Liberta-se a dama, das cartas marcadas,
Escapa do naipe, já ganha o seu mundo,
Renasce no peit' o amor doce, profundo
Renasce n'alma a esperança resgatada.
O palco agora cresce , alarga a estrada,
Alto sua alma s' enobrece, rio fecundo,
Cant' alto no peito seu coração facundo
Encontra no eito a paixão tão desejada
Ó alforriada dama de olhos alegres,
C'o riso contente espalhado na bôca
Dize-m'agora: a qual paixão tu persegues?
Não seja pois, esta busca pungente, pouca,
Reveste tu'alma da ânsia nobre e louca
E ao desejo dest' amor, jamais renegues.