Ah poeta, que bom saber que não estou sozinha
que vês o amor onde o vejo também
pois sinto a ternura nas algas marinhas
deixadas na praia, ninguém sabe por quem...
E lá no estuário, ouço a serenata
de peixinhos tantos que saltam pra mim
ao longe as traineiras, preguiçosas balançam
pousadas no amor de ondas que não se cansam...
Já vi duas gaivotas marotas na areia
trocando os carinhos que as duas anseiam
eu me emocionei passando por elas
rondando na praia onde elas passeiam...
No jardim da orla, aquela flor formosa
pra mim ela está, nada mais que dengosa
colhendo o amor, de uma outra flor
que recita poemas em verso e em prosa...
E até os pombinhos, tão impertinentes
só trocam carinhos, não aborrecem a gente
tudo que eles querem, à sua maneira
é viver o amor pela vida inteira!
Se eu não vir o amor, se eu não o sentir
oh Deus, morrerei, foi pra isso que eu vim
para aprender a amar, aboná-lo sempre
que o mundo sem ele, é um mundo carente!
Tere Penhabe