Olho para o céu e via a imensidão
sobre minha cabeça, a me espantar,
era tudo muito vago e obscuro e
minha vida se passou na escuridão.
Triste eu caminhava sobre o chão
opaco e vazio e esse mesmo vazio
tomava minha vida e me transformava
num abismo sem fim, sem fundo.
Elas, as estrelas, sempre estavam
lá no alto a me olharem e eu não
as via, pois, sempre olhava para os
meus pés, cansados de caminhar.
Um dia aprenderei olhar para o alto
e tenho certeza que avistarei as
estrelas iluminando o meu caminho,
rasgando o espaço silencioso do meu ser.
Um dia sei que olharei, mais minha
cabeça balança e não alcança o espaço.
Minha cabeça não me obedece e sempre
me nega as luzes que brilham no céu.