Será que nossas vidas perdem seu sentido?
  Será que perdemos nossa essência mesmo assim quando agimos fora de nós mesmos?
  A vida, às vezes, parece curta para nossos sonhos.
  Será que podemos ser monstros conosco mesmo?
  Será que às vezes somos ingratos com a vida, com o amor, com as pessoas próximas a nós, com nossos sentimentos, com nossa família?
  Chega um momento que estamos cansados de lutar ou tentar, e então, desistimos da vida que nos rodeia. Se pudéssemos, apenas, lembramos de nossos espíritos imbatíveis, das pessoas que nos olham, oram por nós como nossos guardiões.
  Será que somos tão ignorantes que chegamos a nos destruir com nosso orgulho, nossas condutas, nossas ambições? A vida pulsando tão cálida e leve como a primavera chegando, tão seca como o outono chegando ou tão madura e experiente de si, ou até mesmo tão fria e rígida como uma estação de inverno em que nos isolamos do mundo? "A vida sem mistificação"!! !!!!!!
  Ou talvez, nossas almas possam agir como um sol escondendo-o em nossos corações, que após várias demonstrações de fracasso renascem, retransformando, recondicionando a vida em nova.
  Será que somos capazes de mover a transformação em nós mesmos?
  Somos como espíritos famintos carregados por destinos inóspitos ou prósperos?
  Somos prisioneiros de nossos sentimentos. Eternas marionetes deles e de nossos pensamentos.
  Será que somos tão artificiais que não buscamos a essência humana nas coisas? Seria a vida tão efêmera, algo sem mistificação, sem espiritualidade, sem divindade... uma vida sem sentido?
  Que sentidos buscamos, desejamos seguir, necessitamos para nos tornarmos mais verdadeiros?
  Chega um tempo que temos que lutar contra todos para resgatar o nosso lugar.
  Alguns fogem da responsabilidade de amar. Alguns dizem que amar é inútil, e poucos que descobrem isso a tempo se tornam, apenas, fantasmas. Poucos nunca amaram.
  O mundo é que ensina a guerra. Não há maneira de pensar. O homem é a sua própria arma.
  Passam as horas, os dias e as noites, meses, anos, séculos e permanecemos com os sonhos de paz, amor e igualdade, mas nem somos livres de nossas ilusões da vida. Se no coração quisera supera-las, deves deixa-las ter o sentido perdido. Ou tristes não sabemos florir.
  Às vezes, trocamos o certo pelo duvidoso com esperanças que aquilo nos mude de alguma maneira.
  Vemos que alguns de nós são fúteis que não compartilham uma íntima conversa com quem se faz amor ou sexo nem tão pouco um abraços. Tão pouco reconhecemos a diferença do outro, e assim seres patéticos e ignorantes como nós se escondem sob máscaras, sorrisos falsos, espinhos na alma. Cada diferença é essencial a individuo.

Davys Sousa

Quantos caminhos, meu anjo
       ainda vamos percorrer?
       Quantas histórias faremos
       em cada um dêles?
      São caminhos infinitos,
       caminhos que,
      percorridos com você,
      ficaram muito mais bonitos...
      Caminhos de sonhos e amores,
       que nós vamos esparramando
       delicadas e coloridas flores...
        Nós deixaremos as nossas pegadas,
       por todas estas estradas
      e as nossas almas juntas,
      não sentirão o peso da vida,
      e as suas inevitáveis dores...
       O amor nos seguirá,
      em todas as nossas caminhadas,
       seja nas noites frias,
      ou nas sombrias madrugadas...
      Quantos passos nós daremos
      para chegarmos
      ao nosso lugar sagrado e imaginado?
       Quantas chuvas ainda cairão,
       para deixarem o nosso céu
        bem mais iluminado?
      Não importa, oh meu anjo,
       se em todos estes caminhos,
       você estiver sempre ao meu lado.

Virgínia Maria da C.L.M. dos Santos