Meu passo, tão desigual, às vezes impoluto,
lavado, virtuoso, imaculado, puro,
também frágil, desequilibrado, às vezes bruto,
trava guerras todo dia, sanguinárias, violentas...
Enfrenta leões e não se aguenta,
adoece, tamanha é a luta...
Coitado dos meus passos, sempre em frente,
desmentem minha envergadura:
finjo-me forte, impenetrável, sem medo!
E na verdade, frágil como qualquer coqueiro!
Dando água saborosa um dia, noutros amarga...
Vacilante ou firme, lá vou eu,
digerindo receios e mágoas,
até o momento do adeus!