Dos poros exalava o perfume
O agridoce do cio
num inebriante arrepio
Do corpo exalava o calor
O fogo selvagem
anunciando a viagem
Do sonho exalava o efeito
O sentido aceso
no aflorar do desejo
Da mente exalava a tortura
O doce querer
que antecede o prazer
Da boca exalava o gemido
O som sem sentido
que abafa um grito
Do ato exalava o carinho
O gozo antecipado
do próprio ato de fato
Todos os sentidos despertos
No corpo o eufemismo
exalando o erotismo
Sapeka
Canção chegando imortalizando
infindável jamais acabar
cuja lembrança sobreviverá
vento trazendo brisa
encurtando tempo
velocidade do encontro nas nuvens
que começa a se compor
formato definitivo da nascente
ser a essência de ser amada
aliança
simbolizando garantia do cumprimento
finalidade que se toca
luar espaço íntimo
felicidade que atrai atenção
espetáculo que encanta.
LUCIA TRIGUEIRO