Eu ainda não sei controlar direito
A natureza exuberante e maravilhosa
Que existe dentro de mim;
As árvores da minha bondade
Ainda não dão frutos cem por cento doces;
O rio dos meus pensamentos,
ainda não despoluiu totalmente;
A lua cheia da minha vida,
Não consegui clarear indistintamente;
O mar da minha bondade,
E suas ondas gigantes, ainda machucam;
A chuva de compaixão do meu verão,
ainda causa inundação;
O céu azul do meu planeta íntimo,
Se veste de roxo vez em quando;
Preciso tomar providências :
Apesar de ser difícil, vou à luta.
Eu quero colocar na minha noite,
lampiões e depois estrelas;
Eu quero engravidar de amor;
Voar nas asas da Sabedoria e da Caridade;
E com muita certeza no coração,
Dar à luz a uma vida plena.
(Nando Cordel)
publicado por SISTER às 07:46
Eventualmente, lá no futuro,
se alguém perguntar se algum dia
te amei, diga que não, mas, que foi
venerada como santa, mesmo nas
ausências, que sempre
foram uma constância.
Diga que eu não sabia o
que fazer para vê-la feliz, para
que sorrisse com minhas
brincadeiras infantis.
Que cheguei a me fantasiar
com trajes de títeres, para
descontrair nossos encontros de
uma vida inteira, os mesmos que hoje
o próprio tempo reclama.
Não esconda que eu velava o
teu descanso, sem que soubesse
em que sonhos sonhavas, ou
com que estavas...
Não deixe de dizer que sufoquei
minha vida, para pode respirar
a tua, sem supor que
respiravas outros ares...
Se nada disso quiser dizer,
diga pelo menos que nunca
viu um sentimento tão sincero,
e, exiba as cartas que recebe todos os dias,
dizendo que ainda te quero.
Wilson de Oliveira Carvalho
publicado por SISTER às 07:46
Enquanto permaneças no corpo, vive de tal forma que, em te chegando o momento da partida, estejas equipado com paz e valores relevantes para oferecer aos amores que te precederam e que te aguardam, igualmente ditosos, cantando um poema de gratidão em irisado amanhecer de sobrevivências feliz.
Joana de Ângelis
publicado por SISTER às 07:46
Olhe sempre a vida que Deus lhe deu como
uma oportunidade de praticar o bem, de ajudar
a seu próximo.
Não pare em meio ao caminho olhando para trás,
como medir o que já fez ou deixou de fazer.
Enquanto estiver preso ao seu passado,
bom ou mal, estará deixando de praticar o bem.
De a mão a quem dela precise.
Uma palavra de amor e de consolo,
será sempre bem recebida,
como bênção que vem do Alto.
Um sorriso derramado com bondade cura
muitos males e alivia muitas dores.
Vá pela vida a espalhar esperança e muita alegria.
A recompensa virá depois.
publicado por SISTER às 07:46
Em uma mente grande todo pensamento que emerge tem um propósito,
uma relevância, uma aplicação.
Pensar construtivo, pensar criativo,
pensar compassivo, pensar saudável, pensar pacífico.
Negatividade e desperdício não tem a chance de entrar.
Uma mente grande é capaz de abraçar a diversidade no espírito da unidade.
Perda é convertida no melhor, espinhos são transformados em flores."
BK Suredra
publicado por SISTER às 07:46
Sonhe, mesmo acordado.
Viva suas emoções intensamente.
Imagine as ondas do mar.
Olhe o pôr-do-sol...
Olhe para o céu, conte estrelas.
Tome um banho de chuva.
Sorria para todos.
Cante uma canção.
Ouça uma música...
Tome um banho de espuma.
Perca tempo com você.
Lute pelos seus sonhos.
Faça o que tem vontade.
Não tema parecer ridículo.
Mostre o quanto está feliz.
Não deixe de ser criança.
Tenha coragem das pequenas coisas.
Telefone para os amigos e diga:
- Gosto muito de você!
Fale mais: eu te amo!
Demonstre:
- Preciso de você!
Dê uma boa risada.
Compre um presente para você.
Mude alguma coisa.
Esqueça rancores, perdoe.
Permita-se o erro.
Aceite um elogio sem se desculpar.
Sinta-se com direito de brilhar!
Viva com paixão!
A eterna luta contra o tempo.
publicado por SISTER às 07:46
o poema não tem mais que o som do seu sentido,
a letra p não é primeira letra da palavra poema,
o poema é esculpido de sentidos e essa é a sua forma,
poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva
fresca e os teus lábios, lê-se sorriso estendido em mil
árvores ou céu de punhais, ameaça, lê-se medo e procura
de cegos, lê-se mão de criança ou tu, mãe, que dormes
e me fizeste nascer de ti para ser palavras que não
se escrevem, lê-se país e mar e céu esquecido e
memória, lê-se silêncio, sim, tantas vezes, poema lê-se silêncio,
lugar que não se diz e que significa, silêncio do teu
olhar de doce menina, silêncio ao domingo entre as conversas,
silêncio depois de um beijo ou de uma flor desmedida, silêncio
de ti, pai, que morreste em tudo para só existires nesse poema
calado, quem o pode negar?, que escreves sempre e sempre, em
segredo, dentro de mim e dentro de todos os que te sofrem.
o poema não é esta caneta de tinta preta, não é esta voz,
a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
o poema é quando eu podia dormir até tarde nas férias
do verão e o sol entrava pela janela, o poema é onde eu
fui feliz e onde eu morri tanto, o poema é quando eu não
conhecia a palavra poema, quando eu não conhecia a
letra p e comia torradas feitas no lume da cozinha do
quintal, o poema é aqui, quando levanto o olhar do papel
e deixo as minhas mãos tocarem-te, quando sei, sem rimas
e sem metáforas, que te amo, o poema será quando as crianças
e os pássaros se rebelarem e, até lá, irá sendo sempre e tudo.
o poema sabe, o poema conhece-se e, a si próprio, nunca se chama
poema, a si próprio, nunca se escreve com p, o poema dentro de
si é perfume e é fumo, é um menino que corre num pomar para
abraçar o seu pai, é a exaustão e a liberdade sentida, é tudo
o que quero aprender se o que quero aprender é tudo,
é o teu olhar e o que imagino dele, é solidão e arrependimento,
não são bibliotecas a arder de versos contados porque isso são
bibliotecas a arder de versos contados e não é o poema, não é a
raiz de uma palavra que julgamos conhecer porque só podemos
conhecer o que possuímos e não possuímos nada, não é um
torrão de terra a cantar hinos e a estender muralhas entre
os versos e o mundo, o poema não é a palavra poema
porque a palavra poema é uma palavra, o poema é a
carne salgada por dentro, é um olhar perdido na noite sobre
os telhados na hora em que todos dormem, é a última
lembrança de um afogado, é um pesadelo, uma angústia, esperança.
o poema não tem estrófes, tem corpo, o poema não tem versos,
tem sangue, o poema não se escreve com letras, escreve-se
com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos, gritos e
incertezas, a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
a palavra poema existe para não ser escrita como eu existo
para não ser escrito, para não ser entendido, nem sequer por
mim próprio, ainda que o meu sentido esteja em todos os lugares
onde sou, o poema sou eu, as minhas mãos nos teus cabelos,
o poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me
olhas, o poema é o teu rosto, eu, eu não sei escrever a
palavra poema, eu, eu só sei escrever o seu sentido.
*José Luís Peixoto*
publicado por SISTER às 07:46
De noite as ruas perdem todo o sangue
de quem por elas durante o dia passa,
e no chão imperfeito acontece a
insónia escura de um longo dia, e
o silêncio
é maior do que o trovão que dele
instantâneamente nasce,
e o ar vibra com as águas de um rio,
o vento na copa das árvores estremece
o fundo das costas, um leão surge rente
ao fundo dos olhos,
e nada acontece, porque
de noite as ruas perdem todo o sangue
de quem por elas durante o dia passa.
Nuno Morna,
publicado por SISTER às 07:46
Estar atento
Para ouvir
O silêncio
Que antecede
Ao acontecimento
Bom ou ruim
E às vezes
Nem assim
O ouvimos
ABittar
publicado por SISTER às 07:46
Nos umbrais de minha janela escuto
O que parece ser um pardal ferido,
E com os olhos buscando perscruto,
Ao longe, um qualquer jaez gemido,
Que me leve até à pobre e dita criatura,
Para me acercar dela e a proteger,
Com gazes limpas, à moda de atadura,
Que o seu voo teve algures padecer.
Por fim, encostado ao umbral, descobri
O pobre animal com uma asa derreada
E meigamente o tomei para mim.
Quase febril tirei tudo de cima da mesa,
E na parte onde esta era mais espelhada,
Fiz-lhe ninho e mantive a chama acesa.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 07:46
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Meireles, Cecília
publicado por SISTER às 07:46
Nasceste da fonte amarga,
escorrendo salgada
pela face sizuda,sem tranca.
Ah! se pudesse,
te prenderia dentro de mim,
para que não pudesses ousar
em testemunhar,no mundo,essa dor,
ciente que alagarias meus sentimentos,
até afogá-los na tormenta
deste viver chuvoso,
que nubla minha alma guerreira,
dificil de deixar-se abater
na luta contra a loucura que sinto,
em trapos,secando os farrapos ao vento,
deixando as gotas tristes
sorverem o ar redentor,
que seca e cura as tristezas,
fazendo, no tempo,passar a dor,
enaltecendo e purificando
o meu amor.
Schyrlei Pinheiro
publicado por SISTER às 07:46
Na urgência do amor
fomos tempestade !
Depois que relampejamos,
ficamos cintilando
até adormecermos...
Eme Paiva
publicado por SISTER às 07:46
Hay en mí,, toda una postura,
Desconcertante,
Que, durante,
Mi investida,
Revela em mí toda la altura,
Com que me hice hombre aquí,
De principio, medio y fin.
Para algunos soy indiferente,
Pués no caigo en palabreados,
Dichos y releidos al revés.
Mi poesía habla por mí,
Y, si soy diferente,
Es apenas mi genio manifestandose,
Como se debe portar.
Envidia de muchos, en este mundo,
Donde más vale parecer,
Que ser,
Sigo mi camino sin verdugo,
En este volante infecundo,
Donde lo que vale es la soberbia
Y un buén partido de izquierda.
Contrario a todas las religiones,
Créo, sí, en el hombre,
Que muchos consumen,
Como cosa suya.
Ah! que resistan los corazones,
Y que ellos sepan luchar,
Sin armas con que matar!
Al final no soy solo uno más,
Que a todo dice que sí,
Para parecer mejor, en fin,
Cuando no se quiere tocar,
En el establecido ayuno
Que nos quieren imponer,
Sin cualquiera punt d'honeur.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 07:46
Tus ojos tristes no reflejan la sorrisa
De tu boca; tu gesto inconformado,
Se parece a una pequeña risa,
Que, cuando necesária, no se encuentra.
Tus cabellos son sueltos como una vela
Embarcadiza, en un velero cualquiera;
Allá va la barca, allá va el mar con ella,
Trae detrás los brazos languidos de una mujer.
Y, tus ojos castaños, perdigueros,
Se parecen a las tablas de este barco,
De tan puros que son., verdaderos.
Tus labios son de satén y carmín,
Que hasta el propio tiempo parece corto,
Para hablar de la belleza. que hay en tí.
Jorge Humberto
publicado por SISTER às 07:46
Sou uma jovem senhora
que acredita ainda em amor
que sonha com um amor verdadeiro, por inteiro
e espera como uma adolescente...
Que ainda sente ilusões...
Que sonha com um amor chegando
no primeiro olhar e sorriso...
Destes amores cheios de paixão
com muitos beijos e carinhos
como preparação
para uma noite de amor...
Uma noite repleta de desejos e realizações!
Sou uma jovem senhora, uma senhora jovem
que sonha, que ama, que quer ainda ser amada
como da primeira vez!
Que não quer deixar de amar
mesmo que seja para mais uma vez...
Sofrer e chorar!
Gena Maria
publicado por SISTER às 07:46