O amor
é de uma infinita sublimidade,
é um sentimento que se aproxima da perfeição,
só o sente quem tem um bom coração,
nele irmana-se a verdade,
é suave como a brisa, como o esvoaçar
das plumas,
nele não há açodamento...
Tudo flui sereno
como o sibilar da harpa angelical,
tem a bênção celestial,
é quando o coração está feliz... ameno.
A paixão
não é amor, é um querer descontrolado,
doentio, arrebatador.
é uma deformação do amor,
é alimentado pelo ódio, por ser egoísta...
Nele há o ciúme doentio, a insegurança,
é um bem-querer, sem confiança,
por isso se difere do amor!
A paixão é efêmera, instável
falta-lhe ternura...
Desaba, com qual coisa sem fulcro,
por isso insustentável!
A paixão
é como uma lesma, esconde-se num casulo,
sem brilho, sem cor,
assim, é fácil de confundir-se
com o amor...
o amor
é divinal, transparente,
sem ele é impossível atingir-se à felicidade,
por ser puro, é exigente,
por isso, só perdura onde há lealdade!
Tarcísio Ribeiro Costa