Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Dez 07
Torna o teu palácio de ilusões em manjedoura simples,
que é madrugada ainda escura e fria no mundo.
E Ele quer nascer de novo.
Alça os olhos no infinito e divisarás um vulto de luz,
qual estrela da madrugada que se despede
da noite e cumprimenta um novo dia.
É Ele.
Por trás de todas as brumas o seu fulgor
é mais irradiante que o próprio Sol.
Cessa todas as esperas,
cerra os olhos ao passado de fugas e desencontros.
E deixa que o coração cheio de amor
seja a nova manjedoura
para o Cristo nascer
Rabindranath Tagore.
publicado por SISTER às 08:32

N aquele dia de Natal, o chefe da família lía o seu jornal quando, entre várias notícias importantes, deparou com a seguinte nota em destaque:
"Se quiser gozar um dia de Natal muito mais alegre e feliz, reparta com outrem alguma coisa boa."
Leu outra vez a nota e dando uma palmadinha na perna, exclamou:
"Que idéia interessante!"
Levantou-se e foi dar uma espiada no forno.
"Veja só que beleza!
Dois perus assadinhos!"
Tirou então o maior, colocando-o numa bandeja descartável, envolvído numa folha de papel aluminio.
Em um pequeno cartão, ele copiou a nota encontrada no jornal e o depositou sobre o presente.
Tomando o chapéu, saiu com a bandeja dentro de um cesto vazio, que a esposa recebera com
guloseimas, e seguiu em direção à casa do velho sapateiro ali do bairro.


Devagarzínho e sem fazer barulho, ele colocou o cesto na porta da entrada, bateu palmas e antes que o atendessem seguiu rapidamente o seu caminho de volta, carregando consigo uma grande sensação de bem-estar.


- Que magnífica e oportuna surpresa - disse o sapateiro, ao descobrir que na sua porta havia um presente.
Lendo o cartão, ele coçou a cabeça como quem está à procura de alguma coisa.
Finalmente, concluiu com alegria:


- Já sei o que vou fazer.
Levarei a franguinha que havia comprado para o meu almoço de hoje, e a darei para a pobre viúva do meu amigo Mendes.

Guardou no forno o peru que recebera e no mesmo vasilhame meteu a franguinha , também acompanhado do mesmo cartão, deixando tudo na porta da viúva.
Esta, ao abri-la, arregalou os olhos diante da tão agradável surpresa.
Lendo o cartão, disse depois de pensar um pouco:


- Levarei o pudim que fiz para a pobre lavadeira, que está meio adoentada.

Ela estava no quintal estendendo roupa e nem viu a viúva entrar, colocar o cesto sobre a mesa e sair.
Quando viu o presente e leu o cartão, ficou também entusiasmada com a idéia e decidiu assar um bolo e levar aos pequenos órfãos do Sr. Bastos.
E assim fez.
Tomou-o, foi à casa das crianças e, entrando sem bater, o colocou sobre a mesa, na presença dos três órfãos, dizendo: "Se quiser gozar um dia de Natal muito mais alegre e feliz, reparta com outrem alguma coisa boa."

As crianças, vendo o bolo, ficaram emocionadas e disseram umas para as outras: "Um bolo de verdade para nós.
Igualzinho ao que mamãe fazia!
Como está cheiroso..."


O mais velhinho dos três, lembrando as palavras da lavadeira, sugeriu cortar uma fatia do bolo e levá-la para o Tonico, que é aleijado, também pobrezinho e que nunca recebe coisas gostosas de ninguém.
Os outros dois concordaram e eles, alegres, saíram levando a fatia para o menino, que passava o dia em sua cadeira de rodas.
Entregando o pedaço de bolo, um dos órfãos repetiu para ele:
"Se quiser gozar um dia de Natal muito mais alegre e feliz, reparta com outrem alguma coisa boa."
Depois, saíram os três.
Tonico foi comendo o bolo e espalhando as migalhas para os passarinhos, que comiam saltitando como a dizer também:
"Se quiser gozar um dia de Natal muito mais alegre............".
publicado por SISTER às 08:32


 
"Somos o que somos. Suores dignos e perdidas ilusões. Alguns percorrendo antigas estradas, outros perseguindo estrelas. Como nos versos antológicos do poeta português Antônio Gedeão: “Cada um é seus caminhos/ Onde Sancho vê moinhos / Dom Quixote vê gigantes / Vê moinhos? São moinhos / Vê gigantes? São gigantes”. Quixote e Sancho no fundo conformam, também em nosso íntimo, aquela dualidade majestosa da natureza humana. Somos Quixotes ou somos Sanchos, como quiser o destino.
Ocorre que somos também um e outro, por dentro. Sancho quase todo o tempo, com brilhos fugazes de Quixote. A celebração, aparentemente contraditória, de almas amplas e pequenos egoísmos, rosários e contas a pagar, grandezas e misérias, infernos dolorosos e paraísos delirantes. Em cada gesto celebrando a rude imperfeição de que somos feitos os homens.
Ao contemplar esses personagens, fique-nos as promessas de uma vida leve. Vendo o mundo com tolerância. Tendo menos pressa. Cuidando mais das pessoas. Aproveitando as pequenas alegrias que celebram a radiosa epifania da existência. Mas sobretudo compreendendo também os tantos projetos abandonados com o tempo, os mistérios de um simples olhar, os abismos da alma. Aprendendo a perdoar e merecendo o direito de ser perdoado".
José Paulo Cavalcanti Filho
publicado por SISTER às 08:32

Quando era jovem, eu a mim dizia:
Quando era jovem, eu a mim dizia:
Como passam os dias, dia a dia,
E nada conseguido ou intentado!
Mais velho, digo, com igual enfado:
Como, dia após dia, os dias vão,
Sem nada feito e nada na intenção!
Assim, naturalmente, envelhecido,
Direi, e com igual voz e sentido:
Um dia virá o dia em que já não
Direi mais nada.
Quem nada foi nem é não dirá nada.
Fernando Pessoa
publicado por SISTER às 08:32

“Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado;
alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir,
mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia,
nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: A Amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu
perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.
Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias,
nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:
'Nós ainda vamos rir muito disso tudo', e ria muito.
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo.
E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira,
a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela. ”
Cristiana Passinato
publicado por SISTER às 08:32

Pintamos por palavras
As cores das nossas emoções,
Desenhamos por letras
A descomposta abstração da alma,
Pincelamos por sílabas
A paulatina caminhada da descoberta,
Salpicamos a tela de fonemas
Conjugando contrastes de modo,
Esboçamos em cinza linguagem
A discreta intimidade que privamos,
Traçamos de verbos inconstantes
O transparente acetato desta passagem.
Somos livre esboço inacabado
Somos pinceladas numa tela invisual
Somos informes aguarelas em dispersão
Somos todas as cores em diversos tons.
João Paulo da Anunciação
publicado por SISTER às 08:32

A franja da encosta cor de laranja
Capim rosa-chá
O mel desses olhos, luz, mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam, madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo ficando pra trás da manhã
E a seda azul do papel que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto, explícito objeto
Castanhos lábios
Ou, pra ser exato, lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores, sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul celeste celestial
Caetano Veloso
publicado por SISTER às 08:32

Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo a fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro da tua paz;
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...
Entretanto, oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais! ...Concede-nos,
Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!
EMMANUEL
publicado por SISTER às 08:32

Vem a noite, volta o dia,
Cresce o broto, nasce a flor,
Vai a dor, surge a alegria
Dourando a manhã de Amor.
Assim, depois da amargura
Que a vida terrena traz,
A alma encontra na Altura
A luz, a ventura e a paz
Francisco Cândico Xavier
publicado por SISTER às 08:32

Minha alma debate-se, tentada à tristeza e seus requintes. Meu pai morto não vai repetir este ano: "Nada como um frango com arroz depois da missa". Minha irmã chora porque seu marido é amarradinho com dinheiro e ela queria muito comprar uns festões, uns presentinhos mais regalados, ô vida, e ele acha tudo bobagem e só quer saber de encher a geladeira com mortadela e cerveja. Talvez, por isto, ou porque me achei velha demais no espelho da loja, sinto dificuldades em ajudar Corália. Queria muito chorar, deveras estou chorando, às vésperas do nascimento do Senhor, eu que estremeço recém-nascidos. Estou achando o mundo triste, querendo pai e mãe, eu também. Corália disse: você é tão criativa! E sou mesmo, poderia inventar agora um sofrimento tão insuportável que murcharia tudo à minha volta. Mas não quero. E ainda que quisesse, por destino, não posso. Este musgo entre as pedras não consente, é muito verde. E esta areia. São bonitos demais! À meia-noite o Menino vem, à meia-noite em ponto. Forro o cocho de palha. Ele vem, as coisas sabem, pois estão pulsando, os carneiros de gesso, a estrela de purpurina, a lagoa feita de espelhos. Vou fazer as guirlandas para Corália enfeitar sua loja. A radiação da "luz que não fere os olhos" abre caminho entre escombros, avança imperceptível e os brutos, até os brutos, banhados. Desfoco um pouco o olhar e lá está o halo, a expectante claridade, em Corália, em Joana com seu marido e em mim, também em mim que escolho beber o vinho da alegria, porque deste lugar, onde "o leão come a palha com o boi", esta certeza me toma: "um menino pequeno nos conduzirá".
Adélia Prado
publicado por SISTER às 08:32

O aquecimento global
Esta causando a redução
Do comprimento das roupas
carlos assis
publicado por SISTER às 08:32

Natal é magia, não é comércio. A ideia do comércio fica com quem a pratica.
O Natal é o momento, como a fadinha dos dentes,
que vem sempre que um dente de leite cai,
em que os sonhos se podem, e devem, por mais impossíveis, improváveis, realizar.

Há que desenvolver um esforço nesse sentido. Traçar um caminho para a utopia.
Só desta forma se poderá encetar a construção de um mundo melhor,
de um mundo mais justo e imparcial.

Podem chamar-me de inconsciente, de imaturo, mas o mundo,
e a forma como ele se resolve, só depende dos homens, só deles, de mais ninguém.
Basta um adir um outro e este um outro
e a utopia começa a ser mais do que um mero esboço.

Natal é magia. Quem não acreditar que olhe, com olhos de ver,
para os olhos de uma criança e saberá o por quê dessa magia.
Xavier Zarco
publicado por SISTER às 08:32

Mesmo que eu pronuncie palavras,
que expresse meus sentimentos,
nenhuma delas, poderá traduzir
exatamente o que sente o coração.
Íntimos desejos, sonhos por sonhos,
o bem querer, que tenho por você.
Somente na intimidade silenciada,
posso avaliar, o quanto vale esse sentir.
Curvo-me diante do meu amor, reverencio
até em pensamento e nesse Universo
você sempre será o rei e eu rainha,
num trono jamais esquecido.
É com você que abro as portas da alma.
Em silêncio vou ouvindo um cantar no peito,
vou traduzindo a voz, que declama a canção
e com as mãos vou erguendo às alturas
"O SOL", coroando um rei chamado :
" AMOR MAIOR" !!
Marlene Constantino
publicado por SISTER às 08:32

«Deus manifestou,
de modo inconfundível
a sua bondade imensa
e a sua ternura inefável
por amor aos homens».
Em Jesus,
Deus assume
năo só a nossa humanidade,
mas também a nossa condiçăo :
Deus e homem,
Para nos poder salvar.
Podia ter-se apresentado,
homem feito,
já adulto,
no meio de nós,
mas năo o quis fazer !
Assumiu uma humanidade
como a nossa,
mas sem o pecado,
tendo-Se sujeitado, todavia,
a algumas conseqüęncias
do mesmo pecado.
A fragilidade do bebę,
a inocęncia da criança,
o despertar da adolescęncia,
a obscuridade da vida oculta,
e o risco da vida pública.
As provaçőes do deserto,
a traiçăo dos discípulos,
a agonia da morte,
duma forma única,
transformando a nossa história
e mudando o nosso destino.
Cada etapa desse destino
foi vivida
na fidelidade ŕ vontade do Pai,
que nos amou,
a ponto de nos estender
num abraço de misericórdia
o Filho e o Espírito.
Um abraço
que nos transfigura e diviniza
e que nos abre
de par em par
o caminho certo
para a eternidade feliz !
John Nascimento
publicado por SISTER às 08:32

Dezembro 2007
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