Ser mulher é ser arte única.
Uma obra de rara beleza.
Qual guerreira nórdica
Em sua suntuosa realeza.

Despe-se de sua fortaleza
Para ser mundana e pudica.
Qual guerreira nórdica
Em sua suntuosa realeza.

Por muitas vezes cínica
Porém, com fugaz sutileza.
De uma vontade mágica
Para transcender com nobreza.
Qual guerreira nórdica
Em sua suntuosa realeza.



Luis Carlos Mordegane

Na pauta,
um fá sustenido...
Solitária,
a nota impera
sem perceber
que se torna neutra
quando parte do contexto.
No teu sonho
eu me perco,
embora única,
em fases transitórias
dos teus desejos.

Cleide Canton

Meus olhos brilham em azul de um céu de amor,
refletem você, a imagem que em mim ficou,
desejo, o não querer querendo-o ainda mais
enquanto desvendo os segredos que guardou.

 
Sim, é loucura, minha ou sua, ou quem sabe nossa,
saber-me amada, amando, madrugada,
a chuva, pés descalços pisando a terra molhada
enquanto o corpo responde com vontade alucinada.

 
De que importa o tempo, se vai ou se vem...
Somos o presente de ausente passado,
um futuro talvez, mas que seja o hoje nosso bem
e quando amanhecer, amar como nos temos amado.

 
Nos meus olhos brilham o amor que tem os seus,
somos estrelas e luas em um céu só nosso,
assim o amo, louca por lhe querer ainda mais
e de novo sentir o gosto do seu corpo que aposso.
by-Aisha

Envolta em poeira dos teus sonhos
            Nas vestes transparentes da ilusão
            Segue o vento que aponta a direção
            A imagem que destoa do teu tempo


            Perdida nesse céu levanta um vôo
            Em mistérios camuflados se escoa
            Horizonte perdido num eco ressoa
            Respostas que na incerteza procura


            Talvez faça desse sonho uma ilusão
            Por querer felicidade sem a certeza
            Pois conhece da realidade a aspereza
            De se perder de amor sem a resposta


            De sonhos se enfeita e se transporta
            No céu de horizonte em outro tempo
            Fazendo dos teus sonhos o seu alento
            A fantasia do amor querido no presente


            Maria Nogueira Martinelli

Tramo sentimentos sutis repletos de fios
Rubros, no tear de um silêncio ébrio e nada
Fugaz que percorre meu quente sangue;
- Entrelaçando sonhos, elegias e regozijos.


O que possuo são uns versos na palma
De sons cantantes expressos da alma.
 Certeza da sintonia contida nos giros dos
Quadrantes da Lua, na Roda da Vida e nos
Cones da ampulheta inerente ao filme vivido.


Guardo a ILUSÃO ornada na gaveta aberta do meu sacrário
Onde, brotos de flores verdes e anis sobrevoam em andor,
Bordando minha garganta e divagando na mão calejada;
- Ensurdecendo o medo e a dor, encorajando meus pés.


De quimera em quimera, um rosto ataviado, um cálido
Abraço, um firmamento lido e um badalar de relógio,
Relembram a fulgência do solene espetáculo diário;
- O sorriso silente une-se ao andejo na tapeçaria.


Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Após uma tarde de sol, o céu azul claro

lentamente vai mudando a sua tonalidade

sendo tingido com a cor que antecede o

anoitecer, uma visão inebriante...

Já se ouve os seresteiros que cantam

suas mágoas e seus amores sob

a luz da lua prateada...

No peito, um ardor e o intenso desejo

de se tornar presente o passado,

reviver um grande amor...

A emoção do momento anula a realidade

dos limites e eu vou para o além das estrelas,

um encontro com o meu amor...
Naidaterra