Depois que se caminha
é que pode se falar de tempo,
cansaço, de alegria por voltar.
Só depois que se domina
uma arma, um momento
sem resquício de alegria
é que se deseja ardentemente a PAZ.
Depois
que se escorrega
e acha-se que a oportunidade foi perdida
é que se vê que foi aproveitada
por quem veio atrás.
Só depois que se conta
quantos somos e quantos vemos voltar
é que se aprende a contar baixinho
e depois chorar.
Depois, caro amigo,
com a alma encharcada
e louco para gritar
achando
que não pode fazer mais nada,
lhe afirmo,
ainda lhe resta rezar!
rivkahcohen
publicado por SISTER às 06:26
Que coisa mais linda é a esperança menina!
E o poeta apressado saúda um sonho
gerado no amor entre seres humanos.
É semente, é fruto de muita ternura,
oferenda de Deus a abençoar nossas preces.
Quem sabe o amanhã não seja o presente
mais lindo que Deus reservou para nós?
Acreditem!
Do ventre de um povo que caminha sofrido,
nasceu o carinho faz tempo pedido,
nasceu a guerreira, um anjo de luz,
um grito de Paz, um grito de Amor.
Deus te abençoe esperança menina!
Naldo
publicado por SISTER às 06:26
Quisera minhas mãos fossem
de colher poeira de estrelas,
de semear carinhos, ternuras,
de iluminar noites escuras,
de compor cantigas de ninar.
Quisera minhas mãos fossem
de construir estradas de sonhos,
de apaziguar conflitos estranhos,
de curar antigas feridas,
de semear a Paz e o Amor.
Quisera minhas mãos fossem
de tecer lindos enredos,
de afastar de nós todo o medo,
de calar a fúria dos homens,
de descortinar a compreensão.
Quisera minhas mãos fossem
mestiças de muitas raças,
poesia de muitos matizes,
afluentes de rios felizes,
instrumento da vontade de Deus.
Como não são...
Restaram em mim os poemas,
tentativas desesperadas,
de dizer o quanto eu Te amo,
e o quanto creio em Ti.
NALDOVELHO
publicado por SISTER às 06:26
Amo o que vejo e o que ocultas
amo o que mostras ou insinuas
amo o que és ou o que imagino
te amo, ao aleio e ao que é meu
amo o que entregas, o que escondes
amo ruas perguntas, tuas respostas
eu amotuas duvidas e certezas
te amo no simples e o complexo
E amo o que dizes,o que calas
amo tuas lembraanças, teus esquecimentos
amo teus odores, tuas fragrancias
te amo no beijo e a distancia
E amo o que mas, eu te amo
te amo por amor e sem dubiedade
te amo e se pudesse nao amarte
sei que te amaria ainda o mesmo
Amo o que amas, eu te amo
te amo por amor, para me dar
te amo com orgulho de quererte
porque para amarte eu nasci
Amo o que seja o que possas
amo o que afirmas,o que negas
amo o que dizes, o que pensas
te amo no que medes e no que pesas
e amo o que pegas, o que desejas
amo tua alegria e tuas tristezas
te amo na carne e na alma
te amoem tuas crises e em tuas calmas calmas
Amo o que pedes e presenteiasamo tus caricias, tus ofensas
amo teus instantes e o eterno
te amo em teu ceu, em teu inferno
E amo o que mas, eu te amo
te amo por amor e sem dubiedade
te amo e se pudesse nao amarte
sei que te amaria ainda o mesmo
Amo o que amas, eu te amo
te amo por amor, para me dar
te amo com orgulho de quererte
porque para amarte eu nasci
con amor
publicado por SISTER às 06:26
Da chuva ácida, as deformações,
os genes mutantes, defigurantes,
semi-humanos em mil mutações,
restos de vida, nas veias pulsantes.
Colonias pífias, em guetos distantes,
cruel perfídia, adeus ilusões,
a luz divina, que brilhava antes,
sucumbiu às trevas e aos porões.
Na alma soturna, sobrevivente,
os olhos encontram nesgas de luz,
caminham na noite, inconsistentes.
Cada qual carregando a sua cruz.
A camada de ozônio, ausente,
criou, nas peles, feridas de pus.
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 06:26
Esta vez, no voy revelar mi sueño
por una prevención de seguridad
ya sea por comodidad, o por miedo
Mi sueño es vivir este amor
Que como lluvias torrenciales
que inundan, y que todo llevan
en remolinos a los lugares que reciben
el agua de lluvia com toda su fuerza
sin saber en que rio desaguará
o que mar un dia me transformo
como agua que a todo toma forma
Agua como pasión que nada segura
pero que vive las alegrias de las correntadas
de las cascadas, las adrenalinas de las corrientes
de vuelo libre de las grandes cascadas
del reflejo lunar en su Ser
de ser recolectada por dónde pasa
de recorrer por el lecho
de rozar los bordes hermoseados
por acariciar las matas ciliares
de correr limpia y transparente
o de envolverse con los poluentes
de ser contenida y tratada
al fin en los mares de vida diluida
Quiero ser agua, como ese sueño,
de esa lluvia de pasión
que vierte en mi corazón
torrencialmente, apasionadamente...
(c)Joe'A
publicado por SISTER às 06:26
comecei escutando sopas
entornei o caldo sobre a língua
e o salgado, o apimentado, o acebolado
se transformaram numa sonata
de chopin-pon-blem-blom
depois das sopas
passei pra obras mais ousadas
sinfonias da natureza que são deixadas de lado
rotuladas de feias, desagradáveis
e até de demoníacas
por exemplo,
passei a escutar limões
e fui fundo!
limões a capela!
só eu e a poderosa voz de um limão
frente a frente
nota por nota
sim, me orgulho:
já escutei um limão inteirinho!
não posso dizer
que é uma obra popular
de fácil digestão
como arroz com feijão
ou milkshake
mas se você gosta de bethoveen
precisa escutar um limão
é quase como sentir a nona sinfonia
entrando pelos poros
comecei escutando sopas
depois limões
e foi assim que descobri
o grande banquete de sentimentos
que é servido instante após instante
dentro do meu coração
se você nunca se ouviu
se os ouvidos do seu coração estão tapados
aconselho que comece pelas sopas mesmo
nunca pelos limões
em casos mais graves de surdes cardíaca
recomendo água com açúcar
ou paçoquinha amor
Marcelo Ferrari
publicado por SISTER às 06:26
o poema começa
na primeira linha
o poema termina
na última linha
se escreve
o que se pensa
não se escreve
o que não se pensa
não adianta ir contra o mundo
as ondas morrem na praia
quando se fecha os olhos
se encontra escuridão
não se perde a esperança
de um dia para o outro
mas aos poucos
gotejando
a flor seja qual for
o suprasumo da planta
êxtase máximo
o perfume do inconsciente
não precisa navegar
coisas dentro da cabeça
a pele quer amar
velhas lembranças
os requisitos para procurar
a remissão da alma
magia e propósito
fé e sabedoria
tudo esta bem
o vazio dentro do corpo
uma falsa impressão
o espaço não tem dimensão
não adianta falar com a imobilidade
o universo é imenso
tão vasto quanto
os segredos de uma mulher
o poema começa
na primeira linha
o poema termina
na última linha
carlos assis
publicado por SISTER às 06:26
Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
publicado por SISTER às 06:26
El gran teatro de la vida
Abre su telón y allá está
La comadre, moviendo
sus vestidos y la lengua,
Escondida detrás de la bañera...
Sólo ella es la santa y la sincera,
Artista verdadera...
Asisto sentada en la platea
A esta obra tan bien montada...
Soy su asunto predilecto,
Todo lo que ella habla...
Ah... Yo ya lo sé...
Y a quién quiere engañar?
Puede ser que engañe a alguien?
Allí está ella en otra escena
Aburriendo con su discurso, esta vez
Porque queria una respuesta
Y yo, muda quedé...
En la platea permanezco,
Mirando todo...
Y riendo mucho...
Sé muy bien lo que ella quiere...
La curiosidad mató al gato,
Espera el último acto,
Para saber quien es quien...
Mary Trujillo
publicado por SISTER às 06:26
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
publicado por SISTER às 06:26
Durante os anos tenros da nossa infância, nem todos tivemos a mesma sorte.
A alguns, deserdados, faltou quase tudo quanto os direitos humanos consagram
Outros, privilegiados, usufruímos dum estatuto mais feliz, até tivemos duas
mães: uma biológica e outra cultural, ambas exercendo acções convergentes e
complementares, de que só mais tarde entenderíamos os valores relativos em
presença. Ao entrar, e no meu caso pessoal ao reentrar, para a escola
primária, nunca esperaria tantas alegrias para além daquelas que a família
já me havia proporcionado. A pedagogia é um acto de amor por excelência e,
até hoje, nunca ninguém como a Senhora Dona Bernardete Jardim Gonçalves terá
sido capaz de o desempenhar de forma tão dedicada e perfeita. Apesar da
distância temporal que me separa desses bons tempos, é impossível esquecer
qualidades que não se repetem e marcam para sempre os que com elas tiveram a
felicidade de conviver e aprender. Conviver já era aprender, a sua presença
consolidava a ideia, algures expressa, de que um pedagogo vale mais pelo que
é do que pelo que faz. Neste caso particular, os verbos sobrepunham-se. O
exercício da sua amizade, a autoridade pessoal e intelectual que emanava,
balizavam um caminho marcado por valores fáceis de transmitir porque neles
acreditava com a maior convicção. A disciplina era fácil e insofismável.
Bastava-lhe olhar por cima dos óculos, num simples relance, para que as
brincadeiras se transformassem em atenção e a aula prosseguisse com a
normalidade esperada. O tempo voava célere e a sua gestão simultânea de
quatro classes na mesma sala era um exercício policrónico digno da maior
admiração. A diferença entre o essencial e o supérfluo, através da selecção
de textos, espírito de síntese e eloquência, ainda hoje marcam de forma
indelével as opções que se me deparam. Entre o aprender, o saber, o saber
fazer e o ser, não havia dúvida de que o que estava em causa,
primordialmente, era a formação de pessoas, a consonância entre pensamento e
acção, entre a acção e a inserção na vida real que nos esperava, quer em
graus de ensino ditos mais adiantados, quer no futuro espreitando pelas
janelas abertas sobre o amanhã. Foi bom, uma das recordações mais belas da
vida, essa comunicação persistente e continuada com uma pessoa que nos
transmitia através das palavras e dos actos as mensagens fundamentais para
crescer na fraternidade entre os seres humanos. Vivia-se então o complexo
decénio de quarenta, com o mundo em convulsão face aos acordos explícitos ou
implícitos pós 2.ª Guerra Mundial. O Colégio "Júlio Dinis", pela sua
qualidade intrínseca, destinava-se a uma burguesia média alta a que eu
próprio nunca havia pertencido, oriundo como era de família humilde e
carenciada. Certo mistério me acompanhou ao longo dos tempos até ter
compreendido que muitas vezes a minha mesada não teria sido paga e apenas
ali estava porque aquela Senhora, numa rara acção de mecenato, me mantinha
como "bolseiro". E assim terminei a então 4.ª classe com facilidade e
proficiência, podendo afirmar que quase tudo o que sei, nas áreas mais
fundamentais da vida, foi recolhido entre as paredes dignas e sérias daquele
Colégio. Mais tarde, ao passar com sucesso pelo Liceu Jaime Moniz, estava
sempre presente algo que vinha de longe, palavras e ideias tão definidoras
do saber como do carácter. Ao visitar a Madeira anos depois, família
constituída e vida profissional em curso, tive o repetido prazer de visitar
a Dona Bernardete, dela recebendo o amor de sempre e apreciando a lucidez da
mente e a profunda acutilância de olhos que tão longe viam. Passado tanto
tempo, a imagem da grande Senhora continua no coração dos que perante o seu
rol de qualidades cumpriram os ritos de iniciação da juventude. Por singular
coincidência, muito antes de ter conhecimento da manifestação que ora se
consuma, o meu recente livro de contos "Sombra em Clave de Sol" ostenta em
abertura a seguinte "Dedicatória: À Senhora Dona Bernardete Jardim Gonçalves
inesquecível professora de instrução primária que me ensinou a amar a
língua portuguesa." Ao associar-me a esta justa homenagem, ao colocar um
modesto marco na riqueza da sua história, verto com amor uma lágrima filial
e quente sobre a aura espiritual da sua querida e saudosa Memória.
Joaquim Evónio de Vasconcelos
publicado por SISTER às 06:26
Sonhos... miragens,
são ilusões abortadas do inconsciente,
neles podem estar a presença das dores,
dos encantos, do inconcebido
e das alegrias...
Pode ser de uma conjuntura de terror
de desespero ululante
ou a reminiscência de um amor...
O sonho é o inconcebível, tudo
o que é não natural,
ele morre no despertar do o real...
A miragem é diferente, é o castelo que se edifica
e de repente se desfaz,
é a ilusão...
Sonho, miragem, real, ingredientes da vida,
o conflito do inconsciente
e das verdades...
Tarcísio Ribeiro Costa
publicado por SISTER às 06:26
São tao lindos seus olhos
São tão brilhantes e cativantes
São de um profundidade arrepiante
Olhar tão forte, tão marcante
Preciosos como esmeraldas
de onde transparecem sua alma
parece que falam,
de tão expressivos que são
Seu olhar ao me fitar com tanto carinho
sinto sua alma me abraçar,
seu coração de amor pulsar,
um calor que faz minha palpitação acelerar
Seu olhar reflete meus sonhos
e todas as respostas ao meu coração
que eles percebem no meu olhar
lendo o que está escrito em minha alma
Traduzindo todos meus sentimentos
revelando todos os seus
sua visão alcança
o mais de profundo em meu interior
Neles vejo o céu, o mar,
as estrelas, suas fantasias
seus sonhos e seu amor.
É tudo que meu amor sonha lhe dar.
Joe'A
publicado por SISTER às 06:26