Sinto paixão pela paixão
um vicio do meu coração
dependente das emoções
intoxicado pelas sensações
Paixão pelas coisas da vida
Paixão pela noite , pela boemia
Pelos cheiros dos cabarés
Pelo dengo rebolado das cabrochas
Paixão por novos amores
Por desejos ardentes
Por mulheres ardorosas
Pelos prazeres extremos
Paixao pela minha liberdade
direito de ir, de vir.. de voar
de ir e deixar portas abertas
amores com amizades
Paixao pelo viver cultivando o prazer
no dia a dia, no trabalho, no lar..na amada mulher
pela liberdade de expressão e de opção do coração
Viver...viver apaixonadamente os instantes na paixão
Joe'A
publicado por SISTER às 06:01
A saudade se aproxima
E do corpo se apossa...
Solidão é erva daninha
Que devasta sentimentos
E, em correntes grossas
Aprisiona a magia do tempo,
Em distâncias confinantes
Porém intransponíveis,
Ao coração conflitante...
Quando a paixão finda,
A esperança desfalece
No olhar que ronda perdido,
Quando a noite desce...
E é lenta... vazia... escura!
Neste rodopiar de lembranças,
A imaginação se dispersa adiante...
Na lágrima um sentir doído,
Pelo passado não tão distante...
Indiferente a esta loucura,
O dia livre amanhece...
E assim, navegam emoções,
Em marés de águas passadas...
Imergem ondas de sensações
De um querer ter, que sonha ainda,
Em sobreviver... Renascer,
Numa tortura constante e cruel
Que açoita a pele fria,
Subjuga a alma, que calada,
Sorve seu cálice de fel,
Quando a paixão finda...
Anna Peralva
publicado por SISTER às 06:01
Sua presença na saudade,
que sobrevivem nas
lembranças e doces recordações
é o que restou deste amor
pra lá de lindo, especial ...
Entre flores e estrelas,
no brilhar da lua cheia,
recordo-te por inteiro,
saudosa dos teus beijos de mel,
dos teus abraços aconchegantes,
do teu prazer ao me fitar nos olhos ...
Lágrimas escorrem incapazes de parar.
Lavam minh´alma da poeira
das nuvens negras
que se formaram ao meu redor ...
Onde foi parar amor tão lindo...?
Quero crer que o sol ainda permaneça
lá fora aquecendo a natureza benfazeja
e que dentro em pouco
se voltará para mim,
trazendo seus magníficos raios
a iluminar meu novo caminhar ...
Nídia Vargas Potsch
publicado por SISTER às 06:01
Foi num tempo tão feliz,
que se perdeu minha paixão.
Quando eu encantada,
apaixonada, em tudo via e sentia você.
Mirava as estrela, elas me sorriam,
era você irradiando alegria.
Sentia o calor do sol,
era você a me aquecer.
A brisa me acariciava de mansinho,
era você me afagando.
A essência das flores,
era seu perfume a inebriar-me.
Era você a melodia de cada música
que eu ouvia.
Foi nesse tempo tão feliz,
que se perdeu minha paixão.
Numa noite triste de verão!
Chovia...
Eram lágrimas,
tempestade rompendo-me a alegria .
Levando meu coração você partia.
Foi nessa noite
que se perdeu minha paixão.
Aqui tão só,
já tão distante desse tempo,
sinto sua presença na saudade
em que sobrevive sua doce recordação.
Marilda Conceição
publicado por SISTER às 06:01
Quando sob o influxo da paixão,
minh'alma corria solta pelos campos...
Olhava o céu azul...
o sol...
as sombras que fazia...
o colorido que avivava,
todas as cores, que eu via!...
Quando assim, tomada de paixão,
minh'alma vagava nas campinas,
alegre como uma manhã feita de luz,
onde o sol chega e beija com doçura
a flor menina,
e fica em luz expandido
e refletido, luminoso, no orvalho,
enquanto ele dura...
Assim se expandia a minha alma,
quando nela morava a paixão:
luz, flor, asa, brilho...
e, dançava com a brisa...
e, cantava canção...
E, percorria os espaços,
campos, mares, céus vastos,
plena, livre e calma!...
Onde foi que perdeu o lirismo,
a minha alma?
Onde se esvaziou minha paixão?
Eme Paiva
publicado por SISTER às 06:01
Vovô dizia mil réis
mamãe tostão e vintém
existiu até o Barão,
não é conto,
mas o conto é também.
No moderno
falam em "paus".
Imagine a Fátima
no jornal Nacional:
-O dólar caiu e o pau subiu.
Onde, quando, quem?
Foi com Viagra?
Pergunta a mulherada
em tempos de vacas magras.
-Falo de dinheiro!
Ainda tem o cruzeiro
o danado do cruzado,
creio que do boxe resgatado.
Velhos e novos,
goraram os ovos.
Uma novela Real
URV e CR cifrão.
Sei não...
Meu salário permanece virtual.
Alguém ainda lembra do apagão?
Rosa Pena
publicado por SISTER às 06:01
Quando sair, saia mas deixe a porta aberta
Você nunca vai saber se vai se arrepender
e querer, ou precisar voltar
Então pode até bater, mas não deixe a porta fechar
E por onde você passar
deixe sempre as portas abertas
para ser bem recebido quando voltar
Em qualquer situação,. em qualquer lugar
Para que as portas fiquem abertas
A ninguém ou a nada você não deve contrariar
A todos você deve respeitar
Nunca a ninguém maltratar
Seja transparente,
não engane, nem se deixe enganar
não se deixe iludir, nem iluda,
Sempre ao lado da verdade
Seja delicado, sempre educado
Ame para ser amado
Cuide para ser cuidado
Escute para ser escutado
E as portas se abrirão quando você chegar
Com sua volta todos vão se alegrar
E mesmo que de novo se vá, você pode voltar
Para quem sabe , respeitar,cuidar e amar,
As portas sempre sempre abertas, vão ficar
Joe'A
publicado por SISTER às 06:01
o passado condena...
em cada ponto de luz no céu
uma história inacabada
um começo sem fim
ao avesso o pensamento se expõe
impõe vestes de uma saudade
que não se explica com palavras
o a volta é ninho estranho
e como um banho o passado lava
despindo a alma, ré de si mesma
"Muitas são as verdades, mas, só uma brilha na escuridão.
Apague as luzes para vê-la."
Jurandir Argôlo
publicado por SISTER às 06:01
E tudo acabou
Tão rápido
Que não percebemos
Preocupados que estavamos
Com desejos mesquinhos
O vazio foi ao fundo
Nasceu na angústia
Cresceu em silêncio
Entre nós ficou como uma sombra
O muro não existe mais
As lágrimas sempre buscam um perdão impossivel
Num chão de pedras
Perco a alma mas sou feliz
Sem ter o que falar
A voz se perde na garganta
Mãos tremem nos braços
Enquanto o metrô passa
Moedas caem dos bolsos das calças
E a noite gelou o coração
A poesia estalou na porta do quarto
Os olhos buscaram algum pecado perdido
Um anjo assustado pulou pela janela
Se escondendo nas asas de um coruja
O gato apenas espiou
O cachorro nem desconfiou
As coisas lá de cima são perigosas
Lá vem a dor cantando
Você é um grande idiota
Mas não eu não ligo
Ela esta errada
A vida não é um jogo
Um beijo vale um poema
Os pés descalços ainda sonham
Com milhões de caminhos
O verão é tão movimentado
Nuvens elétricas explodem no céu
Chuvas pesadas no telhado
Palavras choram feridas do passado
O dia dança na cortina do horizonte
A flor da esperança demora
Mas reaparece no pequeno jardim
Mais radiante que o próprio sol
E tudo acabou
Tão rápido
Que não percebemos
Preocupados que estavamos
Com desejos mesquinhos
O vazio foi ao fundo
Nasceu na angústia
Cresceu em silêncio
Entre nós ficou como uma sombra
Carlos Assis
publicado por SISTER às 06:01
Num casal tem de haver sempre bom senso,
Acreditarem como se aí nada mais restasse,
Pois sempre haverá desdita, o contra-senso,
Que aos próprios ofendidos dele já bastasse.
Injúrias e falsas questões levantadas, penso
Serem ali trazidas por gente, que arrastasse
Atrás de si um pueril e agastado negro lenço
E onde o mal dizer e a inveja, acolá deitasse.
Aprendo hoje que não devemos ter afinidade
Com ninguém e em tudo sermos reservados,
Pra que não suceda angústia ou calamidade.
No entanto, o Universo, quis-me só verdade,
E os outros, logrando, aí versos descurados,
Tiram proveito de mim, de minha humildade.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 06:01
Naquele dia o vento esgotou suas forças
Sua ira era imensa, o impacto descomunal
Então, finalmente, a impassibilidade...
Deu de ombros e descansou sobre os destroços
Um menino passou procurando sobras
O ventou arfou, constrangido, pela fúria incontida
E penalizado, lamentou os estragos
Seus argumentos eram vagos, pensou
Obedecera ao impulso momentâneo
Cumprira seu destino, seu papel
A natureza às vezes é cruel, quando faz sua parte, ponderou
Naquele dia o vento não carregou aromas de flores ou ambrosias
Arrastou o terror e o cheiro de morte atrás de si
Deixou um rastro de dor e confusão
Por incontáveis minutos sua face encrespou-se
Esqueceu de sorrir, sem saber ao certo
A que pretexto derramou sua ira sobre o mar
Nem mesmo em seu íntimo lia-se uma resposta
E assim como encorpou-se e destruiu tudo à sua volta
Abrandou-se, rarefez-se e silenciou
Quedou-se, mudo, sem pretensão de explicar-se
O seu espanto era genuinamente sincero
Ao constatar o efeito devastador do seu destempero
Mas logo deixou de especular sobre os seus motivos
E agradeceu pela paz que sentia, afinal.
Olhou, soberano, para o horizonte
E um sorriso quase amoroso desenhou-se em seu rosto
O menino encontrara os restos do seu carrinho
As pessoas acorreram, aos poucos, avaliando as perdas
E se puseram a percorrer as ruínas, planejando a reconstrução
O vento, com um olhar enigmático, contemplou a devastação
Uma ave piou, quebrando o silêncio gerado pelo espanto
E naquele mesmo dia, tudo voltou ao normal.
Flori Jane
publicado por SISTER às 06:01
"Toma, Peter Pan, só um Lexotan pra que tanto amor não te enlouqueça."
Guinga e Aldir Blanc
- Se era amor, por que terminou?
- Porque era amor.
- Finaliza de repente?
- Se era amor, sim.
- Não se prepara o outro lado?
- Quando é amor, não.
- Que conversa sem nexo!
- E desde quando o amor faz sentido, dá explicação, pede por favor, requer dispensa, diz obrigado, é responsável, tem argumentos para chegar ou partir? O amor é um cara doidão, totalmente irresponsável, eternamente criança, egoísta pra cacete, chantagista, cara- de -pau, inverte as estações, troca a noite pelo dia, ontem tava no Rio, hoje já ta no Japão, não pede licença, nem pede perdão.
Prontinho pra ser cadeira cativa no Pinel!
Quando presidiário arquiteta a fuga, quando solto arquiteta a prisão.
Se você viveu esta situação, você conheceu o amor e o lexotan!
Rosa Pena
publicado por SISTER às 06:01
O dia
Foi-se
Ligeiro
Como a foice
Ligeira foi
Ao cortar o capim
Você ri de mim
E eu não acho graça
Nessa sua alegria forçada
Eu ao menos
Digo o que penso
Eu sou assim
Não uso metáfora
Digo na lata
O que quero dizer
Mas, não quero.
Perder tempo
A noite já vem
E eu vou
Pra casa
Pra ser feliz
E viver assim
Meu grande amor
ABittar
publicado por SISTER às 06:01
Quando escrevo
Parece que o mundo sabe
Que eu brinco com a esperança
Faço as fadas distorcerem a realidade
Zombo de um deus velho
Para as pessoas acreditarem na vida
E esquecerem um paraiso perdido
Eu a procuro tanto
Em pensamento
Passo o dia, falando bobagens
Comendo doces ,bebendo coca-cola
Não sei o que tem dentro de mim
Apenas a música acalma
Esta ânsia de amar
O tempo acaba com a gente
Faz o medo crescer feito o diabo
Arrasto o pé no chão
A subida cansa o corpo
E eu danço devagarzinho
Mas não esqueço
Como gosto de você!
Carlos Assis
publicado por SISTER às 06:01
Podés pensar, abusivamente, que a vos falto a la palabra,
Cuando en mis devaneos al Hombre doy asunción,
No hay persona, en este mundo, que no sea esclava,
Voluntariosa y compulsiva, forjando aqui su condición.
Direís, que es propio del hombre, cual vicio que labra,
Ir en el arrepio de la vida, en el transe diario, basta servidumbre,
Que roba a las personas su discernimiento, y clava
Sus garras infames, en la carne inerme, caída en el suelo.
Todo Hombre es egoísta - vende, pues, declara-vos -,
Que no hay nada que haga, si no fuera su beneficio;
Y así, arrogantes andamos, sin cualquier labor.
Criaturas perdidas, en un desierto sin fin, verdaderas
Se tornariam, si no hiciesen mal uso, de los desquicios,
Que, poco a poco, gesto a gesto, las dicen enteras.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 06:01