Tanto amor sofrido, sem um sorriso sequer.
Caminhos tantos percorridos. nunca meus.
Antecipação dum prazer que nunca chegou.
Junto ao cais fiz morada, num eterno adeus.
Dei de mim o que tinha e não tinha; lá fiquei.
Em desprezo, indiferença, votei os meus dias.
No meu peito, guardei o amor, triste coração.
Estradas levantadas, e nem sabias, ao que ias.
Reservou-me a mãe natureza o olor das rosas.
E erguendo-me, de mim mesmo, um outro eu
deu-se ao direito de conquistar alto o pendão.
Hoje, meus queridos amigos, sou tudo de meu.