Desfila na "passarela"
A turba emocionada
De mistura, quem distingue,
Quem brinca, assiste ou desfila?
Em Olinda, todos brincam.
Levados de animação...
Pulam, cantam, desafinam...
Esquecendo por momentos
Qualquer atribulação...
Parece que a cidade
Monumento Mundial
É um grito de Liberdade
No passo do carnaval!
Luíza Soares Benício de Moraes
publicado por SISTER às 06:28
Era de verde e rosa que ela vestia
todos os anos...
e, ao som da bateria,
lá estava ela, e a alegria...
Que as rosas não falam,
todos sabiam
Ela, uma rosa, até em Marte já
seu canto extendia
Por infortúnio do destino
no apogeu de toda a euforia,
quando a escola, para sair soberba,
como sempre, se movia...
a tinta negra da maldade
ofuscou todo o seu brilho
e de verde e rosa,
uma nova cor surgia...
A cor da dor, da ingratidão que se fazia
tão presente e pérfida,
como o samba,
jamais se fantasia
Em silëncio, ,
a rosa exalou o perfume da triste dor,
ao rufar dos tambores da bateria
Era o seu adeus...
voltava ao jardim
onde moram outras flôres...
onde encontrou o amor perfeito, o cravo e o jasmim
A cuica chorou
a avenida parou
e o samba, perdido, se desesperou...
Maria Luiza Bonini
publicado por SISTER às 06:28
A voz do destino chamou
Não vou ao cinema
E todos sabem
O quanto gosto de filmes
A cidade ferve
Não vou a um restaurante
Não conheço muitos
Vegetarianos comem pouco
A noite de sabado passou
Não vou a um sarau
Faz tempo que não revejo
Os nossos amigos
Chove lá fora
Quero jogar xadrez
Eu e voce
Meu rei contra seu rei
Carlos Assis
publicado por SISTER às 06:28
Sempre a imagem que vemos no espelho
é maquiada pelo nosso coração
refletida em cada expressão
o que vemos sempre é o que sentimos
vemos a vida passar
vemos os momentos vividos
vemos os erros cometidos
vemos os momentos de felicidade curtidos
vemos o amadurecimeto
vemos o envelhecimento
vemos a juventude
vemos a infancia
pois somos construidos de momentos
temos em nós, todas as fases, idades vividas
temos em nós as alegrias
as tristezas
as dores
os dissabores assim como os sabores
a imagem que permanece, que fica em voce
é a que voce mais alimenta e
esta imagem cultivada....é voce
Joe'A
publicado por SISTER às 06:28
Después del regocijo, viene hasta mi la verdad,
Cruel e imponente, del mundo, en violencia;
Me dio la vida la dolencia, sabiduría y edad
Para verificar que todo es una reminiscencia
Pasada de pais para hijos y su santidad
Beatificada y ruda con la santa incumbencia
De negar al pueblo , así como, a la mocedad,
A su mas de lo que verdadera, vil aparienncia.
Cada vez mas las gentes se apartan de lo real
Y a eso no es ajena a la profusión de religiões
Que nacen, aquí y allí, en intenso matagal.
Y... el libre pensamiento, las ideas, los idelas?
Si hiciere uso de todas las motivaciones mías,
De certeza que encontré mis credenciales.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 06:28
Si yo no pido tanto!
Amor es lo que pido.
Briznas de amor para esta sed del mundo,
tan grande y tan sumisa.
Un diminuto amor, pero constante,
que dé su mano al que su mano tienda,
que limpie las miradas y los ojos
llene de dulcedumbre.
Algo de amor en esos corazones
que no aman a los niños,
que son capaces de cegar a un pájaro,
de aplastar las hormigas.
Algo de amor; apenas un murmullo
de amor en cada pecho de criatura
hacia todos los seres,
hacia todas las cosas.
¡Si yo no pido tanto!
Briznas de amor para esta sed del mundo.
Ana Inés Bonnin
publicado por SISTER às 06:28
Bebo un gol, de café, enciendo un cigarro;
Oigo, a lo lejos, lo que me parecen, voces,
De gente; está frío y alguien tose, catarro,
Porque, del cigarro, no moderó las dosis.
De repente, como viniendo de la nada, un carro
Alli aporta; baja las luces presas al goce;
Una figura sale a la calle y grita: allí, se lo agarro!
Inda que, a lo lejos, verse, que tiene poses.
Mis manos hielan, en el contacto con la ventana;
Mas la curiosidad es mayor y me dejo estar;
Quien sabe, en el fin, lo que ella, allí me revela.
Oigo un disparo, alguien cae, de las sombras;
Y, ahora, que hago, en el cuarto, al cuestionar.
Rufianes de bandidos, matando albas bombas.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 06:28
Confieso que no me antes veo en fiestas,
Pero que hacer a tales personas como estas,
Que dependen de su tiempo, tan diario,
Para juntos conmemorar nuestro aniversario.
Tiene algo de especial con ellas y es de estas
Personas que yo gusto no usan molestias
Ni galones para otros, de modo ordinario,
Se sobreponen usando algo extraordinario.
Son personas simples, y claramente gentiles,
Que tiene, en la humildad, su ya propósito,
De hacer, con que el otro, se sienta alí feliz.
Y no ganan nada, con eso, y, con todo,
Sin que se aperciban son el fiel depósito
Que hace con que gire, sin parar el mundo.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 06:28
Ainda quando escutes alusões em torno da suposta decadência dos valores humanos, exaltando as forças das trevas, farás da própria alma lâmpada acesa para o caminho.
Mesmo quando a ambição e o orgulho te golpeiem de suspeitas e de rancores o espírito desprevenido, amarás servindo sempre.
Quando alguém te aponte os males do mundo, lembrar-te-ás dos que te suportaram as fraquezas da infância, dos que te auxiliaram a pronunciar a primeira oração, dos que te encorajaram os ideais de bondade no nascedouro, e daqueles outros que partiram da Terra, abençoando-te o nome, depois de repetidos exemplos da sacrifício para que pudesses livremente viver. Recordarás os benfeitores anônimos que te deram entendimento e esperança, prosseguindo fiel ao apostolado do amor e serviço que te legaram...
Para isso, não te deterás na superfície das palavras.
Colocar-te-ás na posição dos que sofrem, a fim de que faças por eles tudo aquilo que desejarias se te fizesse nas mesmas circunstâncias.
Ante as vítimas da penúria, imagina o que seria de ti nos refúgios de ninguém, sob a ventania da noite, carregando o corpo exausto e dolorido a que o pão mendigado não forneceu suficiente alimentação; renteando com os doentes desamparados, reflete quanto te doeria o abandono sob o guante da enfermidade, sem a presença sequer de um amigo para minorar-te o peso da angústia; à frente das crianças despejadas na rua, pensa nos filhos amados que aconchegas ao peito, e mentaliza o reconhecimento que experimentarias por alguém que os socorresse se estivessem desvalidos na via pública; e, perante os irmãos caídos em criminalidade, avalia o suplício oculto que te rasgarias entranhas da consciência, se ocupasses o lugar deles, e medita no agradecimento que passarias a consagrar aos que te perdoassem os erros, escorando-te o passo, das sombras para a luz.
Ainda mesmo quando te vejas absolutamente a sós, no trabalho de bem, sob a zombaria dos que se tresmalham temporariamente no nevoeiro da negação e do egoísmo, não esmorecerás. Crendo na misericórdia da Providência Divina e nas infinitas possibilidades de renovação do homem, seguirás Jesus, o Mestre e Senhor, que, entre a humildade e a abnegação, nos ensinou a todos que o amor e o serviço ao próximo são as únicas forças capazes de sublimar a inteligência para que o Reino de Deus se estabeleça em definitivo nos domínios do coração.
Emmanuel
publicado por SISTER às 06:28
Ele era claro, preciso, objetivo
Seu quadro era o chão,
O giz - seu próprio dedo.
Usava como ilustração o que mais perto estava
E à vista de todos!
Como uma árvore, a natureza uma criança.
Tinha apenas duas turmas de alunos:
Os doze e a multidão.
Sua sala de aula tinha por teto o céu
E por banco a própria relva.
Dava, às vezes, aulas particulares, como à Samaritana.
Aulas audiovisuais, enquanto caminhava,
Aulas diurnas,
Noturnas... como a Nicodemos.
Ensinava no mar, em terra firme,
No monte ou em casa,
No templo ou caminhando.
O esboço de suas aulas estava em sua própria mente;
Preparava-o, preparando-se em Oração ao Pai.
Incansável MESTRE,
Seu tempo de ensinar era SEMPRE.
publicado por SISTER às 06:28
No mês de agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário
judeu, viajou para Israel a negócios.Na quinta feira, dia nove, entre uma
reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em
uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de
Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria,Moshê
percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente
desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso
e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos,
esperando que alguma solução caísse do céu. Percebendo a angústia do
estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na
sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu
rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador.
Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara
de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de
detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s. Moshê ficou branco. Por apenas dois
minutos ele escapara do atentado.Imediatamente lembrou do homem israelense
que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto. Atemorizado,
correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava
de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local. A Jihad Islâmica
enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder
destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas
morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram
feridas, algumas em condições críticas. As cadeiras do restaurante estavam
espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas
em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos
estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e
voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda.
Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu
encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o
israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima
de tudo, agradecer-lhe por sua vida.
O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o
aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido
levados os feridos no atentado. Finalmente encontrou o israelense num leito
de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê
conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e
contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por
ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida.
Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão
com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não
deveria hesitar em comunicá-lo.
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova
Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de
emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela
delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets. Moshê não hesitou. Arrumou
tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso,
fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que
fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de
gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de
salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ..." Mas não
Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E
ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo -
e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã,
naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no
101º andar do World Trade Center Twin Towers.
rabino Issocher Frand
publicado por SISTER às 06:28
Miró por la ventana y sintió la Vida!...
esa que a veces se le suele escurrir por ahí... extraviársele...
Sonrió con la alegría de saberse plenamente Viva!
y con la inocencia de su niña interior... estiró los brazos como dando un bostezo profundo que la rescate de ese sueño antiguo...
El viento hacia lo suyo con sus palmeras... las veía mecerse con tanta delicadeza!...
pensó que ellas bien han sabido mantenerse en medio de tormentas... vientos recios... calores sofocantes y heladas...
y ahí estaban albergando vida en esos pájaros que la eligieron para procrear...
Se dio cuenta que en parte se parecía a sus palmeras...
que había logrado pasar por diferentes climas y adversidades... y que en este nuevo día de vida también se mecía su corazón con una alegría auténtica!
Diana Celebrando la Vida!
publicado por SISTER às 06:28
Como alguém pode se concentrar para fazer um trabalho de digitação tendo
tantas coisas em mente...?
Todos os dias passo pano na casa inclusive aos domingos, não aprecio os
pêlos curtos caninos que ficam por aqui espalhados. Pêlos sempre me chamaram
atenção, sejam de seres humanos ou de animais.
Sou filha única. Depois que fiquei fora da casa de meus pais um certo tempo,
adotaram uma cachorrinha esta passou a morar DENTRO de casa, resolveram
"desativar o canil", penso que decidiram "movimentar" mais o lar doce lar...
Cuca se planta ao meu lado, com as orelhas em pé a espera de um pedaço de
alguma coisa, apenas no horário das refeições. Resolvo tirar uma foto da
bendita, para guardar uma recordação de sua expressão "interesseira" pois a
presença dos bons olhos de Cuca para mim é apresentada apenas quando tenho
um prato de alimento nas mãos. Mas quem vai pegar será a "minha Cuca" ...sei
que sua pose de sentinela irá cair no chão... ao apontar a câmera para o seu
olhar.
Dito e feito: Obtive como resposta uma "cara de maria-sem-vergonha
assustada". Vai ver que se escondeu por ter sentido a frente dona culpa.
Minha mãe disse em seguida: - Acho que a Cuquinha está vendo coisas... olhe
para ela como está assombrada?
(Que coisas? O sobrenatural? Não sinto nada... misticismo pouco me interessa
nestas horas, e nem tudo tem a ver com o sobrenatural), pensei... tem gente
que só falta fazer as refeições com o cachorro no colo não sei... por quê? É
como colocar as roupas na máquina de lavar nem todos separam as toalhas de
mesa, das cuecas, meias calcinhas e Cia... enfiam tudo dentro da máquina
como se a água fosse a mesma dos náufragos suados recém-caídos de algum
navio no oceano. Tudo isto para dizer ao leitor que não tenho felicidade ao
comer macarronada ou qualquer outra coisa com algum cachorrinho lambendo os
pêlos dos "países baixos", coçando as possíveis pulgas ou demonstrando seu
nervosismo.
Pois bem, eis o "segundo round": Todas às vezes depois do almoço, após
lavar a louça, passo um pano bento de chão para perfumar a área, (deve ser a
hora da "Lavagem" e não é das escadarias em Salva_dor). Hoje é domingo e
mesmo sendo fim de semana a alma de cabocla da minha mãe, com uma veias
napolitanas enrustidas explodem não sei de onde... Explico: Nunca vi um
índio que é índio se preocupar em reservar um local apropriado para os
animais, enquanto preparam os alimentos para depois se alimentar...
lembro-me do meu falecido padrinho (filho de alemã e português) este
amanhecia na copa em bairro lindo, o do Jardins, com as páginas do Diário
Oficial em uma das mãos e na outra um garfo com pedacinhos de mamão ou
biscoitos cream crackers para minha ex-vira-lata a Tuca... (adotada por ele,
após uma briga com os pastores alemães, daqui), que me fez recordar do livre
acesso dos nos restaurantes na Alemanha (NADA contra os cães, TUDO contra
possíveis pêlos voando até as taças de sorvete ou nas tortas).
Voltando aos pavês...
- Você limpa o chão, e um dia destes vou cair neste assoalho.
- Ninguém irá cair, espere que eu seco já, mãe.
- Vou cair!
- Quem pensa que vai cair com certeza está querendo cair... complementei.
Daí para reclamar que às vezes me esqueço de colocar o pano torcido e limpo
no varal foi um "pulinho" e quando o faço relembra dos inúmeros dias que
esqueci de fazer...
- Mãe já sequei o chão e pendurei o pano (suspiro).
E continua "a plantação de neuras": - Não precisa fazer mais nada, você...
não sabe fazer nada certo, desde pequena você é assim avoada, não sei como
casou tantas vezes, devia ser uma Péssima dona-de-casa.
- Vou continuar passando o pano você querendo ou não, com esta sua
propaganda enganosa eu prossigo a ladainha. Desteto pêlos!!!
- Você inverte tudo, olha só que carinha de santa você tem... você é uma
santa do pau oco!
- Posso até ser (colocando um pano de chão, na porta de entrada para enxugar
os pés, pois está chovendo).
"Terceiro round": Vou com os vruns do aspirador-de-pó até a sala e os
quartos... ela continua gritando atrás de mim com as palavras mágicas: -
Você não faz nada direito etc e tal.
Pergunto, se a senhora minha mãe, teria algo positivo a me dizer? Parece que
quer medir forças com alguma "alma de ex-escrava", parece que estou com
alguma Sinhazinha por perto... (sorrio). Se meu pai entra na discussão é
pior. O ciúme sai do fundo do poço, acho que mamãe pensa que estou
competindo com alguém e este alguém não sou eu: sou sua filha, não sou
nenhuma amante perdida no tempo ou no espaço... peço para parar de gritar,
por favor. Como por favor não adianta tem que ser na base do: Pára "Pietra",
"Petra" Pára.
Sai algo dos recônditos de mamãe, por que ela tem a voz similar a uma
napolitana gritando da janela do segundo andar... quando fica bem "braba"?
Mas, como nesta vida sou meio salernitana... continuo pedindo para ela parar
de me incomodar e ela rebate: - Não paro!!!
- Pára, mãe.
- Não PARO, NÃO ME PROVOQUE.
Meu pai não serve como juiz, pois a "ex-barra de galã" tem a ficha suja.
- PÁRA, mãe.
- NÃO PARO.
Ela diz que vai "abaixar um caboclo" com uma laranja em uma das mãos.
Na nossa cozinha recém-perfumada!?! penso comigo: - Que raio de "caboclo
invocado" é esse? ...Deve ser o caboclo da Criancice.
(Agora! Eu "brinco" na hora do "pega prá cá pá" a coisa fica mais do Nêga!
Enquanto ela esta "numas de Mamma Italia" estou "numas de Mamma Africa",
procurando alguma leoa na selva... ou algum hebreu que tem que rugir dentro
de mim... continuo aspirando as poeiras rá rá rás de todos os cantos... só
pode ter vindo uma onda de areia de algum deserto dos confins do Egipto).
Está chovendo, e o saco do aspirador está cheio (não é o meu, porque eu não
tenho saco algum), sigo até o quintal para esvaziar o saco... o pó gruda nos
antúrios e nas folhagens que tem ao lado... ficou olhando o verde das
plantinhas com aquelas partículas acinzentadas me doe a consciência, pego um
balde cheio de água da chuva e vou molhar as folhas... Enfio minhas mãos na
água.
Entro na cozinha novamente: - Nunca li nos livros de Kardec algo como "aqui
vai abaixar um caboclo"... vovó nunca falou isto e padrinho nunca gritava
(meu padrinho foi uma espécie de tutor de minha mãe) tento unir as boas
partes dos pais que ela deve ter dentro de si.
- Você nasceu para me provocar está vendo? - diz ela.
- Sou o cão!?!
- Que horror! Viu, você me "tira do sério".
E começa a gritar e a ficar mais vermelha do que índio com urucum no lombo,
(seria mais poético dizer na face ou dos ombros?!). Eu digo à ela: - Calma
aqui ninguém está querendo medir forças com você. Calma...! Calma...!
Calma...!
- Quem está aí? Diz ela.
- Sou eu mesma Rosangela Aliberti, com todos meus defeitos e qualidades
(somente meus).
Ela começa a imitar o meu: "Calma" "Calma" "Calma". Você inverte tudo mesmo,
olha só que esta carinha de santa que você tem... você é uma santinha do pau
oco!
Meu pai boceja do quarto.
- Você já disse isto... esta parte estou careca se saber, caaalma, ninguém
chega a algum acordo gritando, continuo... escute não estou gritando.
Ela pede para que eu converse com ela quando estiver mais Calma, vira as
costas para mim parecendo a... Cuca.
Nem tudo é tão sobrenatural (???)
Fim de "round" e o jogo? Não sei se deu 1 x 1 (pouco importa).
Enfim só... posso voltar as linhas dos relatórios da semana, mesmo estando
com um pouco de dor nas costas, mas com a graça de Deus a carga haverá de
amenizar... tal qual a única foto da Cuca que consegui tirar e naquela hora
resolvi apagar, como diz o ditado: "águas passadas não movem moinhos", mas
têm certas coisas quando o bom humor retoma valem a pena registrar, mesmo
que sejam: picuinhas.
Rosangela_Aliberti
publicado por SISTER às 06:28
Na obscuridade esperamos
Esperamos a sorte grande
Trabalhamos em silêncio
Em silêncio aguardamos as lágrimas
Quando queremos nos alegrar
Ouvimos música e cantamos
Cantamos as mesmas coisas
As mesmas coisas de sempre
Em sonhos dançamos
Abraçamos os amores que um dia
Foram apenas nossos
Apenas nossos
Então abastecidos de ironia
Escrevemos sobre a vida
A arte esta no conteudo
Não nas palavras
Do mesmo modo
Que a história não é a bomba
Não é a bomba
Mas o que sobrou
carlos assis
publicado por SISTER às 06:28