Se fecha a tarde que o dia abandonou
na fachada ilusória em cada gélido leito
período de sombra, que tudo alicerçou
em mármore gelado, que cobre cada peito!
No tombar da vida, na hora mais funesta
tudo é nostalgia, no distante mais cerrado!...
O esguio cipreste espreita cada fresta...
sonhos que dormem em crâneo calado.
Enigma sombra, aberta em queixume
sentença que queima sem ter lume...
candeias sem luz, chegando ao final!
Aqui ficam mentiras em segredos calados,
aqui choram tantos desejos magoados!...
Aqui se afaga o bem, e condena o mal.