Séculos de maltratos,
anos de guerras,
ódio causando dor,
regando com sangue
as sementes de amor.
Dói ver a cobiça,
roubando a Paz,
torturando os dias de luz;
com uma overdose de veneno,
a terra negra suplica, e chora
a morte do filho de Deus.
Tremendo em agonia.
Enquanto isso,
covardemente,
o homem selvagem
ataca não se rende,
despertando a fúria.
A mãe, com o seio seco,
clemente, pede-lhe Paz.
A vingança responde
com revolta,
por querer ser ouvida;
só a morte a satisfaz.
A palavra é fogo que arde,
as cinzas flutuam no mar,
provocando a grande onda.
De mágoas em mágoas,
a terra viu-se lavar
com a morte dos inocentes,
e a verdade mostrar
que o mundo não nos pertence.
Estamos aqui para amar,
se a vida tem seus mistérios
o viver tem que respeitar
a força da mãe natureza,
que a tudo pode mudar.
Schyrlei Pinheiro
publicado por SISTER às 07:47
Conheço algumas mulheres
poetizas, que compoem
com o coração em arte
com as penas dele escrevendo
Mulher e arte, mulher em arte
Riqueza por tanta beleza
feminino coração manipulando a emoção
entrelaçando com a macia razão
A mulher já é perfeição
Imagina uma mulher em arte
Versos que rimam com curvas
Rimas sensualmente compostas
Mãe que embala a filha poesia
no colo aconchegante do peito
cantarolando canções de paixão
são rimas, são versos, são estrofes
Exalando os perfumes da natureza
sob a maciez inebriante da beleza
Filhas poesias emanando sentimento
Dando vida a letras, sentido as palavras
Poetiza, mulher poeta
requebrando ao andar dos sentimentos
sentindo a emoção, vibrando sensação
Femininos Poemas...Perfumes rimados em mulher
Joe'A
publicado por SISTER às 07:47
Meu coração é a nau,
a singrar mares bravios...
Na boca o gosto do sal
do batismo dos gentios.
Nas praias deste Brasil
de Cidreira até Natal
meu peito sempre sentiu
sudades de Portugal.
Grita , ó sangue lusitano!
Corre insano pelas veias.
Das areias, ao mar plano,
tanto amo a maré cheia.
Sigo nas ondas do tempo,
retorno à Lisboa amada,
d'onde co'a força dos ventos
partiu pra cá a armada.
E ao longo da jornada,
venho à bordo, ao relento,
singrando águas passadas
co'a força do pensamento
Grita , ó sangue lusitano!
Corre insano pelas veias.
Das areias, ao mar plano,
tanto amo a maré cheia.
Encontro lá o Caminha,
troco idéias com Cabral,
Me contam coisas das índias,
de Goa e Guiné Bissau.
Na viagem imortal,
as naus seguem suas trilhas;
na calmaria ou temporal
segue a valente marinha.
Grita , ó sangue lusitano!
Corre insano pelas veias.
Das areias, ao mar plano,
tanto amo a maré cheia.
Quando vimos dar à costa,
alguém grita, "Terra à vista!"
s'é a India pouco importa,
importa mais, a conquista.
Quando o belo se avista,
e a sorte bate à porta,
reza-se logo uma missa
que nossas almas conforta.
Grita , ó sangue lusitano!
Corre insano pelas veias.
Das areias, ao mar plano
tanto amo a maré cheia.
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 07:47
o fogo das estações
consume a alma
firme e calma
madeira estrala e queima
arde na chama
fumaça que se vai do mundo
lágrimas serpeiteiam pelas faces
sementes jogadas no chão
espalhadas pela dança do vento
apresento a vontade dos pés
de caminharem sem rumo
por desertos e florestas
tão longe a voz canta
a noite clara festeja
a natureza renasce
nos campos floridos
estrelas marcam rotas
entre as distantes serras
não devemos temer o mal
espero o encontro dos corações
se a areia sabe dos pensamentos
a agua do rio saúda os sentimentos
somos parte do ritual sagrado
possuimos a cor da terra
carlos assis
publicado por SISTER às 07:47
Você chamou-me de " querida "
o que precipitou uma tempestade
de sentimentos em minha vida...
Meu corpo feminino reagiu
ao seu tom sedutor que ouviu...
Seu cheiro me inundou...
Uma urgência necessária
comandou minha vontade
fazendo-me aninhar
nos seus braços a me chamar...
Meus joelhos estremeceram
diante da antecipação do prazer
diante deste mundo carinhoso que é VOCÊ...
Penhah Castro
publicado por SISTER às 07:47
Vos, mujer de fuego que enciendes mi cuerpo
que te retuerces em mi cuerpo,
bajo el roce de mis dedos,
Quiero amarte con locura y devorarte a beso, y
encontrar el camino que te haga sola mia,
juego com tu flor hasta llegar justo ao centro.
Tus piernas se aprietan em mi cintura
como queriendo que te penetre más profundamente
me gritas que quieres
que te haga el amor toda la noche
y pides mas y mas...
Héctor Reinaldo
publicado por SISTER às 07:47
Deixo, no meio das letras,
versos, com minha saudade.
Palavras que não ficaram
no tempo, escondidas,
e germinaram com as cores
da eterna sensibilidade,
tornando meus sonhos
uma realidade vivida.
Deixo, em linhas,
a felicidade de ter perfumado
o bem querer, que pode entender
o amor que senti,
quando disse te amo.
Declaro, a quem possa interessar,
que, em qualquer lugar
do horizonte, continuarei poetando,
sentindo o prazer de exaltar
o verbo amar,
que o tempo não poderá apagar
do poder que lego a ti,
como herança.
Schyrlei Pinheiro
publicado por SISTER às 07:47
Quando as flores murcharem pelo caminho e da humanidade nada mais restar do que um grito de dor, será tarde demais para que o homem acorde de sua ganância desenfreada,
que destrói o Planeta Azul a cada novo alvorecer.
Quando as trevas descerem sobre a Terra, seu manto escuro e só a amargura habitar os corações e o homem chorar por tudo aquilo que fez de mal ao semelhante, e nada mais restar do que a angústia que fere o peito,
o Planeta Azul estará perecendo em agonia.
Quando os sonhos derem lugar ao desenfreado das paixões descabidas, em que o apetite carnal dominar as mentes, fazendo delas escravas e prisioneiras das tentações , o ser humano estará banalizando e perdendo todos os seus essenciais fluídos amorosos,
em detrimento da evolução do próprio homem, no Planeta Azul.
Quando as famílias se desagregarem a tal ponto, que todos virem inimigos entre si, não havendo mais a união, o carinho e o bem querer. Cada um por si, com um Deus distante porquanto esquecido, jogado num canto qualquer do coração sem religiosidade nenhuma cultivada; o
o Planeta Azul se desagregará pela falta da Luz Maior da Fé e do Amor Universal.
Quando nada mais restar do que dor e gemidos, a natureza destroçada, o ecossistema falido, a atmosfera viciada, os humanos doentes, animais em extinção, agricultura em colapso e os rebanhos de alimentação empestados e impróprios para consumo,
então o Planeta Azul se consumirá em cinzas, decompondo-se em mil partículas, implodindo-se totalmente.
No Universo Cósmico, era ele um grão de areia da infinita praia celestial, onde o Supremo Criador atuou em seu delírio de Amor pela humanidade, agora extinta.
Nada mais sobrou do chamado
Planeta Azul.
Não restou ninguém para contar a estória da raça humana, que certa vez o habitou, como um Paraíso aqui na Terra,
mas a Inconsciência dos homens crucificou a ultima esperança dos mais idealistas defensores das causas ecológicas,
que gritaram tanto e não foram ouvidos a tempo de evitar a grande
hecatombe terráquea.
NEGROLI
publicado por SISTER às 07:47
Na ilha das maravilhas
o amor aconteceu
vi-te chegar ó rainha:
rainha dos olhos meus
Chegaste já à noitinha,
e minha paixão acendeu
Ó minha fada marinha
poema feito por Deus.
Cola tua boca na minha
aninha teus lábios nos meus
Meu Deus, que boca macia!
Se fores minha... sou teu...
Vou em ti acorrentado
qual moderno Prometeu
dos nossos beijos trocados
até a lua s'escondeu.
Reneg'aos meus pecados
pela luz dos olhos teus
teu corpo abençoado
tanto prazer já me deu.
Cola tua boca na minha
aninha teus lábios nos meus
Meu Deus, que boca macia!
Se fores minha... sou teu...
Pego raios emprestados,
tomados nas mãos de Zeus
pra fazer ilumindado
nosso amor em apogeu.
A Netuno um recado,
pelos peixes, todos seus:
Não fiques encuiumado,
meu amor apareceu.
Cola tua boca na minha
aninha teus lábios nos meus
Meu Deus, que boca macia!
Se fores minha...sou teu
Afrodite se espanta
dos encantos que são teus,
mas sabe, não adianta,
agora o amor floresceu.
Reguemos a nossa planta
peçamos bençãos a Deus,
quando a paixão se agiganta
somos um só, tu e eu.
Cola tua boca na minha
aninha teus lábios nos meus
Meu Deus, que boca macia!
Se fores minha...sou teu...
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 07:47
Nos versos, o inverso do meu nexo.
Nas linhas, e nas minhas entrelinhas.
Estrofes, que o estro fez universo,
Na biblioteca: a minha terapia.
Nos sóis e nos dós, de minha solidão,
Métricas e estéticas apopléticas
(Medindo as médias medidas médicas)
Estravazam, o vazar do coração
Tudo tu, de ti o tudo, e eu mudo,
a ler as lendas, trovando parlendas,
estudando dados, dando estudo.
Aliviando, com tendas, contendas.
contendo em containers o conteúdo,
comendo nos contos e nas comendas.
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 07:47
Com o destino tem afinidade,
E reescreve linhas de prazer,
De quase nada morre uma saudade,
Por quase tudo luta pra viver!
Se de alegria não for, na verdade,
Não é saudade, pois fará sofrer,
E a sua dor é sempre veleidade
Que almas afaga mesmo sem querer.
Minha saudade mora aqui no peito,
Numa casinha sem porta nem chave,
É tão bonita, de cor tão suave!
A descreve o poeta com tal jeito,
Que não cabe a ninguém contrariar,
Saudade é o tempo que não quer passar!
Tere Penhabe
publicado por SISTER às 07:47
Saudade, filha eterna da utopia
que nasce para nunca mais morrer...
Em nossa mente sempre há de viver,
nos causando nostálgica alegria...
Saudade, amarga e doce fantasia,
ausentada no amor do bem-me-quer...
Tem gosto de lembrar para sofrer,
o coração reclama noite e dia.
Saudade que nos traz imagens belas,
visíveis no invisível como aquelas
relembradas no passar da mocidade.
Saudade, mal-estar que se bendiz,
que fere mas não deixa cicatriz,
que o coração maltrata com bondade.
Ângelo d'Ávila
publicado por SISTER às 07:47
a chuva de outono
alaga a terra de
outono terra
de água de
outono
as mãos de outono
da terra cavam
água vida
de outono
na terra
lágrimas de outono
na terra lavram
água terra
no rosto
da vida.
josé félix
publicado por SISTER às 07:47
O desejo que foi
A saudade que é!
Fim da esperança
Lembranças
Do sonho que parecia tão perto
Mas extrapolou as fronteiras
Da razão
Perdeu-se nos distantes
E inconstantes
Labirintos da emoção
Verdadeiros desertos
De indiferença e incompreensão
Eis a síntese de uma realidade
De uma história
Como outra qualquer
O desejo que foi
A saudade que é!
Walter Pereira Pimentel
publicado por SISTER às 07:47