Ruíram castelos dentro de mim.
Esperanças vãs, sabor de fim.
Feriste minh´alma, na essência;
falas sem traços de clemência.
Caminho, meus pés descalços,
sinto o peso de meus percalços.
Cabeça ao alto, assim erguida,
disfarce inútil de abertas feridas.
Abrigas vis propósitos no peito;
tristeza de mim! Amargo jeito.
Sucumbir aos fatos? Jamais!
Trôpega sigo; sufoco meus ais.
Com sal, lavo minhas chagas.
Cicatrizes serão minhas pagas.