Então vá se perder Tudo que eu te disse Eu nem tinha pra dizer Os lugares parecem Te prender ao chão Teus pés aonde irão Sem mim? Então vá se trocar Lavar o seu passado Mudar pra não mudar Os passos Sapatos, pés E tornar-te quem tu és O mistério da sua fé Em si Crescer, sumir, partir, chegar Revirar e se descobrir Se elaborar, se transformar... Quando Você irá cair Em si? Me diz como fugir do que levamos por dentro Me diz como fugir do que levamos por dentro Então vá se perder Tudo que eu te disse Eu nem tinha pra dizer Os lugares parecem Te prender ao chão Teus pés aonde irão Sem mim?
Ana Carolina
A poesia é brisa, que canta no vento,
É lágrima que cascateia no mar,
São letras que navegam no rio,
à favor, ou contra a correnteza,
É a luz das estrelas e do luar,
abrindo e fechando as cortinas do tempo.
É dor, amparo, solidão,
É riso, é o prazer, é a satisfação,
É metal, é pedra, é pau, é pó,
É sonho, é verdade, é fantasia.
É luz nas sombras da alma,
É vida pulsando, à cores,
brincando de pintar e polir
o valor do eterno amor
Schyrlei Pinheiro
Sentimos noite fria,
como se fosse manto,
cobrindo ausência da alegria.
Desafinamos cantos,
tristeza sentida nas notas,
ecoa soluços e prantos.
Na ausência do calor,
pedimos toques que suavize dor,
carinhos com centelha de amor,
para iniciar cantos de louvor.
Clamamos presença do amor!
No frio arrepiante,
despimo-nos dos medos,
largando-os aos ventos uivantes.
Nossos lábios pronunciam uma prece,
percebemos que dessa tristeza,
nosso coração não carece.
Suplicamos calor, contido no amor!
Em atos sublimes almas se tocam...
Sorrindo, recebem-se... Aquecem-se!
Você e eu Somos complemento um do outro. Eu sem você Sou nada, Sou sombra Na fraca luz da madrugada. Você e eu Somos cúmplices, Almas gêmeas, Metades separadas Tentando desesperadamente Se encontrar. Você e eu Somos parte um do outro... Você sem mim É metade de alguém, De uma maçã, Eu sem você, Sou metade de ninguém, Uma pétala de uma flor. Um sem o outro, Somos metade de amor. Nós dois juntos Somos a vida, Alegria reunida, Somos o sol da manhã, A calma da tarde, O romantismo do anoitecer. Nós juntinhos, Somos fogo ardento, Somos pura emoção, Somos uma louca paixão... © Letícia Thompson |
Quantas noites sozinha fiquei,
Quantas vezes tentei enganar meu coração
Quantas vezes tentei não chorar.
Quantas vezes...
Não sei, perdi a conta...
Foram tantas que nem consigo mais lembrar
Ele grita e chora de saudade
Quando a noite chega
Ele procura em silencio
Na lua nas estrelas.
Busca seu perfume
Seu calor...
E volta desiludido, dizendo...
”Mais uma noite de solidão
Assim vou vivendo sozinho
Tentando ser feliz.” ·
Fafá Lima