ALEGRIA!
PALAVRA QUE ENCERRA GRANDE MAGIA
SÓ POR PRONUNCIÁ-LA
FICO REPLETA DE EUFORIA
Maria Luiza Bonini
ALEGRIA!
PALAVRA QUE ENCERRA GRANDE MAGIA
SÓ POR PRONUNCIÁ-LA
FICO REPLETA DE EUFORIA
Maria Luiza Bonini
Nasce o sol d'um novo dia
a natureza vem dizer
Alegria! Alegria!
Sinta a vida renascer!
Jorge Linhaça
No que pensa o homem...
Ali , à beira do infinito.
Que pensamentos o consomem?
Serão verdades ou mitos?
As estrelas lá no céu;
abaixo as luzes da cidade!
Terá se desfeito o véu,
que cobre a humanidade?
Será que pensa na vida,
ou a morte é sua companhia?
Quem será que o convida?
O ocaso ou o romper do dia?
Será coragem ou medo
que o leva àquele beiral?
Qual será o seu segredo:
A vida ou a pena capital?
O homem agora pensa...
e viaja nos pensamentos
d'esperança se alimenta
e voa nas asas do vento.
Jorge Linhaça
Não fazer nada. Só observar o silêncio.
Desligar-me completamente
do quotidiano.
Do que me diz e perdiz.
Sair por aí sem rumo marcado
guardar as horas no bolso e esquecer-me
das minhas tarefas e responsabilidades.
Subir a umas escadas quaisquer e tocar
o céu, só por imaginar.
E lá do cimo de tudo o que alcanço
por um instante impar
ver-te passar solene e formosa a caminho de casa:
mais nenhuma mulher me interessa ou desperta
do meu sono acordado.
E onde a orla do rio tocar meus pés
deixar aí os meus pensamentos
como borboleta insinuando-se na água.
E escutar o som dos pinheiros em verde ouro
balançando ao leve sabor da brisa.
Sentar-me e deixar-me adormecer, mas
só por fora, onde a fotografia não possa criar incesto.
Sentir o vermelho do sol entrando pelas
minhas pálpebras fechadas e imaginar que não sou aqui
mais que uma parte integrante da Natureza
que incomoda a sincronia das coisas autênticas.
Abro os olhos. Não gosto do que vejo.
Gente apressada passando por mim sem me fazer reparo
um tanto de delicadeza.
Mas não tudo é brutal e a esperança morreu.
Não se pode ir de encontro ao concreto do cimento.
Sento-me num banco de jardim
para ver as crianças brincar e a inocência tomar conta de mim.
Jorge Humberto
No que pensa o homem...
Ali , à beira do infinito.
Que pensamentos o consomem?
Serão verdades ou mitos?
As estrelas lá no céu;
abaixo as luzes da cidade!
Terá se desfeito o véu,
que cobre a humanidade?
Será que pensa na vida,
ou a morte é sua companhia?
Quem será que o convida?
O ocaso ou o romper do dia?
Será coragem ou medo
que o leva àquele beiral?
Qual será o seu segredo:
A vida ou a pena capital?
O homem agora pensa...
e viaja nos pensamentos
d'esperança se alimenta
e voa nas asas do vento.
Jorge Linhaça
no parapeito e o pleito
de quem menos vale, velo.
Tribuna de peitos e o jeito
não é julgar, antes, pelo
contrário, um deixa pra lá,
qu' a vida envida passar
em praças, calçadas, ruas,
procissão de dor mais crua.
Elane Tomich
Conta a lenda, que agora invento,
que formosa donzela tem o fado,
de aliviar os mil sofrimentos
dos que morreram um dia naufragados.
Posta-se , ela, à beira do mar,
nas noites em que vem a tempestade,
com a sua lanterna a acenar,
guiando os mortos pra eternidade.
Se o mar lhe devolve os mortos,
por tantas eras ali sepultados,
( os espíritos vagando sem corpos...)
Quem me dera ser eu agraciado,
voltando ela pra mim o seu foco,
libertando meu ser aprisionado.
Jorge Linhaça
É tão doce morrer no mar
em teus braços de serenar.
Tão doce que o sol se recolhe
de tanto amor testemunhar.
E vamos mergulhando ao fundo
a respiração se fechando.
Na despedida do mundo,
a nossa tênue luz se apagando.
Nossos corpos perdem a vida,
nossas almas ganham a luz.
Doravante dar-se-ão guarida
no iluminado túnel que as seduz.
Chegamos juntos à outra dimensão,
a mesma praia, os mesmos coqueiros,
a mesma cena vemos com emoção,
e lá longe se avistam os saveiros.
Um trapiche para o descanso
dos involuntários mergulhadores
naufragados no mar em balanço
do barco, causador de suas dores.
Porisso é doce morrer no mar.
Todos os sonhos materializados,
conjugando a dois o verbo amar,
para sempre, eternos enamorados.
Guida Linhares
Senhor! Sei da minha impotência diante do ódio e vingança que armam bombas e mãos criminosas.
Mas eu creio na Vossa Justiça Soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da Criação.
Senhor! Compreendo a minha fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror.
Mas eu creio na extensão de Vossa Infinita Misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente das crianças.
Senhor! Assisto, estarrecido, à total negação da mensagem de amor vivida pelo meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e calando as aves dos céus.
Mas eu creio na Vossa Eterna Bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o generoso solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins, e aos pássaros de novo cantarem alegremente pelo infinito dos céus.
Esta oração, Senhor, é o grito da minh'alma na certeza de que me ouvis neste momento, porque sei que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos e para viver em paz!
Porque creio, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não; e porque creio, Senhor, que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, e que rogo à Vossa Generosidade inspire os homens a serem verdadeiros irmãos, e a se amarem de fato sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade.
Assim seja, Senhor, porque a Vós, Senhor, pertencem a vida e o poder para sempre!
Gerson Simões Monteiro
Se os teus sonhos mais caros ameaçam desmoronar, prossegue tu, construindo.
Se a sombra ameaça tomar conta dos teus pensamentos,
coloca-te sob a luz da oração, e segue para frente.
Se decepções te assolam o coração sensível, continua alimentando
o amor em cada gesto, a fim de que o teu amor te faça forte em todos os lances.
Em tudo, age com serenidade, sem precipitação, confiando no amparo do Mais Alto.
Na Terra, toda situação dolorosa é transitória.
Só o amor de Deus é eterno e maior que toda tribulação.
Amém.
Scheilla