A morte é algo ingrato, feliz só quem parte, nós que ficamos estamos sempre a lamentar a perda,
a ausência, mas quando vivos estão, nossos entes queridos, nem sempre estamos juntos.
Só com a partida sem solução, sem dia para voltar, sem hora para chegar, que nos damos conta do tempo
precioso que perdemos longe desse ser que hoje choramos ao não encontrar.
Corremos para tudo, para trabalhar, passear, viajar, ou qualquer outra coisa que momentaneamente achamos mais
importante que os que amamos, ou seja, na maioria das vezes estamos em primeiro lugar, até na morte do ser querido,
porque nem saberemos se ele queria mesmo partir ou aqui ficar.
A morte apenas nos prova o tamanho de nosso egoísmo, não sabemos nos libertar daquele que parece nos pertencer!
Só quando a nossa hora chegar é que de fato iremos saber deixar partir as pessoas que amamos,
pois nós é que teremos que deixá-los.
Nesse exato momento tomamos consciência que a ninguém pertencemos e que nada temos.
Por isso partimos felizes, nesse minuto entre as batidas fracas do coração e o pouco ar respirado ,
sentimos a liberdade de existir, o prazer de sermos livres para partir em paz,deixando o medo para trás.
Maria Inês Possolo
publicado por SISTER às 04:33
Nem loteria, loto, nem bingo
Nem sorteios ou carnês...
E se a sorte brinca comigo,
E eu ganho, e faço o que?
O que?
O que eu quero e não conta
O que eu sonho e não possa.
Porque a minha vontade,
Não é a vontade "nossa."
Um pouco de liberdade,
E um pouco de prazer. . .
Ai! Quem me dera esta sorte,
Prá fazer o que eu quizer!
Assim, não compro nem jogo,
Pois posso um dia ganhar.
E vou me sentir livre, gente.
Vou querer me realizar.
Grazi Henriques Ventura
publicado por SISTER às 04:33
Mas a vida está calma
E medo de nada me apavora
A não ser quanto tenho que ir embora.
Embora de onde se nunca me afastei daqui?
Mas o medo tenta me empurra e teimosamente digo: não vou.
Mas, tremulando a voz, ouço a voz do medo tentar me espantar.
Encorajado pelo deconhecido sentimento,
Enfrento e distorço a sua visita expulsando-a de perto de mim.
Mas tenho medo, que o medo não tenha medo de mim.
Carlos Silva
publicado por SISTER às 04:33
Os medos
Estão inerentes à tristeza,
Intrínsecos à dor...
Determinam,
Por suas próprias leis,
Os caminhos humanos...
Como um animal faminto,
Vão corroendo a alma,
Enfraquecendo a fé...
Transformam o homem em
Uma marionete,
Perdido de si mesmo!...
Impiedosamente, o tornam
Escravo de suas angústias,
Subjugando-o à solidão.
Um ser sem esperança,
Dominado pelos sentidos,
Afasta-se dos sonhos,
Perde a capacidade de lutar,
De ter ilusão...
Medos e culpas são
Fontes de desilusão,
Sentidos negros
De um mundo sem cores;
De uma vida sem sabores...
Reflita,
Sinta Deus como Totalidade;
Acredite na força do desejo...
Não permita
Que os medos lhe invadam o coração,
Dominem sua vontade.
O mundo é construído por nós,
Que pela essência do amor fomos feitos,
À semelhança do Criador!...
Portanto, sejamos
Cada um sua força, beleza interior,
Um elo a mais para o Universo,
A soma dos valores divinos,
Mensageiros da serenidade...
Carmen Cristal
publicado por SISTER às 04:33
"...Dores estranhas me assolam...
Dores de saudade, dores de inquietação...
Ensimesmada aqui,
neste canto me acho, ou me perco, não sei.
As revelações no meu interior
chocam-se e vazam
através dos poros da minha consciência.
E tão trágica quanto a verdade,
é a minha impotência diante
do medo que isto me traz...
O confronto entre o certo e o errado,
cobram de mim a postura correta.
Não sei qual é, Deus!
Sonia Pallone
A escuridão da sabedoria é cerrada.
Nenhuma luz vislumbro.
Durmo na minha ignorância..."
publicado por SISTER às 04:33
De que alma tu tens medo ?
...da alma do outro mundo ?
...ou da que guarda um segredo
E o revela num segundo ?
Que alma é essa, meu Deus ?
...que mistura a fantasia
Com pensamentos ateus
Que o teu olhar denuncia ?
Alma que ama e que mente,
Alma que torna demente
Quem diz que não sente amor...
Ou essa alma vazia,
Que manifesta alegria
No instante em que sente dor ?
Luiz Poeta
publicado por SISTER às 04:33
Sinto a morte levemente, chegar.
Sangrenta, imaculada morte ,veio, à mim, buscar.
Já se faz tempo...
Aqui jaz, meu corpo sem mim..
Ossos descalcificados,
pobre de mim...
Pele, não mais é, de que um pequeno, querubim.
Nem dor, suor,
apenas fragrância de jasmim.
O medo aproxima-se..
é o enredo da vida que termina.
Filme da vida deteriorando há sete palmos.
Terra, ervas daninhas, barro vermelho, sobre mim.
Digo adeus ao começo , meio e fim.
Adeus ao corpo,
matéria sem proveito, que agora em minha alma
eu rejeito!
Não devo ter medo..
Adeus ao apego!
E assim se fez,
a morte,despdida.
Deu-me o sossego..
Deu-me o fim!
Silvia Trevisan
publicado por SISTER às 04:33
Medo de viver
Medo de perder alguém
Medo de sofrer
Quem nesta vida não sente medo?
Quem nesta vida não tem um segredo?
Todos buscam a felicidade
Mas existe no mundo tanta maldade.
Porque Deus criou um homem tão imperfeito?
Até quando o homem terá seu livre arbítrio?
Enquanto isso não acontece
Existirá o medo.
Alcina M.S.Azevedo
publicado por SISTER às 04:33
Sofre a alma no nascedouro o medo que se cala
Reinando submissos sorrisos em pérolas e valas
Sina algoz redesenhada e forjada ao foro íntimo
Rasgando aos poros e sangue seu sentido ínfimo
Céleres veios antes contidos e imperceptíveis
Tornando porções guardadas, forças invisíveis
Desvendar que ao velho espírito exala humano
Materializando, se piscarem, olhos mundanos
Premonição de receios e desejos limitados
Onde a áurea se pôs no inverno bem cedo
Ao que o dia passou e nada a dor ameniza...
Mas, que ao sopro do tempo a nova brisa
Transportando o arado em desespero passado
É a coragem de amar que supera os medos...
Príncips
publicado por SISTER às 04:33
Definha a alma pouco a pouco na arte da rejeição
A febre dos loucos na vida que teci nas mãos
Estigmas de ações indignas da mente
E voam os pensamentos iminentes
Objeto lúdico... Ressoa nas mãos queimando
Selvas em relvas que vertem sangue em presente
Lentamente e insistente toma conta...
Paira no céu da loucura, viaja estridente
Sinto além do que vivo o ausente
Transtorno de ansiedade compulsiva
Confunde-se certo e errado das lamas tingidas
Cravo a espada do medo - anjos do mal
Retiro o peso da consciência
Liberto o escravo, o servo da vida dual
Reny Carvalho
publicado por SISTER às 04:33
Jamais imaginei sentir-te assim tão perto...
Pois em nenhum momento da vida,consegui
Ver-te tão longe de mim...
Foram tantas e tão doridas minhas mágoas de ti,
Que temi levar comigo até a morte,
Todas as renúncias que precisei fazer
Por amor a ti... Embarquei tantas vezes
Em mil portos, vaguei tão só em
Tantas estações sem ti, que até acreditei
Nunca mais voltar a relembrar-te assim...
Magoada e ferida pelo amor imenso que
Tanto guardei por querer-te em mim!...
Sinto medo de mim...medo por mim...por nós...
Nunca chegaria ao porto seguro sem ter amado
Tanto a ti...porque foi este medo de chegar só,
Que conduziu-me aqui, tresloucada pelo amor
Imenso que por toda vida dediquei a ti...
Hoje sou luz, deixei as trevas! Os medos
E vazios que deixaste em mim, afastei
Pela força desta fé que abracei sem ti ...
Vou sem medos...vou sem ti...
Vou em paz...encontrei na fé a
Esperança de ser feliz, mesmo que não
Estejas mais aqui...
Deleniralmeida
publicado por SISTER às 04:33
Dos dias que vivi
Pude ver
A fome, a miséria do povo.
A triste luta para sobreviver
È muito aterrorizante a destruição do ser humano
Todos procuram a perfeição
A luta para ser melhor
E esquecem da humanidade
Esquecem o espírito de carinho
De amor
E partem a esmagar outros iguais
É tão apavorante pensarmos
Que a loucura está em nós
Uma grande cidade
Vemos luzes, prédios altos.
Construções em busca de mais e mais
Caminho sem fim
Essa grande luta é pelo que?
O que através disso tudo procuramos
Se a morte nos levará tudo
Andando pelo vale das sombras a selva de pedra
Vejo o total esquecimento do sentimento
Pessoas nascem e crescem
Vivem como robôs
Do sistema a selva de pedra
Essa corrida desesperada
Traz descontrole
Traz a loucura
Vejo gritos gemidos de dor
Vitimas inocentes sofrem
Esta ai a destruição do ser humano
O louco
Que parte aterroriza
Vejo o medo das pessoas que sofrem em ataques
Os gritos desesperados ao abrir de suas bocas
Pedro Giachetta
publicado por SISTER às 04:33
No anoitecer te espero
Sonho vão de querer sincero:
Não me vens
Tenho medo de não mais sentir teu toque
Nem contigo estar instantes de eternidade
Meu corpo soluça: Quanto querer!
Mas tenho medo que o sentimento
Que de mim exala, te afaste
Prefiro o estar inconstante
À ausência eterna
A espera angustia e a incerteza consome
Tenho medo do que posso esperar
Às vezes quero ir ao longe
mas não consigo me afastar
Incessante vício:
Beijos, carinho, companhia, corpo...
Não entendo
Não me soltas, nem me prendes
Não me falas, nem se cala
Apenas deixas a sombra do que queres
E as marcas que não me deixam te esquecer.
(Cinthia Xavier)
publicado por SISTER às 04:33
Talvez a gente não precise de muito
Para ser feliz
A felicidade as vezes
Esta debaixo do travesseiro
Outras vezes não
Devemos então sair para procura-la
Onde estiver
Mas não devemos nos amedontrar com o mundo
Talvez a gente não precise ir muito longe
Para ser feliz
A felicidade as vezes
Pode estar ali na esquina
Ou no ponto de onibus
Devemos então estar preparados
Para agarra-la pelos cabelos
Com unhas,dentes e tudo mais
A vida é muito boa
Se pudermos fazer alguém feliz
Melhor ainda
Cada um tem a sua felicidade
Não se preocupe
Um dia ela vem
Portanto cuide bem de você
carlos assis
publicado por SISTER às 04:33