Nesta vida de fingir levamos nada,
Pensamos conseguir que nos valha
Esforço dedicado permanentemente,
Para que tenhamos vida coerente.
Mas quanto mais trabalhamos mais
Nos desiludimos, com palavras tais.
O melhor a fazer é gozar bem a vida
Para que não a demos por perdida.
De promessas está o mundo cheio,
Impávidos não encontramos o meio,
Que nos faça acreditar em diferente
Situação, de um alvor surgindo aqui,
Como se este fosse um belo jardim,
Onde toda a gente vivesse contente.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 05:10
Em uma viajem a Angola, conheci Yelana morena...
Moça linda, refinada, emblema...
Na comunidade carente despontava...
Era ágil, solidária, sonhava...
Yelana, um sonho concreto...
Entre outras mancebas sem cor...
Deixava meu coração inquieto...
A perguntar: Saberá ela de amor?...
E os circulares, noite-dia, passavam...
E eu percebia: Quantos olhares a olhavam...
Naquelas plagas um horizonte tristonho...
Marcava vidas, onde Yelana era um sonho...
Em certa manhã, de minha janela envidraçada...
Vi na rua a freguesia alvoroçada...
Que em coro cantava a cena...
Mataram Yelana... Yelana morena...
FERNANDO JOSÉ TRICERRI
publicado por SISTER às 05:10
Hoy la lágrima rueda suelta.
nostalgia dolida, corazón apretado
Cuanto tIempo sin tu companía
Si al menos tuvisse noticias tuyas
Pudiese yo saber como estás
Se eres feliz en la nueva morada...
Quien inventó la vida, trajo la muerte
Muerte muda, sorda, ciega.
Indiferente algunos dolores nuestros
Deja apenas nostalgias
Ese dolor callado
Ese inmenso vacío del no saber.
Nanci Laurino
publicado por SISTER às 05:10
Nuestra casita tendrá una puerta y dos ventanas,
Tejado de tejas rojas, cuales acuarelas
Coloridas, sombreando en al suelo pavimentado,
Que tendrá azulejos en toda la largura,
cuadrado
Reflejado en la mesa, cuando el sol al fin viniere
En la mañana esperada para que podamos ver
la fruta en el cesto, reluciendo sobre cierto mueble,
Con que apertrecharemos nuestro lindo inmueble.
Tendrá sillas de madera, urdidas a mano,
donde la familia se reunirá a hablar de estas cosas
De la vida, escuchando la voz serena del corazón.
Del lado de afuera plantaremos un bello jardín,
Con árboles frondosas, encimadas por lozas,
Que nosotros colocaremos a nuestro gusto aquí y allí.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 05:10
Dizem que sou um gato
um gato em cima de dois pés
só por que sou bem pacato
e gosto de colo de mulher
mas to mais é pra tigrão
tipo tigre de bengala
mas eu não ligo não
para o que o povo fala.
Vou levando minha vida
assim meio devagarinho
esperando uma menina
que me cubra de carinhos.
Que me faça ronronar
deitado no seu colinho
e as nossas noites passar
enroscados em nosso ninho.
Jorge Linhaça
publicado por SISTER às 05:10
Se vieres por aqui, por onde o poema
escreve o caminho da palavra comunicável
vem com a dália vermelha nos lábios
e faz do silêncio, o gesto das mãos
um oráculo da fala perceptível
na abóbada do espaço imaginário
E se quiseres fica o tempo da manhã clara
quando os dedos tocam a humidade das plantas
Verás, é uma escrita simples, esta.
josé félix in à sombra da amendoeira
publicado por SISTER às 05:10
Ter pena dos outros é coisa de petulante,
Mais se parecendo com um veraneante,
Fotografando aqui e ali a desgraça alheia,
Cheios de graça descabida e verborreia.
Enfim há muitos aí que se julgam os tais,
Que tudo podem, tratando como animais
Os que lhes são iguais, anti congruência
Reinando incólume - e em permanência.
Crianças pedindo atenção são repelidas,
Por estas gentes sem coração impelidas
Pelo egocentrismo que as perde de todo.
E regressando a casa cheias de vil ânimo,
Põe-se a fumar certas flores de cânhamo,
Para assim esquecer suas casas de lodo.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 05:10
Errar es humano, caer en el mismo error estupidez.
Hay por allí personas van jugando de insensatez.
Le falta la humildad, que es hija de la verdad.
y simple se torna, actuarnos con simplicidad.
Es de la historia que no aprendemos con los errores.
Ni que metamos en la cabeza certeza a yerros.
Entonces andamos por allí como si nada sucediese.
y todo a nuestra vuelta - o desgracia! - feneciese.
Hoy ninguno se conoce ni los propios vecinos.
Torpes caminamos y al fin somos felices solitarios.
donde está la hermandad y la verdadera preocupación?
Nos juzgamos intocable y de certeza bien firmada.
Por esto tenemos de saber que no servimos para nada.
Sino entregamos a los otros el deseado corazón.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 05:10
Agradecemos-te Senhor. Pela glória de viver. Pela honra de amar!
Muito obrigada Senhor, pelo que me deste, pelo que me dás!
Muito obrigada pelo pão, pelo ar, pela paz!
Muito obrigada pela beleza que meus olhos vêem no altar da natureza!
Olhos que fitam o ar, a terra e o mar.
Que acompanham a ave fagueira que corre ligeira pelo Céu de anil e
se detém na terra verde salpicada de flores em tonalidades mil!
Muito obrigada Senhor, porque eu posso ver o meu amor!
Diante de minha visão, pelos cegos, formulo uma oração;
Eu sei que depois dessa lida, na outra vida, eles também enxergarão!
Obrigada pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro,
a melodia do vento nos ramos do salgueiro,
as lágrimas que choram os olhos do mundo inteiro.
Diante de minha capacidade de ouvir pelos surdos eu te quero pedir;
eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também ouvirão!
Muito obrigada Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina, que alfabetiza.
Que canta uma canção e teu nome profere com sentida emoção!
Diante da minha melodia quero te rogar, pelos que sofrem de afazia,
pelos que não cantam de noite e não falam de dia.
Eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigada Senhor, pelas minhas mãos!
Mas também pelas mãos que oram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de amor, mãos de caridade, de solidariedade. Mãos que apertam mãos.
Mãos de poesia, de cirurgias, de sinfonias, de psicografias...
Mãos que acalentam a velhice, a dor e o desamor!
Mãos que acolhem ao seio do corpo, um filho alheio, sem receio.
Pelos meus pés, que me levam a andar sem reclamar.
Muito obrigada Senhor, porque posso bailar!
Olho para a terra e vejo, amputados, marcados, desesperados, paralisados...
Eu posso andar!! Oro por eles!!
Eu sei que depois dessa expiação, na outra reencarnação, eles também bailarão.
Muito obrigada Senhor, pelo meu lar!
É tão maravilhoso ter um lar...
Não importa se este lar é uma mansão, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista o amor!
O amor de pai, de mãe, de marido e esposa, de filho, de irmão...
De alguém que lhe estenda a mão, mesmo que seja o amor de um cão, pois é tão triste viver na solidão!
Mas se eu não tiver ninguém para amar, um teto para me acolher, uma cama para me deitar...
mesmo assim, não reclamarei, nem blasfemerei. Simplesmente direi:
Obrigada Senhor, porque nasci.
Obrigada Senhor, porque creio em ti.
Pelo teu amor, obrigada Senhor!.
Amália Rodrigues
Divaldo Franco
publicado por SISTER às 05:10
Adeus!
Seco... Gélido... Derradeiro...
Folhas rasgadas segredam ao vento
lágrimas caídas nas noites escuras,
lamentos dos sonhos abandonados.
No olhar vazio,
amargo sabor de solidão.
VITÓRIA PATERNA
publicado por SISTER às 05:10
Eram vidas... Em minha vida.
E no Adeus... Uma imensa dor em mim, restou!
E desse vazio que no meu âmago se formou,
uma só pergunta, pra sempre em meu coração, restou:
- Porque meu Deus? Porque? De alguma forma, me faça entender,
ou então, Lhe imploro, conforta-me, acalmando essa
profunda saudade que ficou por essas perdas, em meu viver!
SUSANA MENDES
publicado por SISTER às 05:10
Dizer adeus é sempre doloroso
ainda mais quando se ama alguém...
E não se pode ter felicidade,
quando a alma se encolhe
de saudade
e a gente vê que nada mais
se tem.
LISIEUX
publicado por SISTER às 05:10
Tristes partidas, finais
De gente e fatos amados.
Eclodem os sofridos ais...
Todos estão acabados.
Mas, se não quero meus
Tormentos indesejados,
Nada melhor que adeus!
Daniel
publicado por SISTER às 05:10
Se eu pudesse reinventar o alfabeto
e não formar algumas palavras que hoje existem
muitas teriam com certeza o meu veto
pelos sentimentos ruins que exprimem...
A primeira a ser descartada e suprimida
e uma das mais dolorosas, por certo,
é o adeus, triste e inevitável em toda partida...
SÔNIA MARIA GRILLO
publicado por SISTER às 05:10
Sem delongas, sem demora
saíste por este mundo afora
sem nem falar para onde
e porque ias embora.
Foi um adeus bem diferente
tomaste um rumo sem volta
sem nem me dizer até logo.
NELI NETO
publicado por SISTER às 05:10