Foi naquelas noites
em que estavas comigo
que tive algum juízo...
o resto meu,
é desvario
é loucura,
insanidade,
alucinação...
Preciso estar,
de novo,
contigo.
Preciso voltar à razão.
odeteronchibaltazar
publicado por SISTER às 06:04
Esta vida é um calvário,
A realidade é medonha.
Um poeta visionário
Só é feliz quando sonha.
Eu sonho-te a cada passo
Nos meus delírios febris,
Porque só no teu abraço
Sou capaz de ser feliz.
Fora da nossa loucura
Só há caos não há mais nada,
Dentro da tua ternura
Farei a minha morada.
Em face à realidade
Fica aqui o meu aviso:
Só sou feliz de verdade
Quando perco o meu juízo.
Meu Deus como estou demente!
Vejam o que o sonho fez:
Passaste na minha mente
E já estou louco outra vez.
Cândido
publicado por SISTER às 06:04
Escrevo o teu nome
nas tempestades que fustigam
as areias do deserto
e grito-o ao vento,
sem destino e sem tempo ...
escrevo o teu nome
com as pedras amontoadas
ao longo das estradas
que levam à cidade ilusão ...
e mesmo nos momentos silenciosos,
ouço a voz da tentação
das letras que gritam,
de tão mal desenhadas,
pedindo para escrever o teu nome ...
ana ferreira trindade
publicado por SISTER às 06:04
Aunque destruyan el mundo
y los mares invadan las tierras...
En un tsunami feroz....
Aunque las tinieblas ocupen
la luminosidad de los días...
Aunque el verde de las matas
quédense pálidos de tanto llorar...
Aunque el año enfurruñado
encoja sus días...
Aunque las estrellas,
cansadas de brillar, si borren...
Aunque las plazas
implotamn y los pájaros huyan asustados...
Aunque el poeta
ya no sepa hacer canción de amor
y triste fenece...
Aunque mi llanto
en río se rebose
y en los locos otros mares se ahoguen...
Aunque el aparente desamor intente
tomar cuenta del amor,
él pedirá ayuda a la Eternidad...
Y, una florzita durmiente
enternecerá el corazón de un Pierrot
que tiene allí la semilla del amor,
Que dirá dulces palabras de su amor a la Colombina...
Y el AMOR resurgirá!
Pues él nunca murió...
Ressurgirá através de los dolores, de lo desengaño,
de las tristezas, de los miedos,
VICTORIOSO,
trayendo una renovada oportunidad de crecer,
de ser feliz....De si auto recuperar...
Y, dará todo lo que usted merecer...
AH! Un recadito!
Y, si otro amor lo hacer el infeliz,
Acuerda que estaré aquí
Para traer la esperanza,
y lo que usted siempre deseó...
Como un puerto seguro!
Estaré en fiesta
Bailando & cantando
solamente para usted...
Que el amor se instale para siempre en su corazón...
Penhah Castro
publicado por SISTER às 06:04
Mesmo que destruam o mundo
e os mares invadam as terras...
Num tsunami feroz....
Mesmo que as trevas ocupem
a luminosidade dos dias...
Mesmo que o verde das matas
fiquem pálidos de chorar...
Mesmo que o ano zangado
encolha seus dias...
Mesmo que as estrelas,
cansadas de brilhar, se apaguem...
Mesmo que as praças
implodam e os pássaros fujam assustados...
Mesmo que o poeta
não saiba mais fazer canção de amor e triste fenece...
Mesmo que meu pranto
em rio se transborde
e nos loucos outros mares se afoguem...
Mesmo que o desamor tente
tomar conta do amor,
ele pedirá ajuda á Eternidade...
E, uma florzinha adormecida
enternecerá o coração de um Pierrô
Que dirá palavras de amor á Colombina...
E o AMOR ressurgirá!
Pois ele nunca morreu...
Ele trará renovada chance de crescer...
E, dará tudo o que você merecer...
AH! Um recadinho!
E, se outro amor o fizer infeliz,
Lembra que estarei aqui
Para trazer a esperança, e o que você sempre quiz...
Como um porto seguro!
De que estarei em festa
Dançando & cantando somente para você...
Que o amor se instale para sempre em seu coração...
Penhah Castro
publicado por SISTER às 06:04
Quando a tristeza vem
Nos visita sem esperarmos,
Lágrimas rolam pelo rosto
É o coração a chorar!
Em cada lágrima sinto
O lavar da alma.
Choro aflitivo
Tristeza...
Vá-se embora!
Dê lugar a alegria
Que com ela brota o sorriso
E a todos irradia
Esperança fique agora!
(Nanci Laurino)
publicado por SISTER às 06:04
(...) E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar
já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois
existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir.
A trajetória somos nós mesmos.
Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes.
A via-crucis não é um descaminho, é a passagem única,
não se chega senão através dela e com ela.
A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio.
A este só se chega quando se experimentou o poder de construir,
e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência.
A desistência tem que ser uma escolha.
Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida.
Desistir é o verdadeiro instante humano.
E só esta, é a glória própria de minha condição.
A desistência é uma revelação.
Clarice Lispector
publicado por SISTER às 06:04
Uma educação pela pedra: por lições;
para aprender da pedra, freqüentá-la;
captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
ao que flui e a fluir, a ser maleada;
a de economia, seu adensar-se compacta:
lições de pedra (de fora para dentro,
cartilha muda), para quem soletrá-la.
Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
e se lecionasse não ensinaria nada;
lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
uma pedra de nascença, entranha a alma.
João Cabral de Melo Neto
publicado por SISTER às 06:04
FAZ TANTO TEMPO QUE NÃO TE BEIJO
FAZ TANTO TEMPO QUE NÃO TE ABRAÇO
FAZ TANTO TEMPO QUE EU TE DESEJO
MINHA ALMA SOLTA, PERDIDA NO ESPAÇO
HÁ TANTO MEDO, TANTO DESPREZO
HÁ TANTA MÁGOA, NO DESCOMPASSO
ACHAS QUE É TARDE, AINDA É CEDO
AINDA HÁ TEMPO DE ACERTAR O PASSO.
NEM TUDO AQUILO QUE BALANÇA CAI
BASTA OLHARES OS BAMBUZAIS
CAVALGO ESTRELAS DO CÉU E MAR
LEVO A PASTAR, CAVALOS MARINHOS
SEREIA NINFA A ME ENCANTAR
COM CANTO/ENCANTO DE UM PASSARINHO
A FLAUTA CHORA, O VIOLINO GEME,
E O MEU PIANO, CAUDA JÁ NÃO TEM,
É MUITO BOLO PRA POUCO CREME
MUITA VIAGEM , PRA POUCO TREM.
NEM TUDO AQUILO QUE BALANÇA CAI
BASTA OLHARES OS BAMBUZAIS
É MUITA LAVA, PRA POUCO VULCÃO,
MUITA MAROLA PRA POUCA PRAIA
MUITA VONTADE, POUCA PAIXÃO,
É MUITA COXA... PRA MINI-SAIA.
MUITO CIMENTO, PRA POUCA OBRA,
MUITO TIJOLO, POUCA PAREDE
MUITO VENENO PRA POUCAS COBRAS
É MUITA ÁGUA PRA POUCA SEDE.
NEM TUDO AQUILO QUE BALANÇA CAI
BASTA OLHARES OS BAMBUZAIS
É MUITA FOME , POUCA COMIDA
É MUITO PANO, PRA POUCA MANGA,
MUITA VIVÊNCIA, PRA POUCA VIDA
SÃO MUITOS DIAS, PR'UMA SEMANA
SÃO MUITAS HORAS, PRA POUCO DIA
SÃO MUITOS MESES , PRA POUCO ANO
POUCO REMÉDIO... PRA NOSTALGIA
MUITAS DESCULPAS, PR'UM SÓ ENGANO.
NEM TUDO AQUILO QUE BALANÇA CAI
BASTA OLHARES OS BAMBUZAIS
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 06:04
Levanta e toca, sua viola, o menestrel
entra no palco e começa o burburinho
se suas palavras parecem destilar fel
é por que é duro se sentar nesse banquinho.
O seu nariz , não se enrosca na modinha,
nem o impede de guiar o seu jaguar
ainda pergunta: "por quem sonha Ana Maria"?
Por certo sonha em comer seu caviar.
O sol que arde, toda tarde, em itapuã,
é o mesmo sol que brilha lá pela manhã.
Se toca o bardo, o seu sonoro instrumento,
e a modinha vai compondo, apaixonada,
ou se a sátira vai surgindo de momento
do fomento dessa plebe escravizada.
Se a piada sai da boca, anasalada,
com o deboche que lhe é peculiar
Cai a platéia, em sonora gargalhada
em ondas fortes como fosse o bravio mar.
O sol que arde, toda tarde, em itapuã,
é o mesmo sol que brilha lá pela manhã.
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 06:04
Si la naturaleza supiera hablar
hablaría...de nuestro amor
hablaría a los cuatro vientos
que llegasse a los cuatro rincones del mundo
pero no habla...solamente se expresa
con el sol, con las estrellas
con la luz de la luna...
habla a través de animales
también por los vegetales
sin olvidar los minerales
cada uno a su manera
vibra en sintonía
en perfecta maestría...
musicas y poesías en profunda armonía,
pero cuando pasamos en reverencia
se calla...
cuando con este amor se depara
extasiándola... se delicia
y en la profusión de colores, de sonidos
una sinfonía comienza
es pura magia...
abriendo las alfombras de sus valles
revelando sus árboles...
para el amor que camina...
y del pecho de sus sonidos naturales
con las aves, con los animales
en el pasarde los vientos por los vegetales
en el toque de las aguas en las piedras de los arroyos
compone su música en preciosa poesía..
haciendo versos con las caricias, rimando los abrazos...
haciendo trovas a la alegría del amor en la más pura expresión de su belleza
que emana... enalteciendo toda la Creación...con divina pasión...
Con la Fé del amor de la Naturaleza
Joe'A
publicado por SISTER às 06:04
Era hora da novela. Os muitos, imensamente muitos,da minha família posicionaram-se em pé, olhos fixos no majestoso rádio-capela, postado em cima da cristaleira.
Os agregados iam se aconchegando, parados na soleira azul da porta da sala, tiravam o cs chapéus e cabeça pendida, esperavam o milagre. Burburinho e reverência. Descrença e fé.
Como santo em seu altar, o rádio nos vigiava, ameaçava ou glorificava nossos futuros de amor. Olhos fixos no sonho, devolvíamos aquele olhar com a solenidade de uma prece.
Eu era muito pequena. Ganhava colos, para também fitar nos olhos, os olhos do rádio.
Antes da novela, havia a solenidade da bênção da água na voz grave do mensageiro da Legião da Boa Vontade. Minha avó punha um copo dágua ao pé do rádio, para que o líquido recebesse as preces do alto da cristaleira e depois cada um bebia um gole do líquido bento, então sacratíssimo tira-manchas de pecados veniais escondidos n'alguns corações.
A partir daí era seguir suplício de Ana Bolena prisioneira da torre.
Fazia parte do ritual que antecedia a novela, a irreverência do meu tio avô Vlado que punha junto ao copo d'água um outro, copo de pinga e repetia todas as noites a mesma frase: " Se a água for benzida a cachaça também será e tira o diabo da ressaca do corpo"
Daquela vez não houve a quebra do silêncio nem a ralhação da minha avó.
Meu tio avô bebeu de um só gole, com a delicadeza trazida dos campos da Croácia ,
macheza alcólica e sentimentalismo espalhados entre os índios Machacalis, o mel dos sonhos.
Minha avó virou-se para , por força do hábito, para fortalecer nossas têmperas, ralhar com Tio Vlado. Ele estava sorrindo...Cínico, semi deitado sobre as próprias mãos. Tão vivo! Constaram depois que a morte foi de apoplexia. Mas eu sei que foi pela magia de rir de si e nos atentar para a esperança.
Depois, muitos anos passados, eu soube que era esta nossa sina corrida em sangue cigano em nossas veias e para sempre , dos Balcãs pelas águas venais de Minas Gerais.
Elane T0mich
publicado por SISTER às 06:04
castração
podação espaço
circular
incoveniente fugas
tergiversações...
atmosfera densa
intrigas
violações
negação do amor...
fantasia execrada
unilateral
promessas jamais
atos negativos
sumição de afeto
estoicamente...
repressão forçada
sentimento
castração imposição
não querida
auto-imposta...
m.s.cardoso xavier
publicado por SISTER às 06:04
em azul melancolia
letra fina... quase quebra...
à lapidar visão
de que o "amor" já vai indo
em debilidade de queros...
há vermelho em outros muros
há paixão ...
Rotina
Em pendular agridoce
essa rotina me aquece
Nesse vazio o apego à posse
numa vírgula, desconversa.
A liberdade se esquece
de mim, de ti e, nós, vice-versa.
Beijo-te com lábios dormentes
pela força do hábito
porque dormimos juntos
pelo afeto demente
porque não me encostas no muro
e temo a chegada do escuro.
No conjuto dos conjuntos
vale o costume do hálito
e um diapasão de ilusão
me diz não estamos juntos
Elane Tomich
publicado por SISTER às 06:04
Quando o calendário provoca o bulício
A caráter do "Dia dos Namorados",
Da tal data magna dos apaixonados,
Não chego a me tocar por algum indício.
Minha namorada de todos os dias!...
Cotidianamente, tu me dás presente.
Por amor, eu não seria diferente,
Brindo-te com meus carinhos e manias.
Nosso idílio não tem dia especial,
Todos são iguais, marcados pelo amor;
Este, perpetuado pelo ardor
Pirogênico de um feliz casal.
Um "Dia dos Namorados" permanente;
Uno, alheio à data comemorativa...
Daí, alimentamos a expectativa
Do futuro ainda melhor que o presente.
Comemoramos juntos, todos os dias,
"Dia dos Namorados" convencional.
Para nós, ininterrupto e pactual:
Tenho tudo; e tu, tudo que querias!
Ógui Lourenço Mauri
publicado por SISTER às 06:04