Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
(MÁRIO QUINTANA)
Bem Vindos
O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem.
La Ro
16
Jun 07
O maltrapilho que me vem ao encontro,
Não se lembra de mim - bem sei que não-,
Mas dele me recordo muito bem:
Nesta rua, onde agora anda sozinho,
A estender a mão à caridade,
Já passou com seus carros importados;
Já recebeu aplausos de amigos (?!!!!)
E, naquela mansão já residiu.
Contudo, à ninguém prestava auxílio...
Dizia " não " à quem o procurasse,
Por um favor qualquer - sem ter remorso.
Dizia-se cristão, ia à Igreja,
Mas desviava os olhos ou virava o rosto,
Quando os humildes o cumprimentavam.
Um dia uma senhora ( eu vi ), chorando,
Rogou-lhe pão para seu filho, ao colo,
E ele disse: Não!!!
De outra feita, um velho sem recursos,
Pediu-lhe que comprasse algum remédio,
E ele disse: Não!!!
Agora a sua mão, na minha frente,
Se estende incerta e trêmula se abre
E, com vergonha, ele me pede aflito:
"UMA ESMOLINHA PELO AMOR DE DEUS".
E eu preciso ajudá-lo a qualquer custo,
Para não estar, um dia, igual a ele,
Pedindo o que num deu,
Numa rua qualquer desta cidade.
Sá de Freitas
Em todos os momentos
meu olhar vigia o tempo,
que teima em desbotar
os sonhos meus,
sempre a me acenar
com lágrimas de adeus.
Resisto!
Não permito que ele seja
senhor dos meus adventos.
Insisto!
Meu coração é mar aberto
onde astros luzem num entrelace,
mesclando água-vida-magia.
Quando a alma queda desbotada,
abro as portas e encaro a luz do dia
e, quando perco-me na sombras
da madrugada,
aguardo ansiosa o alvorecer
onde no beiral da janela,
flores teimam em florescer.
E mesmo cansada da jornada,
estendo os braços para abraços
e agradeço a dádiva de viver!
Anna Peralva
Sinto necessidade de esquecê-la,
porque agora, não posso tê-la,
passo as noites inteiras imaginando
que está perto de mim, me amando...
Nesses delírios você é só minha,
Nem um segundo a deixo sozinha,
cercando-a de mil carinhos e beijos
e realizando cada um dos seus desejos...
Nesses sonhos você está sorrindo,
juntos bebemos até ficarmos caindo,
e fazemos coisas difíceis de acreditar
como fazer amor flutuando no azul do mar...
Mas quando amanhece sinto-me triste,
quero sonhar, mas o despertador insiste,
com o coração cheio de solidão e amargura
parto para mais um dia sem ternura...
Lupércio
Sinto necessidade de esquecê-la,
porque agora, não posso tê-la,
passo as noites inteiras imaginando
que está perto de mim, me amando...
Nesses delírios você é só minha,
Nem um segundo a deixo sozinha,
cercando-a de mil carinhos e beijos
e realizando cada um dos seus desejos...
Nesses sonhos você está sorrindo,
juntos bebemos até ficarmos caindo,
e fazemos coisas difíceis de acreditar
como fazer amor flutuando no azul do mar...
Mas quando amanhece sinto-me triste,
quero sonhar, mas o despertador insiste,
com o coração cheio de solidão e amargura
parto para mais um dia sem ternura...
Lupércio
O calor esta grande e meu corpo pega fogo.
Sinto falta de você, perto de mim.
Sinto falta de você, perto de mim.
Sua mãos suaves a deslizar no meu corpo
e restaurar a temperatura exata.
Vou correndo para um banho de espuma.
Sentir o prazer que me envolve
seus carinhos a meia luz.
Reviver esse momento mágico de amor e tesão.
Estar a sonhar com seu corpo junto ao meu
Com seus beijos e juras eternas
Deixar explodir o meu desejo por você
Mais uma vez.
Sávio Assad
Tempestuoso encontra-se todo meu coração,
A luz que o iluminava tem três dias que sumiu...
Ele agora chora mais que uma chuva de verão,
Embora todo o céu se apresente em azul anil...
Sinto-me solta no espaço... falta-me até o chão!
Com meus olhos círculos fantasiosos eu traço...
Olhando para o universo e sua vasta imensidão.
Não estou mais em pé, mas ao léu no espaço!
As estrelas do teu olhar que tanto me aturdiram,
São os que os meus procuram incessantes em vão...
Parece que junto contigo elas certamente seguiram,
E mais ainda se desanda aqui o meu triste coração...
Em que esquina da vida você se encontra perdido?
Procuro tanto e não acho nem quem me responda...
Todo o meu ser está aqui te procurando aturdido,
Qual policial que sai toda a noite.... para sua ronda...
E cada vez mais a solidão em grande tempestade,
Não deixa nem sequer um tempo para eu raciocinar...
Tua falta toma conta de mim com tanta voracidade,
Que embora eu queira, não tenho mais como brecar...
Joyce Sameitat
A tela pintada com pinceladas de tinta
parece fadada a me dizer : Sinta!
O vermelho de mim,
com meu falso pudor.
O branco de mim,a paz com rancor.
O verde gritante,esperança e dor.
Eu me finco assim,
nesta contradição.
O pintor que a fez,
num momento me desfez.
Cores misturadas
desnudando a insensatez
do meu mundo borrado.
Sentimentos mesclados,
numa infeliz distorção,
fazendo de mim figura em abstração.
Watfa Ramos
Vês-me assim tão disponível?
Mãos frias e trêmulas caídas
ao longo do corpo, em nível
retorcido, paralelo, na medida
certa do meu ardor, querência.
E que te deslumbres por mim,
c´o peito nú em transparência,
o amor e desejo rubro-carmim
que latejam a pele na efluência
larga e total dos meus odores,
os que se desprendem de mim.
Te quero!
Watfa
Reminiscente sueño, persuasivo,
Me eleva a lo mas alto de mi,
En un esfuerzo aparente, decisivo,
Intentando descubrir lo que hay allí.
Me eleva a lo mas alto de mi,
En un esfuerzo aparente, decisivo,
Intentando descubrir lo que hay allí.
Me niego a la razón maniqueísta,
pero, con cautela, no haga mal a vosotros,
Todo el hombre es un trapecista,
Juzgando maléfico a su igual.
pero, con cautela, no haga mal a vosotros,
Todo el hombre es un trapecista,
Juzgando maléfico a su igual.
Tenemos entonces aqui dos faces,
Que el sueño mío ya reveló,
Una son las benignas catarsis,
Que el sueño mío ya reveló,
Una son las benignas catarsis,
Otra el propio demonio en persona,
Que a ninguno dudó
Ser juguetona em noches de luna.
Que a ninguno dudó
Ser juguetona em noches de luna.
Jorge Humberto
Na minha caixa
não tenho mais
o seu bom dia.
Devo chorar,
espernear,
gritar,
me descabelar
ou simplesmente partir
para outra fantasia?
Dê-me um 'alô',
um 'oi',
um 'tô aqui'.
Preciso deste carinho
para começar bem o meu dia.
odeteronchibaltazar
Quero crer
que ainda serei solução,
ainda estarei de pé,
ainda ficarei inteira,
ainda serei o hino que alguns cantarão.
Quero crer
que meu prazo de validade,
embora vencido,
ainda será de grande valia e que,
embora tenha passado da idade,
estarei pronta
para o exagero e a fantasia.
Quero crer
que sou amada
na mesma proporção
e condição.
Quero crer nos dias
e esperar pelas noites
com o mesmo tesão.
Quero ser a vida sem revide,
quero o prazer
de me lambuzar
com sorvete
ou com o amor.
Quero ser o convite
e a sua livre escolha
de recusar
ou aceitar.
Quero ser somente eu mesma
livre, leve e solta.
odeteronchibaltazar
Dicen que soy el poeta de las causas justas,
De antes aqui perder de lo que callar,
Apenas no me niego algunas cosas injustas,
Ni de ellas hujo o intento olvidar.
De antes aqui perder de lo que callar,
Apenas no me niego algunas cosas injustas,
Ni de ellas hujo o intento olvidar.
Puedo ser el poeta de las horas tristes,
adonde el remanso no hizo hospedaje,
Mas sólo con meus puños resistentes:
Los lleva, los cierra a su pasaje.
adonde el remanso no hizo hospedaje,
Mas sólo con meus puños resistentes:
Los lleva, los cierra a su pasaje.
y es tanta la pobreza y la esclavitud,
Que yo digo este poema al cantar,
Para que se acabe con la servidumbre,
Que yo digo este poema al cantar,
Para que se acabe con la servidumbre,
De quien considere sin tener corazón,
Viendo una criatura al desfilar,
Por no tener nei una migaja de pan.
Viendo una criatura al desfilar,
Por no tener nei una migaja de pan.
Jorge Humberto
Todo lo que soy o no soy, a pocos dije respeto,
No por prudencia mía o poca aceptación,
Que es de los amigos que guardo toda la ponderación,
Mas porque así me veo y este es mi modo.
No por prudencia mía o poca aceptación,
Que es de los amigos que guardo toda la ponderación,
Mas porque así me veo y este es mi modo.
Modo de ser o no ser, que traigo bien dentro del pecho,
Así la gente que protejo y toda esta exaltación
De ver en los otros toda la recatada y sutil imperfección,
Que hace de mi, como de ellos, un ser mas que perfecto.
Así la gente que protejo y toda esta exaltación
De ver en los otros toda la recatada y sutil imperfección,
Que hace de mi, como de ellos, un ser mas que perfecto.
Y, en las cuerdas del corazón, va quien sabe lo que quiere,
Sin exagerados, prolijos y mal afamados discursos,
Como si, al fin, se tratase de una persona cualquiera.
Sin exagerados, prolijos y mal afamados discursos,
Como si, al fin, se tratase de una persona cualquiera.
Mas, cautela, tu eres nada y a la nada has de regresar,
y entonces - en cuanto sea tiempo – toma la vida por los pulsos,
Sal a la calle, y, como un prisionero, no te dejes olvidar.
y entonces - en cuanto sea tiempo – toma la vida por los pulsos,
Sal a la calle, y, como un prisionero, no te dejes olvidar.
Jorge Humberto
Tudo o que sou ou não sou, a poucos diz respeito,
Não por prudência minha ou pouca aceitação,
Que é dos amigos que guardo toda a ponderação,
Mas porque assim me vejo e este é o meu jeito.
Não por prudência minha ou pouca aceitação,
Que é dos amigos que guardo toda a ponderação,
Mas porque assim me vejo e este é o meu jeito.
Jeito de ser ou não ser, que trago bem dentro do peito,
Assim a gente que protejo e toda esta exaltação
De ver nos outros toda a resgatada e subtil imperfeição,
Que faz de mim, como deles, um ser mais que perfeito.
Assim a gente que protejo e toda esta exaltação
De ver nos outros toda a resgatada e subtil imperfeição,
Que faz de mim, como deles, um ser mais que perfeito.
E, nas cordas do coração, vai quem sabe o que quer,
Sem exagerados, prolixos e mal afamados discursos,
Como se, enfim, tratasse de uma pessoa qualquer.
Sem exagerados, prolixos e mal afamados discursos,
Como se, enfim, tratasse de uma pessoa qualquer.
Mas, cautela, tu és nada e ao nada hás-de regressar,
Então – e enquanto é tempo – toma a vida pelos pulsos,
Sai à rua, e, como um prisioneiro, não te deixes olvidar.
Então – e enquanto é tempo – toma a vida pelos pulsos,
Sai à rua, e, como um prisioneiro, não te deixes olvidar.
Jorge Humberto
Os teus lábios,
São calados,
O grito,
Está presente:
E és todo o mundo,
Toda a gente,
Quando danças,
Teus antepassados.
Ah, mas aqui,
O que emana,
Não é vontade de fogo,
Na sujeição do lenho...
É mais uma intenção,
Sangue,
Carne e devoção,
De mostrar na pele
O senho,
Da tua Alma Cigana
São calados,
O grito,
Está presente:
E és todo o mundo,
Toda a gente,
Quando danças,
Teus antepassados.
Ah, mas aqui,
O que emana,
Não é vontade de fogo,
Na sujeição do lenho...
É mais uma intenção,
Sangue,
Carne e devoção,
De mostrar na pele
O senho,
Da tua Alma Cigana
Jorge Humberto
subscrever feeds
mais sobre mim
