Filho: É DIA DAS MÃES e o teu presente,
Teu sorriso, teus beijos, tuas flores,
Ela os recebe e chora de contente,
Por sentir-se o amor dos teus amores.
Também lhe dizes frases de ternura,
Cheias de gratidão e sentimentos;
Fazes dela a mais doce criatura,
Dona exclusiva dos teus pensamentos.
Pensas no ventre que, por nove meses,
Deu-te vida e calor; deu-te energias;
Nas mãos que te guiaram tantas vezes,
Quando nem mesmo engatinhar sabias.
Olhas também nos olhos que velaram,
Teu corpo frágil, nas enfermidades,
E nos lábios que, preces, murmuraram,
Nas tuas horas de dificuldades.
E aí, então, abraças com ternura,
A meiga mãe que te entregou ao mundo...
Sentes no peito a mágica ventura,
Que vem do amor mais puro e mais profundo.
Mas não achas injusto a mãe querida,
Que hoje ocupa - da tua alma - o trono,
Receber gratidões por dar-te à vida,
Somente uma vez, durante o ano?
Sá de Freitas