Esperar... é verbo do amor universal
começando pela mãe, em gestação
espera seu rebento, de si, o comensal
rica partícula, de rico coração.
Segue a vida esperando, incansável
pelas idas e vindas, às vezes orando
às vezes, tão tristemente vulnerável
aos sonhos que vão morrendo, passando...
Mas se além de mãe, puder ser mulher também
espera seu homem, o tempo que precisar
vindo pelas estradas, pelo ar, pelo mar...
Não se pode querer, do verbo esperar
via tão longa, que não se possa ver, porque
ele é feito da esperança que se tem!
Tere Penhabe
Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
Na Criação, o clímax da grandeza.
Na caridade, o vértice da virtude.
Na paz, a culminância da luta.
No êxito, a exaltação do ideal.
Nos filhos, a essência do amor.
No lar, a glória da união.
De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
Maternidade esperada.
Maternidade imprevista.
Maternidade aceita.
Maternidade hostilizada.
Maternidade socorrida.
Maternidade desamparada.
Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam a chave de controle do mundo.
Mães de sábios...
Mães de idiotas...
Mães felizes...
Mães desditosas...
Mães jovens...
Mães experientes...
Mães sadias...
Mães enfermas...
Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.
Mães da Terra! Mães anônimas!
Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente - esperança do Céu a repontar-vos do peito!...
Não surge o berço em vosso coração por acaso.
Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.
ANDRÉ LUIZ
AGNALDO TIMÓTEO
Patrícia sentiu o seu mundo desabar quando após onze anos de casamento o marido lhe anunciou o divórcio e a saída de casa. O seu primeiro pensamento foi para os filhos: o menino tinha apenas cinco anos e a menina, quatro. Dúvidas a assaltaram. Será que conseguiria manter a família unida? Será que conseguiria transmitir-lhes o sentido de família? Será que, criando-os sozinha, conseguiria manter o lar, ensinar-lhes ética, valores morais e tudo o mais que precisavam para a vida?
O importante era tentar. E ela tentou. Durante a semana arranjava tempo para rever os deveres de casa, discutir a importância de fazer as coisas certas. Nos fins de semana, um programa infalível era levá-los à evangelização. Era importante alimentar os seus espíritos com as lições de Deus, de Jesus, a Boa Nova.
E assim passaram dois anos. No dia das mães foi preparada uma homenagem muito bonita, num templo religioso. Falou-se a respeito da difícil tarefa de ser mãe e do reconhecimento que esta merecia. Finalmente, foi pedido a cada criança que escolhesse, dentre as tantas flores que estavam em vasos, uma para dar à sua mãe, como símbolo de amor e de estima.
Os filhos de Patrícia encaminharam-se até as plantas. Enquanto esperava, Patrícia pensava nos momentos difíceis que os três tinham passado juntos. Olhou para as begônias, para as margaridas, para os amores-perfeitos e ficou a planear onde plantar o que escolhessem para ela. Com certeza, uma linda flor, demonstração do seu amor.
Todas as crianças já tinham escolhido as flores e ofertado às suas mães, enquanto os filhos de Patrícia continuavam a escolher. Pareciam levar a tarefa muito a sério, olhando atentamente para cada vaso. Finalmente, com um grito de alegria, acharam uma ao fundo. Com sorrisos a iluminar os seus rostinhos, avançaram até onde ela estava sentada e a presentearam com a planta escolhida.
Ela olhou estarrecida. A planta estava murcha, com aspecto doentio. Aflita, aceitou o vaso que os filhos lhe estendiam. Era óbvio que tinham escolhido a planta mais pequena e mais doente. Nem flor tinha. Ela sentia vontade de chorar. Mas eles olhavam para a plantinha todos orgulhosos, sorridentes. Mais tarde, já em casa, Patrícia não se conteve e perguntou:
- Por que é que no meio de flores tão bonitas, vocês escolheram esta para me dar?
Ainda orgulhoso, o menino declarou:
- Mamãe, esta era a que estava a precisar de ti!
Enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, Patrícia abraçou os dois filhos, com força. Eles acabavam de lhe dar o maior presente do dia das mães que jamais podia ter imaginado. O reconhecimento de que o seu trabalho e sacrifício, não eram em vão. Eles estavam a crescer bem e tinham percebido a linguagem da renúncia e do amor.
***
Não existe uma forma de ser mãe perfeita, mas um milhão delas de tentar ser boa mãe. Esmere-se por ser boa mãe bastante para seus filhos. Sensata, para transformá-los em homens de bem. Correta, para lhes dar exemplos de cidadania. Digna, para exemplificar honra. Amorosa, para lhes falar das coisas que não perecem e criam tesouros além da vida material.
(Com base no Capítulo "Flores para o dia das mães", de Patrícia A. Rinaldi,
Quando a vida nasceu,
tudo disse: MÃE!
Dona da vida e da força,
exclamaram os homens exaltados!
No alto das montanhas
entoaram cânticos, fizeram sacrifícios.
Maria! Na hora do evangelho,
conforta a alma fragilizada
dos que têm fé e esperança.
Mater Dolorosa que sente ao filho
quando rompe suas entranhas.
Mãe que geme junto ao túmulo do filho
que nunca mais a beijará de novo.
Mãe que sofre o martírio do abandono,
cujo desvelo alguns filhos esqueceram,
mas que perdoa, que perdoa sempre,
e bendiz àquele que tanto lhe magoa.
Mãe que se curva sobre nossa fronte,
retomando cantos que revivem sonhos,
fazendo carícias que renovam a alma.
Mães dos que buscam paz sem encontrá-la
e dos que vencem e alcançam fama.
Mães de mendigos e de milionários,
sejam benditas em todos os idiomas!
Mães de todos os homens, mães admiráveis,
Em algum lugar onde nunca estive muito além do que possa existir, teu silêncio guarda teu segredo.
Em teu gesto mais frágil, há coisas que me envolvem
ou que não posso tocar, porque estão muito distantes, além do que posso entender.
teu caminhar da alma, em meus pensamentos, facilmente se descerra, deixando transparecer tua imagem vestida de amor.
Ao desfolhar-te como ramos, em meus pensamentos, folha por folha, do que existe em ti, como faz o jardineiro ao seu jardim, por toques habilidosos, misteriosamente do teu segredo, abre-se a primeira flor, fantasiada no teu amor.
Nada do que posso perceber ou entender, se compara
ao poder da tua imagem, cuja beleza
uni-se a tua formosura.
E me entrego novamente à nebulosa de meus pensamentos, buscando vestir-me de esperança para compreender o amor.
Nada sei do que te faz tão poderosa ao inundar minha alma de ternura e amor, quando penso em ti.
Mas algo em mim compreende apenas, que a voz de tua alma e a beleza do teu amor, são mistérios mais profundos que todos os mares, mais intenso que todas as ânsias e desejos.
Por isso és o segredo de minha inspiração; Dos acordes a canção; Da melodia a poesia; Da primavera a flor...
Porque és amor, o amor mais belo e profundo e não se compara a um amor deste mundo,
mas que amo e venero e no meu coração sempre quero
===Edmen===
Um dia distante
Sofri as dores de amor
Pensei que o mundo tinha caído
Que o chão não suportaria
O peso da minha decepção.
Pensei que meus olhos
Teriam para sempre formato de lágrimas
Que o sorriso não mais brotaria
De meus lábios que foram tão beijados.
Na euforia de sentir-me amada
Não percebi que nos beijos
Haviam fel disfarçados de mel
E que nos olhos dele
O brilho era de maldade
Em noite de escuridão.
Um dia distante
Descobri que meu alimento de amor
Nada mais era que disfarces engalanados
Ocultando uma alma esfarrapada e tão escura
Que ele um pobre infeliz
Perdeu-se nas trevas da mentira.
Hoje, sou libélula colorida
Beijando as flores
Que adornam o riacho da felicidade
Em companhia de galante pássaro
Que ganhou o meu coração
E canta a melodia
Do nosso amor.
OlhosDe£in¢e
Vales apenas um dia, o dia da Mães,
Era teu costume...
Bordar lençóis...Bordar toalhas...
Bordar as iniciais...
Teu amor ainda é lume...
Desfaz dores... Vence batalhas...
Aponta os ideais...
Aquelas letras gravadas...
Em panos de cetim ou linhaça...
Diziam tua doçura...
As bordaduras lembradas...
Fazem saudade que vem e traça...
Teu perfil... Mãe candura...