Não se prenda à beleza das formas efêmeras. A flor passa breve.
Não amontoe preciosidades que pesem na balança do mundo. As correntes de ouro prendem tanto quanto as algemas de bronze.
Não se escravize às opiniões da leviandade ou da ignorância. Incitatus, o cavalo de Calígula, podia comer num balde enfeitado de pérolas, mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.
Não alimente a avidez da posse. A casa dos numismatas vive repleta de moedas que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.
Não perca sua independência construtiva a troco de considerações humanas. A armadilha que pune o animal criminoso é igual à que surpreende o canário negligente.
Não acredite no elogio que empresta a você qualidades imaginárias. Vespas cruéis por vezes se escondem no cálice do lírio.
Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros "cadáveres de vantagens mortas".
André Luiz
publicado por SISTER às 05:50
Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, somente assim, as bençâos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.
Induze-nos a prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.
E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.
Assim seja.
Emmanuel
publicado por SISTER às 05:50
No meio
Do meu pensamento
Aquela voz
Irrita-me
Interrompe
Meu raciocínio
Faz-me parar
De escrever
Faz-me
Tentar recomeçar
De onde parei
E sem nada resolver
Vai embora
Deixando-me
Sem saber bem
O que escrever
Paro
Releio
O que escrevi
Até aqui
E agora sim
Vamos continuar
Já que o tempo
Que tenho
É suficiente
Para um poema
Do cotidiano
De um jovem suburbano
Que tenta
Aos trancos e barrancos
Um poema escrever
Sem saber bem
Mais uma vez
A voz interrompe
E assim não dá
Acho melhor parar
Mas parar é
Perder o tema
Desistir
De ir além
Deixar que outros
Interrompam
O que tão bem começou
E então
Paro ou sigo
Luto ou desisto
No meio do meu pensamento
De longe surge algo
Que vem vindo
E cantando vem
Ninguém sabe
A força
Que um poema tem
Ninguém sabe
A força
Que um poema tem
Quem não arrisca
Não petisca
Quem sabe faz
Quem não sabe desiste
Então não vamos ficar triste
Só porque
Uma voz
Veio atrapalhar
O poema se faz
Por si só
Basta apenas digitar
As palavras
Que vão surgindo
Na ponta dos dedos
Indo para o teclado
E depois
Para a tela
E o poema
Vai seguindo
Seu destino
Seu caminho
Rumo a posteridade
Sem atingir
A maioridade
Mas é assim
Que ele é
ABittar
publicado por SISTER às 05:50
Percorro meus pensamentos e vem as lembranças de ti,
De todos os momentos vividos,
dias doces, outros amargos,
podia sentir tua mão junto a minha
todas minhas dores eram mais facilmente suportadas.
Hoje queima meu peito às lembranças dos doces momentos,
onde só o amor falava ao nosso redor
instantes se faziam eternidade e
juntos éramos um só.
Busco entre meu passado aonde foi que te perdi
em que momento cometi o erro fatal.
Busco você a cada instante
nessas lembranças dos doces dias
sempre mais fortes do que os dias tristes,
Busco você que foi meu sol o tempo inteiro
Pois que agora, meu mundo esta nublado.
Busco você que me foi luz sempre
Pois que agora,
a única luz que me acompanha é a lua,
solitária como eu.
Onde estais tu?
Aonde se perdeu nosso prazer, nossa cumplicidade,
nossos momentos de êxtase total
Onde nos entregávamos
ao calor de nossa paixão.
Aos poucos...entre os dedos,
tal como areia do deserto
tudo vai se indo e se perdendo
ficando só lembranças?
Que jamais serão apagadas
porque foram escritas com a pena do amor...
Este amor que me faz acreditar que poderei sentir-me como antes,
Quero sentir-me criança, guerreiro, senhor de ti.
Quero sentir-me teu escravo no amor,
Quero sorrir novamente
e continuar a crer que vale a pena viver!
Agora você é o fogo que me consome a alma nestas lembranças...
De um amor que me fez o ser mais realizado da terra,
Este fogo que consome minha alma sai pelos poros,
goteja em meu rosto,
às vezes em forma de lágrimas
vindas do desespero de pensar que estou te perdendo!..
Paulo Nunes Junior
publicado por SISTER às 05:50
Algures no plaino invernoso, uma flor brotou, espontânea e silvestre.
Olhou em redor, aspirou os aromas do natal próximo. Nem por isso se sentiu
menos isolada.
Estames e estigmas tentaram o diálogo. Terminou em solidão.
Essa flor, a única que enfeitava a charneca, tal como um só farrapo de nuvem
rompia a monotonia celeste, trazia consigo um firme propósito: Viver. Viver
plenamente.
Como se tal fosse possível para quem nasce e vive fora do seu tempo!
Prenúncio de luta desigual, inconformista e frenética.
Não desistiu. Várias vezes passaram as quatro estações. Delas sorveu os
néctares e os guardou no sacrário do seu gineceu.
As pétalas permaneciam secas quando mais precisavam dum orvalho regenerador.
Fazia-se tarde na vida, a esperança fenecia.
Olhou em redor, aspirou os aromas do natal próximo. Nem por isso se sentiu
menos isolada.
Estames e estigmas abraçaram-se num amplexo de despedida.
Serenamente se deixou estiolar e morreu. De saudade.
joaquim evónio
publicado por SISTER às 05:50
Nessa noite avançada
preciso de um quase nada
pra começar a sonhar...
Preciso desse silêncio,
dessas horas tardias...
desse vazio de gente...
que o sono fez calar.
Preciso desse sossego
e da claridade a chegar,
para ver que há mais vida
entre terra, céu e mar
coberta de pluma e alada
e das sonatinas soladas,
que elas sabem chilrear!
Voluteiam assim, contentes
tão auto suficientes!..
E eu sonho acordada...
Que pena! Não sei voar!
Eme Paiva
publicado por SISTER às 05:50
Em pendular agridoce
essa rotina me aquece
Nesse vazio o apego à posse
numa vírgula, desconversa.
A liberdade se esquece
de mim, de ti e, nós, vice-versa.
Beijo-te com lábios dormentes
pela força do hábito
porque dormimos juntos
pelo afeto demente
porque não me encostas no muro
e temo a chegada do escuro.
No conjuto dos conjuntos
vale o costume do hálito
e um diapasão de ilusão
me diz não estamos juntos
Elane Tomich
publicado por SISTER às 05:50
Silêncio pede a Musa - assim discreta
O dedo sobre os lábios de rubi...
Seu gesto quer dizer: Ó, meu poeta
Não contes deste Amor que trago aqui!
Ah, quando tu me abraças em teu verso
E na rima me beijas (febrilmente!)
Os dois somos sozinhos no Universo
E somos um do outro tão somente!
A Musa eu entendo - ardente Amada
Que o corpo me oferece - apaixonada
E a Alma com a minha é Comunhão!
Poeta - é tão difícil para mim
Do mundo exilá-la - Bela assim
Seu Segredo guardar no coração!
J.J. Oliveira Gonçalves
publicado por SISTER às 05:50
Mais que sonho, a realidade existente.
Meu amor mais perfeito!
Aqui instala a loucura do não poder te tocar...
E os dias passam judiando desse coração que ama
Sem meus sonhos realizar!
Lá vem a esperança, nela me agarro...
E meu coração se acalma em pensar você comigo
Um dia teremos sonho realizado,
Pois é o que mais desejamos.
Nossos corpos unir, nossas almas acalentar
Meu amor é seu, tendo seu amor todo meu.
Nanci Laurino
publicado por SISTER às 05:50
Será assim tão difícil, entre todos nós, união
Compreender? Ou haverão razões maiores,
Que façam com que este fundo de rés chão,
Provações nos ceda, e qual delas as piores?
O Homem, do ridículo, perdeu toda a noção,
Cegos pela Bíblia e o Alcorão e co menores
Ou maiores custos, vão pla vida, sem razão,
Atendendo apenas a pequenos pormenores,
Levando-os à guerra fratricida ao terrorismo,
Países invadindo outros países, qual vileza,
Alimentando, a altos custos, o vil banditismo.
Da religião procedem as guerras do Homem
O braço armado, na total, conjugada certeza
Que para algo servirá o que bem consomem.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 05:50
Falei muito, não ouviram nada do que eu disse,
Talvez tenha sido só tolice,
Talvez nem quisessem me entender.
Sigo, agora, caminhando léguas de silêncio,
Guardando meu pranto neste lenço,
Talvez tenha errado sem querer.
Não importa que você se prenda noutros braços,
No meu coração há sempre espaço
Para outro coração bater
E o que eu quero
É lhe ver passar tão simplesmente,
Mesmo que me deixe descontente,
Estarei olhando pra você.
Luiz Poeta
publicado por SISTER às 05:50
Deixa teu sonho estúpido, poeta!
Vai de retro com tuas alucinações!
Grita a dor dos perdedores e aflitos,
Não há mais sonhos. Nem canções!
Não tem jeito. O mundo não está bonito!
Poesia não toca corações empedernidos!
Lirismo? - É delírio dos abestalhados!
É inútil a tua ode... Teu verso erudito!
São imensos os humanos monstros...
Teu coração não suporta mais ser ferido.
É a verdade que clama... É a realidade!
Rasga... Ateia fogo em teus escritos!...
Se o amor ainda mora em teu peito...
Entrega-o aos abandonados das ruas!
Faz deles teu motivo maior para seguir...
Concebe poesia, cobrindo suas peles nuas!
E se ainda assim... A poesia pulsar em
Tuas veias... Escreve poesia nas areias...
Para que o vento do mar apague tuas
Loucuras... Insanidades e asneiras!...
Deixa teu sonho estúpido, poeta!
De versar amor, beleza, bondade!
Isso tudo não existe... É miragem!
O que conta é a mentira e a falsidade!
Mary Trujillo
publicado por SISTER às 05:50
Uma rosa e um poema tão lindo...
Trazendo doces lágrimas aos meus olhos, pelo carinho.
Lágrimas de emoção, amizade, afeto, companheirismo...
Rosa branca que fala de sentimentos sinceros, sem espinhos.
Uma rosa, um poema, uma amizade selada para sempre...
Sua amizade linda, nesta rosa ficará eternamente...
Recebo neste poema, nesta rosa,
A maior prova de amor fraterno,
Sua amizade tão bela, é o que mais quero...
Amizade cristalina, pura como a rosa branca...
Amigo alegre, tão honesto,
Com sua mão meu sorriso estampa...
Uma rosa, um poema... Marcando
meu dia, com nova esperança.
Hoje posso sorrir, sinto-me leve...
Outra vez criança!...
Mary Trujillo
publicado por SISTER às 05:50
Una rosa y un poema tan lindo...
Trayendo dulces lágrimas a mis ojos, por el cariño.
Lágrimas de emoción, amistad, afecto, compañerismo
Rosa blanca que habla de sentimientos sinceros, sin espinas,
Una rosa, un poema, una amistad sellada para siempre...
Su amistad linda, en esta rosa quedará eternamente...
Recibo en este poema, en esta rosa.
La mayor prueba de amor fraterno.
Su amistad tan bella, es lo que más quiero.
Amistad cristalina, pura como la rosa blanca...
Amigo alegre, tan honesto,
Con su mano mi sonrisa estampa...
Una rosa, un poema... Marcando
Mi día, con nueva esperanza.
Hoy puedo sonreír, me siento leve...
Otra vez niña!...
Mary Trujillo
publicado por SISTER às 05:50