Olhos vazios de nada, em estátuas
assimétricas, cheias de verdete,
proliferam pelos parques da cidade,
agigantando sua lembrança heróica
ou detendo-se, no esquecimento geral,
de quem não respeita a história, a
quem nosso país criou e nossa honra.
Hoje pinchadas de gravuras ofensivas,
não passam de meras espectadoras,
declínio de um povo, outrora
auto-suficiente e orgulhoso, de seus
heróis, que fizeram desta nação, estrada
aberta, para novos mundos.
E cada vez mais distantes, dos pólos
importantes, referência e reverência,
de um povo nação, entre escombros
e hirtas heras, aí as depuseram, onde
os olhos deixaram de reconhecer, os traços
majestosos, com que os artífices,
respeito e dignidade, lhes incutiram,
na hora critica de sua feitura.
Morreram todos os heróis! Suas estátuas
deslavadas e esquecidas, num canto
qualquer, são bem a prova disso -
nossa vergonha, enquanto povo, que
deixou de respeitar, seus representantes,
que nos trouxeram, com verticalidade,
até aos dias de hoje, este país,
chamado. Portugal!