“Nem a tristeza, nem a desilusão,
Nem a incerteza, nem a solidão...
... Nada me impedirá de sorrir...

Nem o medo, nem a depressão,
Por mais que sofra meu coração...
Nada me impedirá de sonhar...

Nem o desespero nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa...
Nada me impedirá de viver...

Mesmo errando e aprendendo,
Tudo me será favorável...
Para que eu possa sempre evoluir,
Preservar, servir, cantar, agradecer,
Perdoar, recomeçar...

Quero viver o dia de hoje,
Como se fosse o primeiro...
Como se fosse o último,
Como se fosse o único...

Quero viver o momento de agora,
Como se ainda fosse cedo,
Como se nunca fosse tarde...

Quero manter o otimismo,
Conservar o equilíbrio e fortalecer
A minha esperança...
Quero recompor minhas energias
Para prosperar na minha missão e viver alegremente todos os dias...

Quero caminhar na certeza de chegar...
Quero lutar na certeza de vencer...
Quero buscar na certeza de alcançar,
Quero saber esperar para poder realizar
Os ideais do meu ser...

ENFIM,
Quero dar o máximo de mim,
Para viver intensamente e maravilhosamente TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA!!!
publicado por SISTER às 09:45
Semeia tua coragem
para poderes encorajar o outro.
Semeia teu entusiasmo,
tua fé, teu amor.
Semeia coisas pequeninas,
insignificantes.
Semeia e confia:
cada semente há de enriquecer
um pequeno espaço de chão.
publicado por SISTER às 09:45
Eu sou o homem que vai a um restaurante,
senta-se à mesa e pacientemente espera,
enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.
Eu sou o homem que vai a uma loja
e espera calado,
enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.
Eu sou o homem que entra num posto de gasolina
e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente
que o empregado termine a leitura do seu jornal.
Eu sou o homem que explica
sua desesperada e imediata necessidade de uma peça,
mas não reclama quando a recebe após tres semanas somente.
Eu sou o homem que,
quando entra num estabelecimento comercial,
parece estar pedindo um favor,
ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.
Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente
que as recepcionistas e os caixas
terminem de conversar com seus amigos,
e espera pacientemente
enquanto os funcionários trocam idéias entre si
ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.
Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente,
do tipo que nunca cria problemas.
Engana-se.
Sabe quem eu sou?
Eu sou o cliente que nunca mais volta!
Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos
em anúncios de toda ordem,
para levar-me de novo à sua empresa.
Quando fui lá, pela primeira vez,
tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza,
tão barata, de me enviar um pouco mais de "CORTESIA".
"Clientes podem demitir todos de uma empresa,
do alto executivo para baixo,
simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar."
Sam Walton -
publicado por SISTER às 09:45
Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família. Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos. Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito. Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe. Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar. Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo. Não caluniarei aqueles que não gosto. Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem. Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.
"Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas,
não há o suficiente para a cobiça humana"
Mahatma Gandhi
publicado por SISTER às 09:45
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
publicado por SISTER às 09:45
Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...
Que a musica que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...
Que a mulher que eu amo
seja pra sempre amada
mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade
Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece,
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço
E que essa tensão
que me corroe por dentro
seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo,
se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado
na infância
Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade
eu não sei
Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio
me fale cada vez mais
Porque metade de mim
é abrigo,
mas a outra metade
é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para faze - la florescer
Porque metade de mim é platéia,
e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também...
(Oswaldo Montenegro)
publicado por SISTER às 09:45
Tu passas entre os continentes,
tua marca é feita nas faces,
em traços profundos;
em alguns, tanto que chegam
a assustar quem te vê.
A tua forma sempre a mesma:
vem e derrota tua vítima,
deixando um lastro de dor e tristeza...
Encara cada um de nós,
em nosso íntimo
e diz o quanto preocupas com teu vizinho;
com tuas roupas, ou com o supérfluo...
Aqui estou a vencer-te
e dizer-te: tu és incapaz.
Tua força vem das trevas, do egoísmo,
onde ninguém aprendeu a repartir;
tua maior aliada: a inconseqüência,
que faz com que vítimas sejam colocadas
a teu dispor, em dúzias,
sem pensamentos e sem planejamento.
Tu penetras em qualquer nação:
basta encontrar teu beco,
teu deserto, a ponte esquecida;
a calçada imunda, a viela escura...
Tua companhia: os roedores,
insetos, a sujeira, o mau cheiro...
Quem te usa: os falsos profetas.
Os governantes sem ética
fazem de ti bandeira;
mas logo adiante te sustentam,
pois sem ti deixam de ter
instrumento de engano
de corações ingênuos...
Mas existem teus opositores:
poucos, mas persistentes,
a levar as tuas vítimas
o consolo e a dignidade,
o alimento, a palavra, a orientação...
Os instrumentos estão disponíveis
para erradicar-te:
nos campos, na água,
na persistência, na escolha correta
dos governantes,
na caridade, na fraternidade...
A fonte maior de tudo: no amor !
Afinal, serás tu, FOME,
um dia, enfim, vencida?
Continuo a fazer minha parte,
na esperança de que outros
façam o mesmo,
para que um dia sejas
erradicada!
Paulo Nunes Junior
publicado por SISTER às 09:45
o homem se casa
a primeira vez
por tesão
a segunda vez
por necessidade
e a terceira vez
por solidão
carlos assis
publicado por SISTER às 09:45
Tristes e cansadas, incertezas em correntezas escuras eram levadas, em total desalento.
Fazendo-se de mortas levitaram e das águas
sombrias livraram-se... Ansiosas e sem revolta.
Procuraram montes floridos, sóis nos firmamentos,
estrelas silentes; tinham sede de aprender.
Lá em cima, nas alturas, viram homens ainda
sonhando e crianças sorrindo, mães acalentando filhos. Viram também cachoeiras e matas, fontes
cristalinas, almas cheias de coragem e brilho.
Nos jardins floridos, margaridas em cores, rosas
em botões e jasmins nascendo...
Pastores e ovelhas comungavam velhos caminhos, seguiam sem medo e segredos.
Comovidas, diante da Vida em curso, as incertezas
de joelhos ficaram; onde suas lágrimas caíram,
sementes de amor e esperança eclodiram.
Maria Madalena Ferreira dos Santos
publicado por SISTER às 09:45
Muitas são as verdades, mas, só uma brilha na escuridão.
Apague as luzes para vê-la."
Jurandir Argôlo
publicado por SISTER às 09:45
Um bom cafezinho, bem aromático,
Ingerido sem pressas, fleumático,
Tem o dom de refazer o dito prazer:
Levantarmo-nos sem ter o que fazer.
O sol insurgiu-se na beira da janela,
Enquanto isso, eu espreito por ela,
Vendo as pessoas passar inteiriças,
Algumas mui magras outras reboliças.
Na distância certa pássaros a cantar,
Para nossos ouvidos viciados clarear,
Fazendo da Natureza um dócil jardim.
Sair de casa modestamente composto,
Ir às compras num qualquer entreposto,
Faz com que o dia seja proveitoso no fim.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 09:45
No signo que voce se situar o amor vai chegar
e no colo do astro que o trouxer, voce vai o receber
Seja em qual posição o astro estiver,aceite como ele vier
seja sob as influencias desde aries até peixes, o que a ti os astros determinar
E acredite nas suas previsões, mesmo que sejam tormentas
que no teu navegar suas velas em tiras vão se transformar
Assim como os vendavais fazem em espumas as ondas do mar
Pois o amor tanto é rosas quanto é espinho
Se floresce também fere
O amor o conduz a paraísos nunca dantes sonhados
que tornam seu sonhos pequenas realidades,
mas também a infernos nem por Dante imaginados
Como uma maciça rocha a beira mar
as ondas nela batem até te rachar, quebrar
rola-a, tritura-a
mesmo no fundo do mar até que
em grãos de areia britada as deitar
E suavemente as acumula e grão a grão as sedimenta
nas franjas das terras para as praias da orla formar
donde o mar vai beijar
O amor erode a pedra bruta, para as suaves planicies formar
substratos férteis para com o humus divino a vida brotar
A vida , colorida, vibrante exuberante divinamente pelo Amor
abençoada....
Joe'A
publicado por SISTER às 09:45
Descanso mis ojos en los ojos de una criatura;
Soy como ella, puro, humilde, dado a la esperanza,
Que a cada momento, hace de mi, ser honesto;
Con la verdad me identifico y a los otros apresto
Mi mano, mi gesto solidario, mi alianza.
En cada nueva tempestad viene la dócil bonanza,
Viene a decirnos, para olvidarnos todo el resto,
Y que en nuestro bello mundo siquiere tiene listo,
Si no formamos verdad con quien nos quiere bien.
Es tan fácil vivir si tuviéramos en nosotros el buen sentido,
De no acomodarnos en la vida e ir mas lejos.
Pero yo soy criatura indestrutible larga imaginación
Y en todo lo que yo hago para los demás luego pienso
En su bienestar momentáneo y en su corazón.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 09:45
Já fui árvore frondosa, revestida de grossa casca e duros espinhos.
Deixei criar-se em mim essa armadura, imprópria à minha natureza, apenas para me proteger das feras, serpentes peçonhentas e toda espécie de parasitas que procuravam atacar minha fragilidade interna (invisível, porém real) ou me usar como ponto estratégico à servir-lhes em suas tramas contra os outros seres da floresta, tão puros e inofensivos quanto meu próprio âmago.
Um dia porém, notei que um casal de canários pousou no mais forte dos meus galhos, um local que lhes oferecia proteção e segurança. Eles me encantaram com seus trilares harmoniosos, apaziguantes e acima de tudo, com seu relacionamento tão dócil. De maneira dura e trabalhosa e com grande delicadeza, arrancaram os espinhos de uma pequena área desse galho e construíram seu ninho, onde a fêmea botou um minúsculo ovo, de onde mais tarde nasceu um delicado e desajeitado filhotinho. Enquanto a mãe ficava aquecendo e protegendo o fruto resultante dessa união, o pai trabalhava incessantemente. Voando de um lado para o outro, alimentando-os e zelando pelo seu bem-estar.
Cercado pelos cuidados de seus pais e sob a minha proteção natural, o pequeno canarinho foi conseguindo em pouco tempo firmar seu corpinho, já não tão delgado e que ao invés das quase invisíveis penugens, agora já era coberto por macias plumas, tão belas quanto as de seus pais que o ensinaram a voar em busca de seu próprio alimento.
Em sinal de gratidão à eles, o filhote já emitia pequenos e delicados piares, que mais tarde se tornariam as mais belas melodias.
Certo dia, ao alvorecer, após me saudarem com lindíssimos cantos em sinal de agradecimento à minha imperturbável solicitude, alçaram vôo e partiram, deixando apenas o ninho que logo foi levado pelos ventos e causando um enorme vazio em mim.
Eu continuei a me desenvolver em meio àquele ambiente, agora novamente hostil, e por isso fazendo se tornarem cada vez mais espessos minha casca e espinhos. Porém, a pequena área outrora ocupada pelo ninho, permaneceu limpa, e resplandecia em meio aos espinhos de meu galho obscuro. Permaneci eu desse jeito: sem ter contato com os animais (que me evitavam por temerem minha armadura de espinhos) e sem me comunicar com outras plantas daquele bosque (coisa natural entre os vegetais da selva).
Certa ocasião, notei uma planta desconhecida por mim e diferente das comuns, que arrastada pelo vento, pousava de árvore em árvore. Estas, contudo, por acharem-na tão bela, apenas usufruíam sua estética leve e graciosa ou sugavam de alguma maneira sua seiva, deixando-a cada vez mais e mais linfática e definhada.
Essa debilitada planta acabou caindo por terra, local inadequado à sua sobrevivência e principalmente à frágil beleza que ainda conseguia de alguma forma conservar. Até que, erguida pelo vento em conjunto com sua vontade de lutar e não sei por quais forças mais, ela foi levada até o mesmo lugar de meu galho onde meus amigos passarinhos estiveram, como se fora planejado preparar aquele lugar a fins de recebê-la.
Logo no início fiquei intrigado com aquela planta diferente que agora ocupava o mais privilegiado ponto existente em mim. Mesmo sabendo que não se tratava de uma reles parasita, coisa que eu já havia constatado desde os primeiros momentos em que a vi lutando, mesmo de maneira displicente para com a sua integridade mas, com muita coragem e despida de desejos que poderiam levá-la a sugar qualquer uma das plantas com as quais teve ( mesmo a contragosto) contatos físicos.
Apesar das diferenças existentes entre nós, eu gostava de tê-la ali grudada em mim. Sentimento recíproco, como pude observar. Às vezes ela se debatia de modo rebelde, o que era provocado pelos mesmos ventos que a levara até o ponto onde chegou, antes de vir à mim.
Noutras, inadvertidamente eu a feria com algum dos meus espinhos mais próximos dessa área de ligação entre nós, fazendo com que, ao invés de pingar gotas de preciosa seiva sobre nosso relacionamento, vertessem grandes quantidades de nódoa que impregnava nossa relação.
Porém, apesar dessas discordâncias, aquela parte de mim na qual ela se instalara se tornava macia e acessível à ligação de suas raízes em mim, para assim se firmar frente às vicissitudes a que estava sujeita.
Isso fazia com que ela me cobrisse de afagos, usando para tanto, sua mais delicada folhagem. Em troca desses afagos, eu a protegia de todas intempéries, pragas e parasitas, além de envolver sua base e mesmo o caule com uma grande e suave camada de musgo, tão delicado quanto ela mesma. Claro que eu também gostava de acariciá-la fazendo uso de minhas mais tenras e novas folhas para isso.
Um dia, notamos que ela estava sofrendo nítidas mudanças em seu complexo físico, o que também alterava seu comportamento. Nisso se deu o surgimento de um minúsculo apêndice no seu caule. Constatamos tratar-se de um broto, que em poucos dias se transformou em singelo porém, formoso botão de flor, que ao abrir-se, fez com que compreendêssemos a Divina explicação para aquela nossa simbiose. Sim, nascera uma minúscula florzinha. Gerada em seu corpo, mas, sendo fruto da união e concessões recíprocas do que havia de melhor em nós dois.
O nascimento dessa florzinha proporcionou à nós, os melhores momentos de nossa união. Então em pouco tempo veio a segunda, e isso gerou em nós a mais perfeita e até inacreditável simetria. As nódoas desapareceram e eu entrei em completa metamorfose, em que se via principalmente a diminuição gradativa de meus espinhos e a lisura que se manifestava em minha casca grossa. Enquanto eu, nesse ínterim, procurava extrair com meu trabalho, usando minhas raízes, folhas, galhos e tronco, as melhores condições que poderia oferecer à elas dentro de nossa coexistência.
Porém essa plenitude, durou somente até o dia em que um casal de humanóides adentrou à mata e chegou até o local onde vivíamos. Um deles, o macho, ficou a olhar para cima, no intuito de analisar minha copa (pois apesar de ser árvore bruta, estava lhes proporcionando sombra para descansar da caminhada e refazerem suas energias). Foi então que, com excitação desmedida, ele chamou sua acompanhante para lhe mostrar o que acabara de descobrir:
-Veja aquela planta lá no alto, é idêntica as orquídeas que cultivamos em nossa estufa! Como pôde vir se desenvolver aqui?! - exclamou - E, pior, aliada a esta árvore tão vulgar e ainda germinar tão magníficas flores?! - concluiu.
- Sim! - concordou a fêmea - Ela, até me lembra (com exceção das florzinhas) aquela que só nos dava trabalho. Parecia que odiava o viveiro e os cuidados que dispensávamos à ela; transmitia-nos aversão pelos nossos zelos. Como uma filha ingrata! - salientou.
- Até àquele dia, em que cansado de saber que mesmo tendo sido criada geneticamente por nós, nunca passaria de uma plantinha vagabunda e a joguei fora, para que tivesse mais espaço para as outras e menos trabalho para nós - Lembrou o macho.
- Ah... Mas, elas estão tão lindas nesse galho! - Disse ela admirada.
- Que nada - falou ele - Passa sim é uma impressão de promiscuidade! - replicou e cuspiu de lado.
Após confabularem por mais algum tempo, em que sempre se referiam ao contraste entre a delicadeza das flores e àquele ambiente ambíguo, tomaram o caminho de volta.
Enquanto os humanóides se afastavam, a planta mãe revelou que a "plantinha vagabunda" a qual eles haviam se referido, tratava-se dela mesma, que foi forte o suficiente para vagar ao sabor dos ventos e dissabores da vida, até chegar à mim.
Apesar de revelar, que, sua convivência na estufa era insuportável, principalmente pelo fato de seus cultivadores a tratarem como se não tivesse vida e querer moldá-la a seu bel-prazer, de forma que contrariava a sua natureza, eu a senti tocada pela impressão que eles deixaram, de realmente estarem valorizando-a e se preocupando com ela e não apenas com suas flores.
Eis que no dia seguinte, enquanto eu estava completamente voltado ao trabalho pela nossa subsistência, notei que os humanóides voltaram. Munidos de uma escada que apoiaram no meu tronco e um facão que usaram para abrir caminho entre minha ramagem, retiraram-nas do meu galho. A planta mãe não demonstrava estar insatisfeita com o fato, e quanto a mim, estático não encontrei forma de reagir.
Eles as tiraram de mim sem muito esforço e as levaram embora. Porém, deixaram fragmentos de nossa união, na forma de vestígios de amor, principalmente a lembrança das pequenas flores, lembrança que já havia se transformado em tristeza e dor.
Eu, apesar do porte, dos espinhos e todo desespero para mantê-las comigo, nada pude fazer, pois, árvores não se movem e não falam. Apenas sentem!...
A partir de então, perdi a vontade de continuar existindo. Passei a absorver em grandes volumes, todo tipo e espécie de agentes tóxicos aos quais eu tivesse alcance. Isso entre tantas outras coisas de caráter auto-destrutivo que eu não fazia desde que passamos a coexistir qual verdadeira família.
Agora elas viviam confinadas em uma estufa e cercadas de "cuidados" dispensados pelos humanóides que as levaram de mim, o que fazia com que as pequenas flores sentissem a falsa proteção e a planta mãe ter um maior tempo para dedicar-se à si mesma, e eu me entregasse às contrariedades. Enquanto me sentia afetado por minhas partes cortadas a facão, pelos venenos que eu sentia cada vez mais e maior necessidade em absorver e principalmente pela perda, minhas folhas começaram a cair, minhas raízes começaram a recusar os nutrientes da terra, minha casca e espinhos se esfacelavam e meu tronco, agora debilitado e sem nenhuma resistência era pichado e gravado a punhais com nomes, frases tolas e toda espécie de palavrões característicos dos seres humanóides que agora, não sei porque, já invadiam a mata e agrediam plantas, animais e o solo. Por onde passavam deixavam seu rastro horrendo. O que atenuava um pouco a minha dor, era saber que elas (minhas plantinhas) estavam sendo bem cuidadas, pelo menos na parte material de suas vidas. Devida sua formosura, elas proporcionavam a elevação do status de seus vis raptores humanóides no meio em que viviam.
Um dia porém, foi decidido entre os humanóides superiores, que naquele bosque onde eu vivia deveria ser realizado um desflorestamento, para que de acordo com a lei do progresso, nós déssemos lugar à residências, hospitais, escolas, igrejas, quartéis, bares, prostíbulos e tudo mais de essencial aos humanóides. Eu fui uma das primeiras árvores a ser derrubada, pois, segundo os técnicos humanóides, eu estava de pé porém morto. Isso segundo eles, poderia causar sérios acidentes caso viesse a tombar sob a ação dos ventos. Então serraram meu tronco, bem rente ao solo...
Porém certo dia, antes de começarem as obras no local, agora devastado, um grupo de ecologistas preocupados com a vida de todas as espécies, passou por ali observando e se indignando com o que viam. Vai que um deles olha para o chão, evitando tropeçar em alguma coisa e, por acidente, notou o que havia sido meu tronco e dele estar surgindo uma minúscula e insignificante muda da árvore que eu fui um dia. Então essa humanóide se abaixou e mesmo se ferindo em um dos meus espinhos que já começavam a se formar novamente, me retirou com muito cuidado e transferiu para um recipiente adequado e preparado para receber-me, e me levando para um de seus laboratórios, me lavaram e injetaram produtos necessários à desintoxicação, sempre com certo zelo e amabilidade. Este foi o início de minha ressurreição enquanto vida física.
Hoje, reflito adentro a mim mesmo: Quem sabe se a partir deste estado em que me encontro, seja levado à um jardim botânico onde poderei até mesmo me restabelecer por completo e algum dia talvez reencontrar minhas pequeninas flores?... Então, aí sim. Poderei ressuscitar por completo.
Cipriano Boêmia
publicado por SISTER às 09:45
El leve contacto de
tu piel en mi piel
provoca en mi Ser revoluciones:
revolución de las hormonas,
revolución de los sentidos,
revolución de los sentimientos...
aturdidos bajo el contacto.
Calor que emana del cuerpo.
Centellas magnéticas.
Entorpeciendo la mente.
Razón en demencia con corazón.
Sistema linfático durmiente,
de esta pasión dependiente.
Sentimientos escondiendo sentidos.
Hormonas en deseos diluidas.
Musical bacante,
cuerpo y alma comprometidos.
Razón rendida.
Emoción cautiva corazón.
Amor vendido a la pasión
Cuerpo vencido
Toque de piel,
poro por poro esclavizado,
yugo de la piel en pelo.
Palpitación retumbando en el pecho.
Revolución... sin rendición!!!
Joe'A
publicado por SISTER às 09:45
O amor nos deixa as coxas quentes
Vibrantes ácidos escorrem no pensamento
As mãos tremem ao pensarem em você
Procuro refúgio no chuveiro morno
Passo o sabonete Phebo na pele
Fecho os olhos castanhos
Tento não sonhar com brocas de dentista
E nos filmes do Discovery Cannel
Mas algumas perguntas sempre atacam a mente
Porque os crocodilos não atacam os cavalos do nilo?
Onde ficam as minas do Rei Salomão ?
Seria Alain Quatermain um caçador sem alma?
Por que a astúcia de Dalila é mais forte que a força de Sansão?
E no entanto as respostas são tantas que a dúvida não cessa
Certo mesmo é que nem anjos nem demônios disputam jogo de xadrez
Os icebergs tem a agua mais pura do mundo?
Saio do banheiro
As paredes estão recheiadas de equações e teoremas quânticos
Vejo o espelho olhar minhas costas molhadas
Como um repórter procura no entrevistado um espinha no rosto
Jogo-me na cama
Se fosse uma piscina
Talvez eu nunca mais acordasse
Viveria para sempre grudado nos ladrilhos
Carlos Assis
publicado por SISTER às 09:45