equilíbrio passa despercebido. Nem recebe os louros soberbos da vitória nem o aplauso e reconhecimento do mérito que vem quando há a humildade, no sentido tradicional de anulação do "ego". O equilíbrio é silencioso, não é comemorado e (aqui a humildade verdadeira): não é compreendido.
Seu labor de buscar os aspectos positivos da energia necessária ao êxito e as virtudes de contenção indispensáveis à humildade, leva-o a ser um agente integrador dos dois pólos, desagradando, até, a ambos mas propiciando a fusão salvadora. É atitude bem mais complexa e profunda. Quem a compreenderá?

Artur da Távola

publicado por SISTER às 06:43

 

 

Ele tinha um jeito tão galante,
que onde chegava,
a sala toda se iluminava.

Alegria contagiante.
Braços largos, abraço apertado,
o tapinha no ombro, no rosto o beijinho.

Seus olhos eram da cor do mel
mas brilhavam feito faíscas,
e despertavam uma doce cobiça.

Vivia cercado de mil amigas,
que sentiam-se tão protegidas,
pelo seu jeitão de ser, só carinhos.

Ele morava lá detrás da serra.
Num rancho fundo bem aconchegante,
e nem se pode dizer que era no fim do mundo.

Bem rústico e espaçoso, em meio à natureza.
Com uma rede preguiçosa na varanda,
e o florido caramanchão bem na entrada.

Poder-se-ia dizer que ali moravam
sem nenhuma sombra de dúvida,
a tranqüilidade de braços com a felicidade.

Cada detalhe do cafofo era um encanto.
O vaso de margaridas, ao fundo as persianas,
abriam-se muito para os mil sonhares.

E quem ali morava sabia que a existência,
para ser bem vivida e conquistada,
tem que contar com muita garra e valentia

Mas sobretudo com desmedido afeto,
que ali naturalmente se desenrolava
em mil carícias e sussurros.

Entre chamegos e um doce beijo,
ao som de uma deliciosa melodia,
 naquela tarde gulosa, o amor apetecia. 

Guida Linhares

 

publicado por SISTER às 06:41

   Jardim e flor são passageiros,

                    Nem últimos nem primeiros serão

                    Mas aquela flor já está em meu coração.

                    Minha dor também é assim,

                    Mas em algum lugar

                    O amor se reserva pra mim.

                    Aonde cabe a ânsia de encontrar

                    Esse lugar reservado?

                    Que alegrias se escondem

                    Em minha vida que ainda verei?

                    Acho que minha alma entende o vazio,

                    Porque não importa o vazio que ela viaje,

                    Minha vida aos poucos se completa o resto não importa.

                    Um toque de carinho à porta eu mereço,

                    Até que acorde em minhas virilhas a senilidade viril,

                    Qual serpente teria tal capacidade...

                    Por isso são amargas?

                    Hoje as mágoas são as águas que secam e ressecam,

                    Minha boca que fala e beija

                    Ainda gela, mas apela,

                    Aonde existe amor que não seja este

                    Que está aqui com seu peculiar sabor?

                    Caia em minha praia para ver,

                    A areia é o sangue que corre em minhas veias,

                    Ainda quente pelo sol

                    Que se oculta em minhas noites

                    E aparece entre meus dias

                    Mesmo os de mar agitado.

                    

                    Porém tudo em minha vida acontece

                    Até um raio que desce e corta minhas ilusões

                    Bem no meio de minhas solidões

                    Onde eu vejo que nada é certo

                    E se nada é certo longe também é perto.

                    

                    Prece não deveria ser um lamento do homem que pede,

                    Mas um louvor de quem agradece.



                    

                    

                    WalterBRios

publicado por SISTER às 06:40

   Sou flor prisioneira
                  da vida sem amor
                  eterna passageira
                  num embate de dor.


                  Sou flor que esconde
                  uma ânsia incontida
                  nem vejo por onde
                  alegrar minha vida.


                  Minha alma vagueia
                  em noites vazias
                  o olhar serpenteia
                  em vagas fantasias.


                  Sou triste sem toque,
                  de afeto e carinho,
                  sonhando a reboque,
                  construir novo ninho.


                  Sou pele macia e lisa
                  onde falta o viril afago
                  sou serpente que desliza
                  no chão ainda amargo.


                  Minha boca sempre seca
                  esqueceu do beijo o sabor
                  na angústia que resseca
                  gozos da vida, o sol amor.


                  Sou uma praia sem areia
                  sou a onda que se perdeu
                  nas noites de lua cheia
                  e no mar agitado feneceu.


                  Sou uma rosa desbotada
                  com espinhos a sangrar
                  sou orvalho na madrugada
                  de lágrimas a derramar


                  sou sereia sem o canto
                  que da solidão padece
                  ninguém ouve o pranto
                  de um coração em prece.


                  Sou mulher pela metade
                  de ninho há muito vazio
                  em busca da amizade
                  que me afaste do frio.


                  Sou como rio de ilusões
                  deixadas sós ao relento,
                  em desveladas pretensões
                  que nem mais alimento.


                  Nem a santidade profana
                  nem a nudez castigada.
                  Nem a alma que inflama
                  uma vida já apagada.


                  Sou ponto que interroga
                  algum dia serei amada?
                  Sou um ser que derroga
                  a esperança malograda.


                  Num convite encantador
                  encontrei algo que buscava.
                  Promessa de muito amor
                  era tudo que eu mais precisava!

Guida Linhares

publicado por SISTER às 06:39

Maio 2008
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