Ah! Este sentimento que dói na alma torna-se peregrino em busca de verdades , e de pares.
Este, que me toma por vezes, transformando meu sorriso em lagrimas,
Despojando minha alma, entregando-me ao charco das lembranças do passado ingrato.
Retira-me as forças, deixa-me lançado ao chão, mergulhando ao poço infinito da busca, do calor, do beijo deixado, da lembrança que outrora me fazia astro.
Nesta carência que domina a alma, que faz companhia a lagrima solitária, ao sono que se torna instrumento de fuga.
Se for tu, amor, o balsamo das dores quando abandonas o coração ao relento, torna-se o pior dos carrascos a perfurar as entranhas, lançando ao vento do esquecimento o que foi constelação de luz e estrelas.
Toma-me nesta carência absoluta, mas reina pouco, deixa tua marca, mas, abre meu coração e alma novamente para a esperança o sorriso o calor.
Vem e faz teu papel, pois não tem força capaz de evitá-lo, mas, ao perceber que, mesmo assim vencido, não fui,
devolve-me o amor puro, forte e senhor de tudo.
Coloca ai, então, a carência nas geleiras do tempo,
Pois, para ti vivo, contigo faço minha historia e por ti morrerei!
Paulo Nunes Junior