Vozes antigas de Felicidade
Vão descendo na tarde, vêm descendo...
Pavanas que se vão anoitecendo
Em cantigas molhadas de Saudade
Soluços a voar em eternidade
Como pingos de neve embranquecendo
O mundo. E tudo enfim se evanescendo
Num sonho de ternura e suavidade.
São músicas ouvidas na distância
Da Inocência perdida lá na infância
Das fagueiras histórias de Trancoso
Cantigas de ninar, sussurros breves.
Nossa senhora envolta em níveas neves
Descortinando um céu maravilhoso...