Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
publicado por SISTER às 07:08
Quantas vezes, já não ouvimos que os momentos de nossas vidas não se repetem?
Nem aqueles que vivemos de forma plena, tampouco os que permanecem na ante-sala dos nossos dias, esperando um aceno, para que possam despertar no horizonte dos nossos amanheceres.
Todos os dias deparamo-nos com escolhas a serem feitas.
E na definição dos caminhos a seguir, tantas variáveis nos inquirem, mostrando-nos de um lado, o que nos é permitido e possível (razão) e, de outro lado, o que nos prometemos (os nossos sonhos e expectativas mais íntimas).
Por que será que em muitos instantes de nossas vidas, deixamos que o “quase”, seja a mais próxima visão de felicidade que nos permitimos?
Em que parte do nosso olhar guardamos os momentos que abdicamos e que sugeriam sorrisos e carícias em nosso coração?
Por que será também que sofremos tanto pelo que não foi consumado,
consumido pelo nosso temor de modificarmos rotas ou de tentarmos novos caminhos?
Haverá uma forma de aliviar a dor, oriunda do que fizemos apenas sonho?
O que sufoca os nossos olhares é o que poderia ter acontecido, se...
“se não fosse o nosso medo”,
“se não fossem os riscos”,
“se não nos paralisasse o desconhecido”,
“se não fosse esta estranha mania de deixarmos para amanhã, como se sempre pudéssemos ter o dia seguinte”.
Tantos “ses” que também atendem por “quase”!
É oportuno dizer que a cada amanhecer, o mundo descerra suas cortinas para nós.
Cada dia de nossas vidas é sempre uma estréia.
Fernanda Guimarães
publicado por SISTER às 07:08
"O que for teu desejo, assim será tua vontade.
O que for tua vontade, assim serão teus atos.
O que forem teus atos, assim será teu destino."
(Deepak Chopra
publicado por SISTER às 07:08
Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.
O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."
O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.
O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"
Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.
Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.
Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.
Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...
Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.
Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...
Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.
A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas...
Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.
Mas não se preocupe. A beleza da roza vale o incômodo dos espinhos... ou não.
Pe. Fábio de Melo
publicado por SISTER às 07:08
Com efeito, no planeta do principezinho havia,
como em todos os planetas, ervas boas e más.
Por conseguinte, sementes boas, de ervas boas ; sementes más, de ervas más.
Mas as sementes são invisíveis.
Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar.
Então ela espreguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo galhinho.
Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça à vontade.
Mas quando se trata de uma planta ruim,
é preciso arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.
Ora, havia sementes terríveis no planeta do principezinho:
as semente de baobá ...
O solo do planeta estava infestado.
E um baobá, se a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele.
Atravanca o planeta.
Perfura-o com suas raízes.
E se o planeta é pequeno e os baobás numerosos, o planeta acaba rachando.
"É uma questão de disciplina, me disse mais tarde o principezinho.
Quando a gente acaba a toalete da manhã ,
começa a fazer com cuidado a toalete do planeta.
É preciso que a gente se conforme em arrancar regularmente os baobás
logo que se distingam das roseiras,
com as quais muito se parecem quando pequenos.
rosangelaliberti
publicado por SISTER às 07:08
Hoje acordei mais cedo
Plantei rosas colhi espinhos
Falei de amor ao pé do ouvido
Disse loucuras pro meu espelho
Escrevi para um desconhecido
Falei do amor que nasce sem um sentindo
Iluminando o amor que guardo comigo
Fiz juras de amor pelo caminho
Mesmo só andei sorrindo
Cantarolei músicas
Esperando o mais belo sorriso
Da pureza de um coração
Carente por teus carinhos
dos Santos
publicado por SISTER às 07:08
Muitas em mim...
Homem Da Minha Vida
Tua Presença
Não tem jeito!...
E depois?
Amiga...
É loucura demais!...
Mary Trujillo
publicado por SISTER às 07:08
Nos deslumbramentos, que esta vida nos traz,
É fácil esquecer ou omitirmos, quem nos rodeia;
De bom juízo - cegos para o mundo - incapaz,
Somos como aquele véu que nos acha e norteia.
Passamos por cima dos outros como acto vulgar;
Não conversamos mais, impondo nossa verdade;
Até que, por fim, inermes, depois de tanto julgar,
Reclamamos dos outros, a falta de solidariedade.
O mundo precisa mais do que nunca de todos nós,
Que sejamos vizinhos, uns dos outros - até ao fim,
Para que não mais, nesta vida, caminhemos a sós.
Basta pôr o orgulho de parte e sermos genuínos,
Recorrer à palavra, que nos diz do não como do sim,
E escutar lá de longe o rústico ribombar de mil sinos.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 07:08
Podes atirar contra meu peito,
ferir minha carne perecivel,
jamais meus sentimentos.
Sou escrava da razão,
dou-me a liberdade
de abrir janelas no tempo,
e crer no amor,
que não poderás arrancar
do meu peito.
Meus sentimentos fazem eco
e as palavras voam no vento,
aprendendo a dizer, te amo,
sem o julgo traidor,
que a meu coração condena
a ser feliz só nos teus braços,
para não morrer de saudade.
Schyrlei Pinheiro
publicado por SISTER às 07:08
Nos lugares mais insólitos
Os gestos mais puros
Os gestos mais doces
Os gestos mais unos
Motes e nobres alinhavos
Nos gestos mais bonitos...
Nos gestos mais loucos
Nos gestos mais fortes
Os gestos mais coloridos
O amor não é o que digo
O Amor ESTÁ no que se sente
No respeitar da cor de um céu
Está TODO Céu... azul
Terá a mesma tonalidade do teu eu?
Rosangela_Aliberti
publicado por SISTER às 07:08
Da mais fina porcelana chinesa,
pintada à mão, dinastia Mink;
frequentava as cortes, mãos reais,
a mais alta elite me admirava.
Um dia, num jantar, alguém tocou em mim,
tirando uma pequena lasquinha;
fui relegada à um canto, já não era perfeita.
Colocaram-me em um armário, esqueceram de mim.
O tempo passou, vagaroso, se arrastando . . .
e eu ali, no canto do armário, esquecida.
Não ouvia mais elogios à minha beleza,
ninguém sentia minha falta.
Um dia, já cheia de teias e poeira,
alguém me pegou, limpou, levou-me embora.
Outra casa, outra vida, outra época.
Classe alta, mas não eram nobres.
Fui colocada sobre a lareira, via tudo.
Crianças alegres, famílias felizes.
Eis que o destino, mais uma vez, atrapalha.
Alguém limpava a lareira, deixou-me cair.
Desta vez, quebrou-se minha asa . . .
mais uma vez, esquecida em um armário.
Depois de muito tempo, alguém, um dia,
tirou-me de lá, levou-me embora.
Novamente limpa, lavada, lugar de destaque
em casa simples, família simples.
Todos admiravam a perfeição de minha pintura,
a leveza dos traços, a delicadeza dos desenhos.
Mais uma vez eu era feliz.
Um dia, um gato perseguia um rato;
me derrubaram, pedaços por todo lado . . .
e eu, agora aqui, no cesto de lixo.
Frequentei altas rodas, festas luxuosas,
conheci todos os mundos, vi todas as pessoas.
Agora, só resta o lixo, pois não sirvo mais . . .
toda minha vida, de fausto e alegrias,
acabou-se por causa de um gato.
Sílvia Purper.
publicado por SISTER às 07:08
Hoy es uno de aquellos días
en que mi pensamiento
solo recuerda momentos
de aquellos pocos días
que pasamos juntos
apenas una punta de tristeza
recuerdo con un qué de pesar
pues fueron días inolvidables para mí
que por tanto tiempo quise que otra vez ocourriera
pero el destino no permitió que se repitiesen
pero quedaron recuerdos tan marcados
que cuando la memória los trae, me complace tanto!
a nuestro lecho de amor me transporto
de todos aquellos lugares que pasamos...me recuerdo
de cada instante, de cada detalle, nada olvidé...
El cariño de tu mirada en la mía
la suavidad y el calor de tu toque en mi pecho
el ardor aterciopelado de tus labios
la primera vez que te desnudé y tu desnudo cuerpo vi
el contacto de nuestra piél, la posesión por la pasión
el primer placer... tan vibrante orgasmo
hasta la hora en que te vi llorar al despedirnos
nunca podría imaginar que sería para siempre
como fué hasta ahora... y parece que para siempre será
te perdí para el destino... pero te quedaste aquí
en mi corazón, en mi recuerdo... ya no con tristeza
pero como un bálsamo... por un día haber sido mía... mi amor!
Joe'A
publicado por SISTER às 07:08
No me atan las manos las juiciosas sogas
ni a mi cerebro marcan los cánones impuestos
mi conciencia no me ubica en un certero plano
construído por tiesas conciencias racionales.
Pero este mundo mío levantado tan sólo
con las endebles cuerdas de mi arpa de sueños
es tan maravilloso como tus delirios
cuando entre nubes de locura nos besamos.
Y allí vamos los dos, locos unidos
porque somos los dementes de la noche
que una tarde se largaron, a solas,
a explorar el manicomio de la vida.
Tu sinrazón te acerca a mis distancias
de acuáticos poemas y peces voladores
tu voz es el tañir de las campanas
que despiertan al pueblo en la alta noche
y se une con mi canto de clarines
para arengar las huestes combativas.
No hay candado que pueda enmudecer mi corazón
ni altivez profunda que me cierre
el sendero hacia donde muere el sol
pues sé con certeza que allí está la libertad.
Nuestra insanía entera desatada
desandó el viento que marcaban las veletas.
Creamos alas que hoy nos llevan en vuelo
hacia las altas cumbres de la sana locura.
Soy un loco que danza en tu fiesta.
Loco soy! Y eso es belleza!
© Alberto Peyrano
publicado por SISTER às 07:08
Asumo mi locura tan enorme,
Soy producto de este tiempo cruel,
Insolente tiempo de incertidumbres,
Donde hay caraduras a granel...
Deshojo margaritas con espinas,
Cultivo rosas negras y algunas sin color...
En el tablero de ajedrez yo soy la reina,
Y en el odio que impera... - Soy amor!...
Me río a carcajadas de la horrenda muerte...
Que venga ya, que no me asusto...
Peor que ella, es el calvario de la vida
y tener que soportar a los idiotas de este mundo!...
Loca, lunática, disparatada, tarada?...
Soy feliz siendo demente...
A veces hago como que el gato es una liebre
Pero no me equivoco... ni buzones me venden
Que se dañe quien no sabe amar...
Quien piensa que va a quedar para semilla,
Quien canta victoria... o se cree un buen pastor...
- Miente... - Miente descaradamente!
Lúcidamente, loquita soy...
Loca de atar, imbécil, confundida,
Haciendo versos, poesía, amando...
Hasta que mi vida esté ya concluida...
Y aún así, yo partiré sonriendo,
Valió el amor, vivir valió la pena...
No llevaré peso en la conciencia...
Me iré muy loca... mas serena!...
© Mary Trujillo
publicado por SISTER às 07:08
Não atam as minhas mãos as judiciosas sogas
nem o meu cérebro marcam os cânones impostos
minha consciência não me situa num certeiro plano
construído pelas tesas consciências racionais.
Mas este meu mundo erguido apenas
com as débeis cordas da minha harpa de sonhos
é tão maravilhoso como teus delírios
quando entre nuvens de loucura nos beijamos.
E ali vamos os dois, loucos unidos,
porque somos os dementes da noite
que numa tarde se deixaram, para sozinhos,
explorar o manicômio da vida.
Tua sem-razão te aproxima das minhas distâncias
de aquáticos poemas e peixes voadores
tua voz é o badalar dos sinos
que acordam o povo na alta noite
e une-se com meu canto de clarins
para arengar as hostes combativas.
Não há cadeado que possa emudecer meu coração
nem altivez profunda que me feche
o caminho para o pôr do sol
pois com certeza sei que ali está a liberdade.
Nossa insanidade inteira desatada
desandou o vento que marcava as valas.
Criamos asas que hoje nos levam em vôo
para os altos cumes da nossa maluquice.
Maluco sou dançando na tua louca festa!
Sou maluco! Isto sim é beleza!
© Alberto Peyrano
publicado por SISTER às 07:08
Assumo minha enorme loucura,
Sou produto de um tempo cruel,
Desaforado tempo de incertezas,
Onde a cara de pau rola a granel...
Desfolho margaridas com espinhos,
Colho rosas pretas, tantas sem cor...
Piso no jogo de xadrez e rainha sou,
Do ódio que impera... - Sou amor!...
Dou gargalhadas da temida morte...
Que venha logo, não me assusto...
Pior que ela, é o calvário da vida,
É suportar os idiotas do mundo!...
Maluca, lunática, treze, Zoró?...
Sou feliz sendo destrambelhada...
Vou chamando urubu de meu loro,
Sem engolir sapo, nem dar mancada...
Que se dane quem não sabe amar...
Quem pensa que nasceu para semente,
Quem canta vitória... se diz o maioral...
- Mente... - Mente descaradamente!
Lucidamente, amalucada sou...
Louca de pedra, imbecil, abilolada,
Fazendo versos, poesia, amando...
Até que minha vida seja encerrada...
E mesmo assim, partirei sorrindo,
Valeu amar, viver valeu a pena...
Não levarei peso na consciência...
Partirei tresloucada e serena!...
© Mary Trujillo
publicado por SISTER às 07:08
Com este teu jeito de menina corpo de mulher
pensamentos maliciosos, vem e envolve-me,
Leva-me para teu leito, seja ele onde for...
Faz-me teu homem!
Deixe-me possuir-te em todas as formas,
sem pudores lançar-me a teu corpo,
com meus lábios percorrer cada pontinho,
contorcer ao prazer acima das nuvens...
Quero te sentir, penetrar em teus olhos cor de céu,
fazê-la em êxtases múltiplos, minha deusa e única senhora!
Quero sugá-la ao néctar de tua própria alma
saboreá-la, em amor sem barreiras
Na escada, nos jardins, dentro da piscina...
Fazê-la dona das estrelas,
entre esta luz tocar e saciar meus desejos em teu corpo,
sob o reflexo da magia de nosso amor...
Tuas noites momentos intermináveis de prazer
com gosto de frutas exóticas,
com a magia dos deuses do olimpo...
Vem,
envolve-me através de teus olhos misteriosos
com sedução de tua pele,
o adocicado de tuas palavras,
ainda que sejas meu veneno letal;
mesmo assim, terei por estes momentos vividos,
a maior de todas as sensações...
A de tê-la possuído.
Paulo Nunes Junior
publicado por SISTER às 07:08
Como o burrico mourejando à nora,
A mente humana sempre as mesmas voltas dá...
Tolice alguma nos ocorrerá
Que não a tenha dito um sábio grego outrora...
Mario Quintana
publicado por SISTER às 07:08
¿Qué nos quedará
más allá de todos nuestros sueños?
Pasamos una vida
construyendo tantas cosas;
un gran amor,
un lugar bajo el sol.
Formamos una familia,
cuidamos de ella con amor y comedimiento,
multiplicada atención y noches mal dormidas.
Pero vale la pena
cultivar cada instante en nuestra casa colmada,
aunque a veces perezca que nos fatiga.
Hay tanta sonrisa, y la alegría
florece en cada rostro, en cada palabra.
Con el tiempo vamos grabando las páginas
de un libro escrito con lágrimas y sonrisas.
Si el trabajo nos impele hacia fuera,
con energía cumplimos los deberes.
Si hay estudios, lecturas en horas gratas,
a todo se atiende, en el movimiento incesante
de la rueda de la vida que hacia el frente nos proyecta.
Pero los años llegan y también el balance de la vida,
y, tantas veces, el cansancio.
Con todo, ni queremos pensar en parar...,
el nido vacío es ahora demasiado grande
para ubicar un corazón lleno de recuerdos.
Es preciso el frenesí de nuevas sensaciones,
tomar aliento para otros sueños.
Es necesario plantar nuevas simientes,
y comenzar un nuevo jardín.
Aunque el jardinero ya no sea el mismo,
y prefiera perezosamente columpiarse en la hamaca,
en las frescas tardes de otoño,
muerto de añoranza de las primaveras pasadas.
Aun así es preciso que despierte...,
al final aún conserva, de la vida, el soplo
que lo mantiene en pie y de ojos abiertos.
Que jamás desanime y baje la mirada hacia el suelo;
necesita buscar la línea del horizonte y volver a soñar.
Aún necesita plantar, cuidar y esperar pacientemente
que las flores del campo surjan coloridas y alegres,
para seducir a otros tantos mirares.
Al final, la gran misión
de irradiar amor y alegría a los demás,
está más allá de los sueños de cada uno de nosotros...
Guida Linhares
publicado por SISTER às 07:08