Estou perplexa, Cavaleiro. Minha espada desembainhada de repente nao tem razão nem comunhão com causa alguma... À beira do Escuro ainda procuro espada em riste por uma razão!? À beira do Nada para que espada e para que diga-me, Cavaleiro haveria um nexo? Também ficaste perplexo perdido no turbilhão sem uma mão que te guiasse? Tu, que seguiste espada em riste por este mesmo Caminho sinistro, sozinho diga-me, Cavaleiro para que a espada se nao vale mais nada o nosso lutar? Diga-me, Cavaleiro no que se transmuta a minha espada depois da Cruzada chegar ao seu fim? Ah, mas eu sei... No alto da rocha como uma tocha minha espada é a Cruz um falo de Luz saindo da Rosa escura, sinistra do meu turbilhão...
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Já que não me dá bola entre nós nada rola. Já que não posso usufruir do seu olhar. Já que não posso curtir a sua voz. Já que não posso dizer que o amor é nosso. Permita-me sonhar com o que não foi? Do Ser adoro o Será! Será que me deixa ser criança ter um príncipe encantado a esperança de você colado na contradança perder meu Nike usado? Na devolução eu armo a prorrogação.
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Pescadoras de sonhos em busca do amor,
navegam em águas às vezes serenas,
outras tantas vezes, descem do barco
enfiando os pés no fundo rio das penas.
No equilíbrio dos sentimentos, a eterna busca
de amarem e serem amadas, dourada felicidade,
que dizem os poetas nunca está onde se procura,
mas se persegue ávidamente esta ave encantada.
A natureza em sua exuberância, forma o cenário
onde cada criatura almeja pescar um amoroso sonho.
Contudo o balanço do barco pode por tudo a perder,
se não houver sinceridade e bons propósitos, suponho.
Mas todo bom pescador sente o prazer da espera,
entregando-se ao deslizar num desconhecido rio,
refletida a miragem dos sonhos em seu espelho,
contemplando a natureza, em seu constante cio.
Guida Linhares