Que venha o fim do mundo, nem ligo,
não sou eu que apago o sol,
nem quem acende a lua depois das seis,
fico aqui esperando qualquer dia pra morrer.
 

Nas caladas da noite,
com o silêncio
em minha companhia,
sinto a presença
da tua ausência...

Chegam de mansinho, 
sem aviso prévio
e tomam de assalto 
nossos corações.

Içam suas velas,
erguem suas bandeiras,
demarcando o território
do navio do amor.

Ladrões de corações
sensuais e misteriosos,
sorvem o doce néctar dos deuses
quase que de um gole só
e inebriados, cantam alegremente,
canções de amor para conquistar.

E quando conquistam partem
rumo ao novo porto,
acenando ao longe
lenços coloridos de saudade.

São piratas do amor, aventureiros
buscando emoções.
Emoções, nada mais!

Simone Borba Pinheiro

O vento chega com a fria brisa e num lapso
 de tempo, levou as minhas dores, trazendo a
 
 paz do teu amor, eliminando a insônia insistente
adormecendo a solidão de dias intermináveis
 
 Tua presença, mesmo invisível aos meus olhos
 é alegria  para o meu coração, que só é feliz contigo
 
A brisa sorri para o vento, e pássaros cantam a
  nossa canção, melodia que nos leva às nuvens
 
e, através da luz da lua, vejo as tuas mãos
prenderem-se às minhas, pelo elo do infinito...
 
Fostes, meu sonho e realidade...
 Hoje, és a minha saudade
 
Zilca P. Tricerri

                                                            Tahyane Rangel

Não lavei os seios
pois tinham o calor
da tua mão.

Não lavei as mãos
pois tinham os sons
do teu corpo.

Não lavei o corpo
pois tinha os rastros
dos teus gestos;
tinha também, o meu corpo
a sagrada profanação
do teu olhar
que não lavei.

Nem aqueles lençóis,
não os lavei,
nem os espelhos
que continuam
onde sempre estiveram:
porque eles nos viram
cúmplices, e a paixão,
no paraíso,
parece que era.

Lavei, sim,
lavei e perfumei
a alma, em jasmim,
que é tua, só tua,
para te esperar
como se nunca tivesses ido
a nenhum lugar:

donde apaguei
todas as ausências
que apaguei
ao teu olhar.

 Soares Feitosa